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quinta-feira, 28 de maio de 2015

RATAZANA ESTRIPADA AO SOL.


Alguns pensamentos.

Parece inevitável para mim pensar na velhice a medida que envelheço. Quero, como sempre quis na vida, ficar na minha, fazer o que preciso fazer sem encher o saco de ninguém e fugindo na medida do possível daqueles que querem encher o meu. Quase nunca consigo. Tem sempre um com disposição para demonstrar o quanto é desagradável. O cara tem raiva do mundo e é incapaz de admitir que ele é o único responsavel por seus fracassos e coloca uma carga nas costas dos outros como se eles fossem a causa de suas derrotas. Dia desses a Vera foi vítima da ignorância de um velho na fila do supermercado, um desses tipos que quer que a fila esteja o mais reta o possível, por exemplo. Ela fingiu que não era com ela, eu não quis me aborrecer, evito o máximo. A Bíblia fala de caras desse tipo, dos que se intrometem em assuntos que não lhe dizem respeito.
Falando em filas, hoje pela manhã fui ao Verdfrut comprar uns legumes e um coroa abusado depois de haver pago sua mercadoria ficou lá parado no caminho impedindo o andamento. Refletia. Talvez pensasse nos tempos em que o pau dele ainda subia. Na minha opinião algumas pessoas agem assim por que acham que podem e se fiam nos seus anos. Não era um idoso caindo aos pedaços, tinha robustez e uma postura de coronel dono do mundo.

Não tenho tido tempo de ler esses dias, isso me frustra.

Caminhava para um lugar qualquer e vi um enorme rato na rua, esmagado, com as entranhas de fora. Era quase do tamanho de um gato, mas o que me assustou foi a dimensão das presas, pontiagudas e espessas, tinha um focinho curto e uma expressão de hediondez.


Este desenho foi um esboço que me solicitaram para uma capa de uma revista de rock. Na verdade não a criei, todos os detalhes vieram mastigadinhos. O valor a ser pago era tão ridículo que tenho vergonha de declinar, sentar na calçada e mendigar acho que seria menos humilhante, mas nos dias de hoje não posso me dar ao luxo de recusar nada. Não aceitaram e não aconteceu, abortaram a coisa. Isso acontece com frequência.

Neste exato momento ouço Creedence. Bom demais!

Recebi ontem um pacotão de uma editora paulista com seus últimos lançamentos. É bom ser admirado por esses amigos. Álbuns com um acabamento primoroso. Pretendo comentá-los aqui assim que ler.

Uma noite dessas a namorada do Fellippe (meu cunhado caçula), deu um grito tão desesperado no portão do prédio que a minha esposa e os outros moradores pensaram que se tratava de um assalto. Eu nada ouvi, estava trabalhando em meu estúdio com fones de ouvido (exatamente como agora). Verônica veio me chamar dizendo que um sapo obstruía o caminho do casal, a razão do susto da menina. Munido de um rodo para afugentar o anuro sem ferí-lo desci as escadas, mas toda a minha coragem me abandonou e fugiu em direção ao céu negro e chuvoso ao ver o tamanho do bicho. Seguramente aquele era o maior sapo que vira na vida. O filho do meu vizinho, um rapaz de uns 18 anos, veio ver o animal e quase cagou nas calças. Enquanto buscava o homem macho bem escondido dentro de mim, a vizinha, uma jovem, do primeiro andar, apareceu e perguntou do que se tratava. Você tem medo de sapo? Perguntei. Mais ou menos, respondeu ela. Poderia pôr este aqui para correr? Indaguei. Só se for no chute, disse ela. Por mim tudo bem, falei. Ela veio e pegou o rodo da minha mão e decidida empurrou o bichão preto na direção da vegetação que havia por ali. O interessante é que ele não se moveu, precisou ser arrastado, parecia bem pesado.
Nem me ocorreu pegar o celular e fotagrafar o tal sapo para postar aqui. Pena. Ele deve aparecer de novo.
Um viva para a coragem de uma mulher que humilhou três homens feitos!

