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domingo, 26 de julho de 2020

OCO.


Não ando dormindo muito bem. Na verdade, aquele sono reparador que costumam chamar "dos justos" eu tive poucos na vida. Mas o problema é que vou dormir muito tarde e acordo sempre cedo. Sou do tipo que precisa das tais oito horas de repouso para estar disposto.
Me sinto como uma casca vazia, cada dia mais! Não falo isso motivado unicamente pela depressão, afirmo porque boa parte das coisas que me davam prazer, hoje não me importam tanto. Até bem pouco tempo, mesmo nos dias de tormenta, com prazos curtos para entregar trabalhos, eu arrumava uma horinha para fazer uma arte que me ajudasse a desabafar, eu lia um gibi (eles e os livros sempre foram grandes escapismos), ouvia músicas que me transportavam para outros tempos. Hoje estas coisas não importam tanto. Mas eu atribuo isso a idade. Para uns a velhice da alma chega mais rápido, como se a tristeza que sempre acompanha desde o nascimento, não conseguindo fazer acabar com a própria vida, por vingança, tirasse os poucos prazeres que a existência possa ter. Sabe aquele velho casmurro que quer ficar isolado e não está mais afim de nada? Me vejo assim. O pior é eu não ter mais vontade de criar, não querer mais colocar no papel aquelas ideias que me vinham na mente. Pra quê? Para postar numa rede social, receber uns likes e depois ficar esquecida num envelope ao lado de centenas de outros? Antes eu pensava: ah, isso não tem importância agora, mas um dia irão descobrir isso tudo e darão o devido valor, vai gerar dividendos para a família. Nada! Não vai acontecer nada disso. Tudo bem, hoje penso nisso sem mágoa. Talvez a tal velhice sentida traga esse lenitivo, olhar para si mesmo e ter consciência da efemeridade sem vitimismo nem autodepreciação. É o que é e ponto final.
Lógico, os desenhos continuarão surgindo (falo dos encomendados), tenho que sobreviver e pessoas dependem de mim, mas eu sinto falta da velha chama. Rabiscar minhas neuras nos caderninhos com caneta, vir aqui e rememorar velhos acontecimentos, escrever meus contos, dar continuidade a trabalhos inacabados.
Não sei se a centelha vai se reacender. Eu pensava ser um homem do ontem, nunca do hoje. Mas nem no passado eu me situo. Esta semana um amigo me passou o link de uma live de uns editores de São Paulo com quem tive contato muito próximo. Era por ocasião do lançamento de um livro que conta a história de uma das mais importantes editoras deste país. Foram quatro lives até agora que ouvi enquanto ia trabalhando em meus pagaluguéis. Vivi de alguma forma o boom daquilo tudo, mesmo de longe. Entrevistadores e entrevistados (um deles o editor do Zé Gatão - Crônica Do Tempo Perdido) relembravam tempos áureos e tempos decadentes. Os ciclos da vida. Ouvir tudo aquilo só serviu para eu confirmar que nunca fui inserido naquele mundo de artistas e editores, sempre um corpo estranho, um inconveniente na casa dos outros, nas palestras, nas premiações, tentando fazer parte de um mundo onde era impossível eu ser inserido.
Está tudo bem.

Beijos a todos!

quarta-feira, 15 de julho de 2020

INFERNO VERDE PARTE 5 ( Um conto do universo Zé Gatão escrito por Luca Fiuza e ilustrado por Eduardo Schloesser).

