img { max-width: 100%; height: auto; width: auto\9; /* ie8 */ }

segunda-feira, 29 de abril de 2019

O GUERREIRO DA ESTRADA.


Sobre o que falar? Minhas postagens aqui geralmente são feitas aos domingos, mas só pude me dedicar ao blog hoje. Ultimamente as coisas mais prosaicas não tem sido fáceis de realizar. Sei que falta administração de tempo da minha parte mas não é só isso, careço de uns momentos de silêncio e solidão, aquele breve instante de paz de espírito que nunca mais tive. Artistas nunca se aposentam, eu penso, mas homens de guerra também não. Guerra não é só aquela situação de pegar em armas e digladiar com o inimigo, existem fatores na vida contra as quais guerreamos, lutamos uma batalha invisível contra o mundo espiritual da maldade mesmo que não nos demos conta disso. Então, eu que sou chamado de artista e a vida toda tive que me bater contra os muros, não me iludo que as coisas irão serenar agora que vou ficando velho. Os fatos comprovam: a saúde capenga, o prédio onde moro, que sempre teve seus problemas, agora chegou num ponto em que dá dor de cabeça quase diária - detalhe, não tenho condições de mudar agora - os trabalhos cessaram de vez, o dinheiro sumiu, olhem, é melhor eu parar de enumerar....não quero reclamar a postagem inteira.
Então, sobre o que falar? Guerra dos Tronos? Melhor esperar terminar a última temporada. Vingadores Ultimato? Não vi ainda e talvez não vá tão cedo (sem grana), tenho evitado os comentários na internet, hoje todos adoram entregar os enredos dos filmes. Falamos sobre o tempo? Nah, todos sabem que aqui é um calor que incomoda até o próprio sol.
Como não sei sobre o que escrever, melhor eu encerrar por aqui.


O desenho de hoje foi um desses momentos nostalgia que as vezes me acomete, quando tenho esses flashes de inspiração eu executo no menor tempo possível, se passar de 20 minutos ou meia hora e capricho demais, a coisa começa a perder a graça pois fica parecendo que quero agradar mais ao público que a mim mesmo e para estes rabiscos não é a minha intenção.

Beijos a todos e hasta la vista!

domingo, 21 de abril de 2019

DANTE E VIRGÍLIO.


Os livros e gibis sempre foram meus grandes companheiros. Ao entrar neste pequeno quarto onde trabalho sinto-me saudado por eles e de certa forma, confortado. Eles me levaram a outros mundos, muitas ideias, me afastaram de algumas realidades amargas, me permitiram fugir para outros universos concedendo lenitivos mais poderosos que o dos filmes  e até, arrisco dizer, das músicas. Neste estúdio eles estão às minhas costas, ao meu lado direito e esquerdo, muitos deles empilhados em caixas, pois nunca consegui comprar mais estantes para colocá-los, acomodá-los como merecem. Muitos book arts que adquiri a custa de sacrifício hoje são itens raros só encontrados ao olho da cara no e-bay e olha que talvez, nem lá. Sempre fico pensando que quando eu não existir mais neste mundo o que será deles. Queria que meus sobrinhos herdassem este patrimônio, mas terão eles interesse? Aglutinariam em seus armários? Todo este tesouro em papel cabe em um programa de computador portátil, quem, na real, liga? Pensar nisto é perda de tempo, o que tiver de ser, será.

Curiosamente alguns livros que muito me marcaram na infância e adolescência eu não possuo, como "Olhai os Lírios do Campo" do Érico Veríssimo (foi-me recomendado pelo meu brother Luca), "Doidinho", de José Lins do Rego e "Meu Pé de Laranja Lima" de José Mauro de Vasconcelos (um romance que me verteu muitas lágrimas, até mesmo na vida adulta onde o reli algumas vezes. Sempre me recusei a ver as adaptações para a TV). São histórias que tenho na memória e até hoje trazem um aroma de saudade.

Um dos poucos orgulhos que me dou ao luxo de ter na vida foi ter ilustrado 45 livros clássicos brasileiros. Pena que a metade deles ainda não foi impressa pela editora. Dramático, como costumo ser, fica até parecendo que eles estão esperando eu morrer para publicá-los. Nada, devem ter seus problemas de dinheiro, como todo mundo. Ou não estão nem aí, visto que o foco deles não é este. Pelo menos foi o que me disseram quando liguei dia desses. Indaguei se eles tinham planos para o Monteiro Lobato, afinal, este ano as obras do criador do Sítio do Pica Pau Amarelo entram em domínio público e me falaram que não vão fazer nada a respeito, o carro chefe da editora são os didáticos. C´est la vie.