A despeito de todos os percalços sinto as misericórdias de Deus caírem sobre mim como chuva abençoada. Família e amigos queridos e realizações como o lançamento de Zé Gatão-Daqui Para A Eternidade.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

ZÉ GATÃO - DAQUI PARA A ETERNIDADE FINALMENTE CHEGOU!



A última aventura de Zé Gatão já é uma realidade. Os primeiros exemplares chegaram na editora e breve nas livrarias. Pelo título da postagem muitos podem pensar que já tenho o livro em minhas mãos, não, ainda não tenho, deve levar uns dias até que possa folheá-lo, mas não importa, aqueles que esperaram para ler a continuação/conclusão de Memento Mori já podem abrir o champanhe.


O editor Leandro Luigi Del Manto enviou estas fotos, só pra sentirmos um gostinho.


Foi uma longa espera desde 2011.


É claro que voltaremos a falar sobre isso.


Começo a semana bastante alegre, e isso não acontecia a muito tempo! Desejo a todos uma ótima semana.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

ZÉ GATÃO - DAQUI PARA A ETERNIDADE, ANUNCIADO.



A última e trágica aventura do Felino Taciturno deve chegar às livrarias muito em breve. Pensava em anunciar quando o livro já estivesse pronto, mas não tem sentido eu fazer mistério quando a editora comunica no Universo HQ ( http://www.universohq.com/noticias/acordes-2-paralelas-e-ze-gatao-mais-tres-quadrinhos-nacionais-pela-devir/ ).

O Editor Leandro Luigi Del Manto mandou-me dias atrás uma foto com as provas da gráfica. Mesmo depois de velho e bastante carimbado, sinto uma expectativa juvenil, uma enorme ansiedade por ter a cria nas mãos e lambê-la por muito tempo.


A saga, iniciada em Memento Mori, foi fruto da forma que sentia o mundo ao meu redor, muitas vezes ela serviu como uma redoma protetora contra as pedras que caíam. Pedras estas que nem sempre são atiradas, elas simplismente caem. Ver a conclusão chegar ao público que sempre me prestigiou dá uma sensação bendita de missão cumprida.

Voltarei a este tema conforme as novidades forem chegando.

Bom fim de semana a todos.


terça-feira, 19 de maio de 2015

NOITE NA TAVERNA (CENA 8)


Era pra ter postado ontem a noite mas não consegui. Caos, mente cansada, tempo curto, há trabalho pra fazer mas estou desconcentrado e um tanto sem rumo. Na verdade o que pretendia escrever aqui era algo totalmente diferente. Tinha a ver com minhas ideias sobre BANDIDO BOM É BANDIDO MORTO, discorrer um pouco sobre o lumpenproletariado como massa de manobra no sistema marxista e todas essas coisas, mas confesso não estar com o menor ânimo pra esses pensamentos.

Como sempre, acostumados a certos confortos da civilização, ao nos vermos privados dele sentimos o quanto estamos dependentes. Hoje não tem água aqui no prédio. Motivo? Um bandido pulou o muro como um rato ninja e roubou a bomba d´água. Não sabemos mais que isso. No lugar deixou suas sandálias imundas. Vou poupá-los dos detalhes de como descobriram o furto, mas nestas horas penso em como estamos expostos ao perigo. Deve ter sido obra de um trombadinha de merda, mas se fossem bandidos ousados e armados para fazer um arrastão em todos os apartamentos? Não quero nem pensar.

Bem, a vida segue (mesmo sem água, sei lá por quanto tempo).

A dengue deixou um pouco de dor nos olhos e um cansaço de quem escalou um poço profundo, mas é mais mental que físico. Mas está tudo bem. Temos que ser pacientes, continuar trabalhando e esperando o tempo do Senhor.

Hoje, pra vocês, mais uma imagem de Noite na Taverna.