21/04 a 24/04/20.
Parte 5:

11o Dia:

     Com o dia seguinte, veio um temporal violentíssimo iniciado às primeiras horas do amanhecer. Parecia o prolongamento de uma noite densa sobre a Terra. Coriscos faiscantes, iluminavam tudo em um tom azulado e fantasmagórico, seguidos de trovões retumbantes a sacudir as cercanias! Felizmente, uma hora depois, a tormenta cessou, para alívio de Izayana, ansiosa em prosseguir a longa jornada de volta ao lar. Dito e feito! Levantaram acampamento e em meio à cinzenta, quente e úmida manhã se puseram todos em marcha acelerada, no intuito de encontrar as misteriosas cavernas, mencionadas pela grande líder felídea.
    No início do entardecer, chegaram a um maciço rochoso localizado à frente, do outro lado de um rio caudaloso de águas esmeraldinas que sumia por uma reentrância no corpo da áspera penha. Seguindo as instruções de Izayana, foi confeccionada uma grande canoa de madeira, remos e uma boa quantidade de tochas. Também foram confeccionados vários recipientes de fibra vegetal para guardar a resina necessária para alimentar as tochas, pederneiras para acender os archotes. Arcos e flechas novos, aljavas, acrescidos de longas lanças pontiagudas. Por fim, uma boa provisão de curare e outras plantas venenosas, tudo amassado em forma de pasta, para embeber a ponta das setas mortíferas.
     A líder achou por bem entrarem grota adentro pouco antes do anoitecer. Explicou que não faria diferença esperar pelo raiar de uma nova aurora, passando a noite junto ao rio cor de esmeralda. No interior da caverna, a escuridão era eterna e os perigos não mudariam fosse noite ou dia do lado de fora. Portanto, a canoa foi colocada na água e braços fortes a impeliram à frente, enquanto lentamente o sol descambava no horizonte, emprestando uma luz difusa e avermelhada ao crepuscular firmamento acinzentado por pesadas nuvens plúmbeas.
    Adiante, erguia-se a entrada da caverna. Após ela, o manto da negridão os envolveu. Mesmo as tochas acesas, não conseguia perfeitamente dissipá-la. Karoll se achava no centro da embarcação, atrás do grande felino gris. A ave foi orientada a não remar, pois não tinha força e resistência para tal. Se achava aparentemente calma, mas um terror crescente inundava-lhe o espírito, à medida que mais penetravam nas trevas envolventes do buraco granítico.


   Remaram em silêncio por cerca de duas horas consecutivas. Por fim, no limite de suas forças, o pequeno grupo resolveu aportar em uma relativamente extensa área de rocha seca, semelhante a um arremedo de praia. Os archotes foram dispostos em um semicírculo, fincados em suportes previamente moldados, fincados em nichos naturais do solo. Acima, pendiam monstruosas estalactites, formadas muitas eras atrás pelo infindo gotejar de água através do teto cavernoso. Incrivelmente, era fresco naquele ambiente sepulcral, trazendo alívio ao calor perene da selva virgem. Turnos de guarda foram organizados, pois apesar da quietude e da tranquilidade, reinantes, a morte podia estar a espreitar em alguma concavidade daquele extenso mundo de permanente breu!
     O felino cinzento, pediu para fazer o primeiro turno de vigília junto com Izayana. Apesar de bastante cansado, não conseguia dormir! Uma apreensão mais forte do que a usual o dominava. Perguntou a líder guerreira, quais os principais perigos que poderiam ameaçá-los. Ela deu de ombros e calmamente as foi listando: no rio, peixes cegos carnívoros, e estranhos vermes aquáticos também cegos, grandes como cobras! Em terra seca, agressivos escaravelhos predatórios e do alto poderiam vir desde insetos alados a morcegos! Estes últimos os mais perigosos! O caminho que escolheram seguir era mais rápido, mas consequentemente, mortal! As poucas expedições que o utilizaram jamais voltaram. Somente o soberano e um séquito de guerreiros bem treinados o fizeram uma única vez! O monarca fez uma exigência: todos os oficiais teriam de decorar um mapa que ele confeccionou mostrando o trajeto, de forma que se o caminho tradicional pela selva estivesse impossibilitado de ser utilizado, haveria este, como foi o caso. Após este breve colóquio, o silêncio voltou a reinar. Felizmente, nada aconteceu ao longo da noite. Pelas contas, de Izayana, não faltava muito para o raiar do sol, lá fora. Ela e Zé Gatão foram descansar algumas horas, enquanto uma outra sentinela assumia o lugar de ambos. Mais tarde, após um frugal desjejum, a canoa foi colocada na água e em remadas poderosas se afastou do local de descanso noturno.