Esta semana a figura austera de Dante Alighieri me veio à mente assim do nada. Rapidamente peguei no lápis e esbocei este desenho antes que a inspiração desvanecesse. Foi um exercício rápido, de uns 20 ou 30 minutos (não conto o tempo, mas atualmente, com minha mente febricitada, se demoro demais, o rabisco começa a perder a força).
Lembro quando li a "Divina Comédia", eu devia ter uns 17 anos, morava no Rio de Janeiro e fiquei encantado com as imagens do Doré, eram poderosas demais - até hoje me assombram - naquele período as gravuras eclipsaram o texto do poeta italiano. Mas eu gostei da escrita, muitos não conseguiam compreender a profundidade da poesia e abandonaram a leitura logo nos primeiros cantos. Preciso reler agora que fiquei mais velho; se bem que eu pouco evoluí mentalmente de lá pra cá, minha alma ainda é a de um adolescente sonhador. Eu comecei a ler Edgar Allan Poe aos 16 e os sentimentos que ele me desperta ainda são os mesmos da juventude.

Beijos a todos e, quem sabe, até a próxima semana. Putz! Tenho que escrever o segundo ato das desventuras do meu alter ego, Ed Palumbo, não tenho encontrado tempo nem motivação, entretanto vou fazer um esforço, devo isto a mim mesmo.

domingo, 14 de abril de 2019

SEM TÍTULO APROPRIADO.




Alexandre Ostan

Domingo de sol, calor, mas dentro de casa o clima está agradável, as fortes chuvas de sexta-feira ajudaram a combater um pouco a quentura, pelo menos dentro de nossas paredes.

Tinha em mente um outro tipo de texto para hoje, mas infelizmente sou obrigado a abortar meus pensamentos e desabafos, certas situações sufocam minha inspiração para a arte e escrita. Fica para um outro dia quando eu estiver mais animado.

Ontem teve a Feira Asgardiana, foi muito bom rever alguns amigos de profissão, os incansáveis batalhadores pelos quadrinhos de Pernambuco. Que Deus os abençoe e os mantenham sempre famintos, pois eu já me sinto sem gás. Foi tudo ok, o que atrapalhou é que agora instalaram umas caixas de som executando trilhas sonoras de filmes de heróis (com destaque para o Batman, que comemora 80 anos) num volume que impediu as conversas com os colegas sem ter que gritar.
Teve palestras sobre o Morcegão e o papel das mulheres nos quadrinhos.
Eu só tinha quatro exemplares de A VIDA E OS AMORES DE EDGAR ALLAN POE para divulgar e vender. Voltei com a mochila vazia, felizmente. Só tirei duas fotos com uns conhecidos, mas ainda não me enviaram. Fico devendo.

Fabio Hasmann

Não tenho criado artes pessoais, a minha fonte esta seca por esses tempos, mas espero que ela volte a jorrar. Deixo algumas imagens de três artistas que leram a obra e aprovaram.

Até nosso próximo encontro, se Deus quiser.

Flavio Calazans

domingo, 7 de abril de 2019

AMOR POR ANEXINS E OUTROS CONTOS ( 10 )

Ontem, o sábado trouxe um sol esplendoroso, assim como hoje, mas não tem sido dias bons. Boxeadores velhos ou músicos esquecidos se apresentam em clubes de Las Vegas para continuar vivendo. Me sinto assim. Sigo a existência como se uma mosca me azucrinasse a todo instante.
Se eu não dependesse apenas da arte para pagar as contas seria hora boa para uma aposentadoria. Falo isso sem tristezas e mágoas. Todo mundo tem que saber a hora de parar, mas eu ainda não tenho outra via de acesso, então tenho que enfrentar os dragões com uma espada partida.

Meu desabafo hoje é curto.

Outra imagem deste clássico escrito por Artur Azevedo.


Fiquem todos bem.

RESENHA DE ZÉ GATÃO - SIROCO POR CLAUDIO ELLOVITCH

 O cineasta Claudio Ellovitch, com quem tenho a honra de trabalhar atualmente (num projeto que, por culpa minha, está bastante atrasado) tem...