Inté.



quinta-feira, 14 de maio de 2015

VERDUGO, O INACREDITÁVEL.


Boa noite, amados e amadas. Em primeiro lugar meus agradecimentos a todos pela preocupação com a saúde deste que vos escreve. Estou bem melhor hoje, ainda com um pouco de dor nos olhos, que aliás, estão bem vermelhos, mas ontem foi horrível, muita dor na cabeça e nas juntas, fora o formigamento na pele sensível. Continuo de molho mas penso que o pior já passou (espero). Dengue é uma doença dos infernos, e olhe que existe a hemorrágica! Credo!

Verônica Saiki, uma artista de Brasília, me pediu uma versão de seu personagem, Verdugo (confira o blog dela aqui: http://www.verdugooinacreditavel.com.br/ ) e aproveitei para fazer uma das minhas viagens alucinadas. Mesmo num desenho cartunesco minha veia agressiva se faz presente, não tenho como fugir.


Eu queria falar um pouco mais com vocês mas estou ainda meio enfraquecido, sobretudo na mente. Fica pra semana que vem, o post seguinte, se tudo correr como planejo, terá um texto bem longo. Pretendo dividir com vocês mais algumas das minhas memórias do tempo em que morei na Cidade Maravilhosa, vamos ver.

Amanhã já é sexta, então até segunda ou terça próxima, se Deus quiser.

terça-feira, 12 de maio de 2015

UMA IMAGEM DA BÍBLIA E A SENSAÇÃO DE PEQUENAS FORMIGAS MORDENDO POR DEBAIXO DA PELE.


Hello, folks!

Muito breve hoje. Estou com dengue. Pelo menos possuo todos os sintomas. Cabeça pesada, dores no globo ocular, muito cansaço nas pernas e vermelhidão na pele, a desagradável sensação de milhares de minúsculas agulhas me perfurando de dentro pra fora. Mas nada tão intenso.

Não há um mísero posto de saúde por perto. Se não apresentar melhoras até amanhã terei que sair cedinho e ir na cidade ver se é Dengue mesmo.

A Verônica está me ordenando repouso e vocês sabem, com as esposas não se discute, obedece-se.

A arte de hoje é uma cena da Bíblia 3 em quadrinhos, o momento em que Jesus cura um leproso.

Fiquem todos bem.

sexta-feira, 8 de maio de 2015

NOITE NA TAVERNA (CENA 7)


Só me lembrei de postar alguma coisa neste blog agora no final da tarde. Também, foi um daqueles dias corridos, sempre com as presas das horas querendo nos morder as nádegas.
Logo cedo fui acompanhar a Verônica para um exame de rotina. O sol já ardia com fúria às 7 e 30 da matina. Ela estava em jejum desde a noite anterior. Devo dizer que mudamos o nosso plano de saúde porque o anterior estava a beira da falência, muitos médicos e clínicas já tinha pulado fora do barco. Este que agora pagamos com a dificuldade de sempre possui clínicas e laboratórios próprios, parece uma coisa bacana mas não é. Tudo é longe pra caralho e o atendimento é...bem, eu diria insatisfatório. Ontem a tarde perdemos uns 40 minutos falando com uma dessas atendentes eletrônicas e na hora de pedir informações para um funcionário "humano" a única coisa que se ouvia era uma triste melodia ao piano. Quando por fim falei com alguém, os três telefones que me passaram para obter uma informação básica chamavam e não atendiam.