     Por horas a fio, só o som ritmado dos remos na estrada líquida quebrava o silêncio tumular que a tudo envolvia. De repente, um agitar espumante se formou alguns metros à frente e das águas ergueu-se um ser grotesco demais para ser perfeitamente descrito! A tez que o cobria era de um branco desmaiado, comum a seres despigmentados, afeitos aquele ambiente sem luz! O corpanzil era ofídico, embora fosse um helminte e não um réptil. Não tinha olhos! Sua boca bizarra assemelhava-se a uma ventosa entreaberta! Sua postura prenunciava um ataque rápido e brutal! Com a precisão das máquinas guerreiras que eram, Zé Gatão e as felinas malhadas tomaram do arco e flecha e lançaram uma saraivada dardejante contra aquela aberração! As setas penetraram na derme macia do invertebrado, inundando seu sistema nervoso de seiva de Kitay, planta, dona de intensa letalidade! A besta-fera se inclinou para trás enquanto um esturro impressionante lhe escapava da profundidade de suas timpânicas entranhas! Mais flechas foram lançadas e novos urros de dor sacudiram os ares! Como descrever as sensações que então acometiam aquele pavoroso ente? Para ele, era como se seu âmago estivesse derretendo por meio da ação de uma substância altamente tóxica. Seu padecimento ia além do explicável e do tolerável! Violentamente, mergulhou nas águas frias do rio, ansiando alívio para um inominável sofrimento, verdadeiramente cego! Sentidos completamente embotados em trevas mais pesadas do que as verdadeiras trevas que o circundavam! Sumiu no fluído e consigo, seu último berro de final agonia! Impassivelmente, o grupo, retomou os remos e prosseguiu a viagem. Só Karoll, paralisada pelo horror, carregou para sempre em sua memória aquela cena singular, para a qual seu espírito livre, a voar acima das copas das árvores sob a luz radiosa do sol, não se preparara!

    Em dado momento, um enorme peixe de aspecto disforme pode ser visto, movendo-se próximo à superfície. Para o gáudio dos navegantes, não molestou nem o barco e nem seus navegantes, deslocando-se ao largo. Rapidamente desapareceu nas profundezas desconhecidas!

     No suposto fim do dia, pelas contas de Izayana, pararam em um remanso que dava para uma pequena elevação rochosa à beira d’água. A aguerrida líder das felinas, aconselhou que pousassem sobre a elevação. Seria mais fácil de controlar a aparição de escaravelhos que viessem rastejando, protegidos pela escuridão. Felizmente, eles emitiam uma leve luminosidade amarelada da ponta das antenas, muito útil para atrair as presas. A visão apurada dos felídeos seria capaz de detectar esta bioluminescência natural. Quanto aos morcegos, como ficavam em áreas próximas à saída daquela cova superdimensionada, não eram preocupação imediata, mas ainda assim não podiam descartar sua aparição ao longo do caminho. Acampamento montado, turnos de guarda estabelecidos, recolheu-se quem ia descansar primeiro. Deitado ao lado de Karoll, o felino cinzento continuava desperto. Notou que apesar de silenciosa, a ave carmim se achava acordada. Dirigiu-se a ela, imprimindo à voz um tom tranquilizador:
– Tenha coragem, Karoll! Sairemos dessa!
– Ah, Gatão! Que adianta sobreviver à selva se você vai ser sacrificado em um altar e eu vou virar bichinho de estimação da família real jaguar?
– Você já me conhece o bastante para saber minha resposta, menina!
– Sou bem menos otimista do que você, gato!
– Não sou otimista e entendo perfeitamente o seu lado. Mas nunca fui do tipo de me entregar pura e simplesmente à morte, embora ao mesmo tempo a deseje de alguma forma!
– Como assim? Não entendi.
– Não vale a pena explicar, mocinha! É muito complicado. Vamos tentar descansar agora. Amanhã será um novo dia.
– Talvez o último…!
– Cale-se e durma!