Chegamos ao laboratório no bairro mais próximo de nossa casa e fiquei estupefato com a quantidade de gente no local. Deram-nos uma senha e ficamos esperando. A Vera normalmente não curte muito conversar nesses lugares, não levei meu sketchbook, então tivemos que nos contentar em ver (não ouvir, a tv estava baixa e o ruído no local era muito grande) a apresentadora Ana Maria Braga e aquele papagaio dela confabulando sobre sei lá o quê. Devia ser sobre o Dia das Mães pois exibiam uma foto do Luciano Huck e uma senhora que devia ser a mãe dele, o nariz e a boca eram idênticos.
Eu preferi observar as pessoas. Muitos idosos, crianças de colo e mulheres buchudas. Parecem típicos nesses locais. Dá pena.
Pensei: 200 ou 300 reais que cada uma dessas pessoas pagam mensalmente dá uma boa grana, poderiam aumentar as salas de coleta e contratar mais profissionais para evitar que tantos percam tempo esperando a sua vez.
Conclusão? Os exames da Vera pediam 12 horas de jejum, 14 horas é o máximo tolerado, passando disso os resultados podem dar alteração, e quando fomos falar com a atendente já passavam de 14 horas e meia. Ela aconselhou a voltarmos amanhã (sábado), disse que a encaixaria assim que ela chegasse se não houvessem muitos prioritários na frente, pediu desculpas e culpou o "sistema" que naquele dia estava muito lento.

Como dizem, amanhã é outro dia.

Deixo vocês com mais uma imagem deste clássico e desejo a todos um FELIZ DIA DAS MÃES.



terça-feira, 5 de maio de 2015

NADA NOVO.


Não tem sido fácil as últimas semanas, na verdade não existem dias livres de complicações, apenas alguns breves momentos para tomar fôlego. Não é assim pra todo mundo, eu sei, sua colheita depende muito do que você planta, das escolhas que você faz. O resto é sempre algo ou alguém para encher o saco, mesmo você não procurando por isto. E neste clima de crises anunciadas e por mim sentidas já desde algum tempo, seguimos remando contra a maré. Sempre em frente.

Após terminar Miguel Strogoff, de Júlio Verne (excelente!), finalmente leio Don Quixote, livro adiado por não me achar pronto para ele desde que eu tinha uns vinte e tantos anos! E creio que fiz bem em esperar, hoje, acho que posso desfrutá-lo da maneira correta. Leio devagar como sempre, como quem aprecia uma suave e saborosa bebida.

Nos quadrinhos ando numa fase de ler super-herói, como que para quebrar um jejum de quase duas décadas sem me debruçar sobre o tema, mas isto se deve principalmente à falta de opções. Intento reler alguns clássicos europeus mas os personagens coloridos, de narrativa rápida, tem me caído no colo, então não me faço de rogado.
No momento leio Quarteto fantástico - O Fim, roteiro e arte do inglês Alan Davis e estou achando muito chato, não que seja mal escrito, muito pelo contrário, é que o tema sci-fi nas hqs não me toca. Gostei muito mais de O Velho Logan, sobre um Wolverine já idoso, que devorei de uma sentada só (embora ache que o Mark Millar - o escritor - exagera demais em alguns pontos).

Ainda sobre os heróis, e na verdade bem influenciado por eles, assisti à série do Demolidor, não consegui parar de ver e matei todos os episódios em pouco tempo. Queria ter feito um post com uma arte rabiscada do personagem, mas não arrumei ocasião para desenhá-lo. Pois é, tempo para ver a série eu busquei, mas não para fazer um esboço. Bem, uma coisa é relaxar e se deixar levar por uma aventura bem construída, outra é sentar e criar uma imagem que te satisfaça. É complicado.
Assisto também Agentes da Shield, nada demais, mas dá para distrair no final da noite.

Ainda não vi Vingadores - A Era de Ultron.

Música? Ouço direto, como sempre, coisa antiga, de 80 para trás. No momento ouço The Cars, banda de rock rotulada de new wave. Pra se sincero só gosto do primeiro e penúltimo disco.

Minha produção atual anda devagar, as vezes demoro a achar a nota certa.
Abaixo, uma amostra do que será o meu próximo livro. Sigo tentando.


UMA GRATA SURPRESA E UMA PEQUENA DECEPÇÃO

 Boa noite a todos! Antes de entrar no assunto, uma satisfação aos que sentem simpatia por minha arte e pessoa, esses que torcem e oram por ...