   As horas passaram com impressionante lentidão naquele lugar, onde o tempo parecia não existir! O sono suave e irregular do felino taciturno foi interrompido por um arrastado som de proximidade. Izayana já estava a seu lado. Sussurrou uma única palavra: - Escaravelhos…! Todo mundo, menos Karoll, se muniu de pesados machados de pedra com cabo de madeira. Zé Gatão preferiu servir-se de seu fiel cajado. A um sinal de Izayana, o grupo se manteve silenciosamente à espera. Logo uma suave luminosidade amarelenta foi surgindo entre as formações rochosas do solo. Uma tropa de uns dez escaravelhos pode ser vista se achegando a passos lentos. As antenas de ponta luminosa se movendo, enquanto sondavam o ambiente, tentando confirmar a presença de criaturas do mundo exterior em seus domínios. Tinham em torno de 1, 40 metros de altura. Corpos cobertos por uma blindagem natural que consistia em seu exoesqueleto. Mandíbulas ameaçadoramente proeminentes! Eram albinos, devido à evolução da espécie naquela obscuridade eternal. O felino cinéreo foi o primeiro a cair do alto da elevação sobre os surpreendidos coleópteros do negrume sem fim, dispersando-os, seguido pelas indomáveis guerreiras, precedidas por Izayana! Com fúria arrasadora, os felinos distribuíram pancada!

      Zé Gatão e as onças atacaram sem dar tempo dos insetos se reagruparem ou reagirem! As machadadas, acompanhadas de cajadadas se sucediam, esmigalhando carapaças, expulsando explosivamente, o conteúdo interno daquela animália asquerosa! Um escaravelho saltou na tentativa alucinada de cravar as mandíbulas no pescoço taurino do gato! Em vez disto, recebeu uma cajadada brutalizada no corpo, seccionando-o em dois! Foi uma chacina! Dois tentaram ainda escapar. Contudo, o cajado do Gatão e o machado de Izayana bateram pesadamente em suas carcaças, quase esfarinhando-as devido ao impacto devastador! Os dois ex-fugitivos só puderam esticar os membros dianteiros descoordenadamente, antes de para sempre deixarem o mundo dos vivos, juntando-se aos restos destroçados da pequena horda, totalmente dizimada por aqueles mamíferos violentos! Invasores desalmados, privando os pobres insetos do direito de viver e se alimentar dos incautos visitantes, como sempre foi até agora!

      Após o cruento embate, o grupo viajantes resolveu abandonar aquele local funesto e seguir adiante. Velozmente, a canoa navegou, pelo rio escuro e por horas a fio os remos bateram ritmicamente em suas águas geladas, produzindo um som meio irreal naquele ambiente silente.

     No final daquele dia, acamparam em uma outra conveniente prainha rochosa. Izayana estava inquieta e o Gatão quis saber o motivo. A onça falou que estavam perto da saída da caverna, mas também do território dos morcegos. Talvez, segundo ela, fosse melhor que prosseguissem. Provavelmente, já deveria ser quase noite lá fora, quando os mamíferos alados saíam em busca de alimento em meio à selva. O felino taciturno discordou. Estavam todos muito cansados. Se prosseguissem poderiam dar com os morcegos ainda na caverna, ou mesmo ao sair dela e não teriam energia para enfrentá-los. Izayana pesou bem a situação e concordou. Pela primeira vez em toda a viagem pela negrura daquela lapa, Karoll falou, perguntando se não seria então melhor esperar pela noite seguinte. Izayana asseverou que de qualquer modo não haveria como evitar um encontro com os quirópteros. Até mesmo hoje, ou no mais tardar amanhã ao raiar do dia, quando voltariam à toca. A arara calou-se, desconsolada e retirou-se para tentar dormir. Zé Gatão nada disse.
    Terminadas as confabulações, o melhor a fazer foi se recolher e descansar com as valentes guerreiras.
O felino gris foi deitar-se cheio de cismas. Sobreviveriam? Só o tempo o dirá! Não percam a parte 6 de Inferno Verde!

sábado, 4 de julho de 2020

MAIS UM TEMA ADIADO.

Boa noite, meus queridos e queridas!

Ando um tanto sumido deste blog e do Facebook, os motivos são sempre os mesmos, o tempo exíguo para cuidar das tarefas cotidianas. Ando as voltas com algumas HQs de temas bíblicos, que são o que pagam as minhas contas atualmente. É um trabalho, diria, delicado, resumir algumas histórias longas do Antigo Testamento em 8 páginas. Requer mais atenção na elaboração do roteiro para não ficar de fora momentos chave para boa compreensão da narrativa (e claro, ser o mais fiel possível ao texto sagrado). Os quadrinhos também requerem pequenos detalhes que me tornam mais lento na execução. Tudo isto somado a um prazo um tanto apertado que me deixa um pouco tonto, sempre trabalhei com certa liberdade (nem sempre, claro, mas na maioria das vezes).

Eu programei hoje falar sobre Bernie Wrightson, um dos artistas que me influenciaram, comentar sobre seus traços e abordar a importância que teve no meu desenvolvimento como desenhador, mas vou adiar, não consigo a concentração que a coisa merece, isto porque sofro mais uma vez um pesadelo que tem sido recorrente na minha vida a vários anos, mas que nos últimos cinco, escapou totalmente ao meu controle (quisera poder falar sobre o que é). Nestas horas eu me sinto envolvido num torvelinho de angústias que me deixam num estado de depressão que mastiga, tritura. Penso que isto só acabará com a morte.

Ah, a morte, tantas vezes eu falei sobre ela em meus quadrinhos, em muitas aventuras do Zé Gatão (alguém aí leu a Cidade do Medo? Lembram do que está escrito na capa de trás?), é o tema central do álbum inédito PHOBOS E DEIMOS, também.

Em Brasília, eu era doador de sangue, tinha até carteirinha de doador, acho que tenho ela ainda em algum lugar; certa vez, fomos eu e meu irmão André realizar este gesto humanitário e ali, deitado ao lado dele, enquanto o fluído da vida escorria para a pequena bolsa, indaguei a ele o que aconteceria se a auxiliar de enfermagem nos abandonasse ali, não viesse parar o negócio. Ele disse que sentiríamos um formigamento, frio, sonolência e apagaríamos. Seria uma boa morte, pensei.
Acho que isso é um grave defeito da minha parte, pensar na morte desde sempre. Almejar o descanso, o não fazer mais parte de um mundo em que eu sou um total estranho a ele.

Mas, é isso, meus amados e amadas, por hora ainda estou vivo, tento guardar em meu coração os valores apreendidos durante meus quase 60 anos, que é conhecer, amar e servir a Deus e por consequência, fazer o bem ao meu próximo, trabalhar duro para não ser pesado aos outros e garantir o sustento àqueles que dependem de mim, mesmo que na maioria das vezes eu receba ingratidão e incompreensão. Vamos em frente, a arte ajuda um pouco.

Tenho que arrumar um tempinho para ilustrar a quinta parte de Zé Gatão - Inferno Verde. Não sei se será possível na próxima semana. Veremos.

Beijos a todos e até uma próxima vez, se o Senhor assim permitir.

A SAUDADE É MAIS PRESENTE QUE NUNCA

   No momento que escrevo essas palavras são por volta das 21h do dia 21 de abril. Hoje fazem três anos que o Gil partiu, adensando as sombr...