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domingo, 18 de junho de 2017

MAIS UM TEXTO DO LUCA SOBRE ZÉ GATÃO E SEU CRIADOR.


Sobrevivente.


          Não será nem a primeira e nem a última vez que escreverei sobre Zé Gatão, sua trajetória e sua intrínseca ligação com seu criador, o Quadrinista Eduardo Schloesser. Este título é mais do que apropriado para definir Criador e Criatura.
         O que me motivou a escrever este texto, já que escrevi ao longo do tempo vários comentários e reflexões pessoais sobre o assunto? Até então, eu acreditava que tinha esgotado este tema, que não havia mais nada a dizer, que tudo o que tinha que ser dito e escrito por mim era o suficiente e que se houvesse mais alguma coisa, viria a ser batido e repetitivo. No entanto, em meio à dura trajetória do felino taciturno e seu alter ego, surgiu uma série de fatos novos! E um destes fatos foi a criação de uma página no Facebook denominada Eduardo Schloesser – Zé Gatão. Nesta página dentre todas que há relativas ao trabalho do Mestre Schloesser, mais do que nunca, esta em particular apresenta um diferencial. Ali está se desenvolvendo dia após dia, hora após hora um verdadeiro espaço para Schloesser e o felino taciturno mostrarem de maneira mais esmiuçada o nascimento, desenvolvimento e mesmo os bastidores de suas aventuras/desventuras na caminhada do Grande Gato. Posto isto, dentro do contexto geral da presença de ambos nas diversas mídias em que apareceram independentemente de resultados esperados ou/e alcançados, decidi fazer uma análise  sobre não o que poderia ou o que gostaríamos que tivesse acontecido com esta obra artisticamente e mercadologicamente falando...mas o que de fato acabou acontecendo para que o felino sorumbático acabasse se movimentando e ascendendo dentro de certas proporções, ainda que não da maneira ideal nos corações e mentes de quem aprecia o personagem mais underground entre os undergrounds conhecidos e os que ainda estão por vir.
         Da mesma forma que conheci Eduardo Schloesser e aprendi a admirá-lo e respeitá-lo, o mesmo se deu com Zé Gatão, mas com o personagem foi mais lento. No princípio da criação do Grande Gato, onde tive o privilégio de conhecer suas origens in loco, gostei dele por tabela, mas não o conhecia ou compreendia. Sabia que acima de tudo era um alter ego do meu amigo e irmão Eduardo. O tempo me mostrou que não era apenas uma cópia! Zé Gatão tinha também sua personalidade própria. Acrescento que esta percepção não foi imediata. Levou certo tempo. Ao receber de presente do autor o Álbum Branco autografado, eu o degustei com indizível prazer, longe ainda de compreender a real essência de Zé Gatão. Posso dizer que tinha um vislumbre, muito pautado na pessoa do próprio Eduardo. Afirmo também que embora tenha gostado do personagem e sua proposta, não imaginava que viria a adorá-lo e nem ter a intimidade e a cumplicidade que acabei desenvolvendo em relação a ele.
         Para não ser repetitivo, deixarei de lado algumas considerações que já fiz em outras oportunidades e irei direto ao ponto que é o cerne deste texto.  Zé Gatão seguiu uma trajetória que considero atípica, embora tenha seguido alguns caminhos normais e conhecidos na busca de inserir-se no Mercado Editorial, tendo conseguido ser publicado. Houve textos, resenhas, entrevistas com o criador do felino e algumas matérias de jornal como já sabemos.
         À parte do Mercado Editorial e do que foi mencionado acima, onde não teve o sucesso esperado, o felino se imiscuiu no Mundo Virtual primeiro através do Blog criado pelo Mestre: A Arte de Eduardo Schloesser. Depois em uma página mantida por Schloesser no Facebook. Ao longo do tempo, as citadas Redes Sociais geraram ardorosos(as) fans que mesmo poucos(as) souberam prestigiar devidamente esta obra Schlosseriana. Gostaria de mencionar em destaque a escritora Carla Ceres e a européia Mira Werner que dentre outros(as) se revelaram pessoas que gostam genuinamente das aventuras/desventuras do felino cinzento.  Em particular, nossa querida amiga Mira Werner é a grande incentivadora do Grande Gato, com a página Eduardo Schloesser – ARTE, vídeos no You Tube, sem esquecer a página do Facebook mais recente, inspiradora deste texto.
Poderia me delongar mais, mas creio que a exposição que fiz dos caminhos do felino e de seu criador, bem como dos nichos que os dois alcançaram nos meios eletrônicos é por ora mais do que suficiente.
Atenciosamente,
Luca.
Fã, leitor e escritor de alguns contos do Grande Gato publicados no Blog do Eduardo e em minha página do Facebook entre 2011 e 2014 por incentivo e apoio do próprio Eduardo Schloesser.
Bsb, 15 de junho de 2017.


5 comentários:

  1. O Luca deve mesmo gostar muito de mim e das coisas que eu faço para tirar um tempo na sua vida agitada e fazer análises de quase tudo o que envolve minha arte, em particular meu personagem de quadrinhos. Eu não tenho como retribuir as gentilezas, só agradeço todo desvelo.

    Eu entendo que o que eu queria provar a mim mesmo como autor de quadrinhos já o fiz, o que vier a partir daí será lucro. Verdade que não tive sucesso comercial com este personagem e os motivos já foram debatidos à exaustão, a luta continua e certamente, se saúde e vida tiver, novas aventuras serão criadas, se - e como - virá ao público, é uma outra conversa.

    Vivemos dias estranhos, vejo florescer um monte de artistas, uns bons e outros nem tanto, muitas publicações que passam como meteoros e a gente nem consegue saber se as qualidades justificam os altos preços e o pequeno alarde. A moda dos pequenos astros das HQs nacionais, onde só se falavam deles, parece que cessou. Há um monte de desenhistas novos e aspirantes a desenhistas, acho que daqui a pouco haverá mais desenhadores que público para apreciá-los.

    Psicologicamente, eu me noto hoje envolvido em uma teia onde não vislumbro como sair dela; eu queria muito poder apertar o botão de desliga e estar só com minha mãe e meus irmãos em um local verde, de sol ameno, distante de toda esta pressão.

    O Luca citou a escritora Carla Ceres. De fato, concordo com a menção, sei que ela hoje em dia não é uma pessoa nerd que corre atrás de todo tipo de quadrinho para ler, ela consome meus livros e minha produção pois desenvolveu uma genuína simpatia pelas coisas que eu faço e eu sou muito grato a ela e seu marido.
    Lucão lembrou de Mira Werner, também. Ela hoje é minha maior divulgadora nas redes sociais e mesmo não lendo português fluentemente fez questão de comprar quase tudo o que já publiquei. Porque ela se interessou por meu trabalho e dedica tempo em mostrá-lo a quem interessar possa, para mim é um completo mistério. Eu nunca viverei tempo suficiente para agradecer a ela.

    O fato é que essas duas mulheres guerreiras são a prova cabal das bençãos de Deus na minha vida.
    A Ele, portanto, toda honra, glória e louvor.

    Schloesser.

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  2. Não sei se já contei, mas...
    A primeira vez que vi o Zé Gatão foi por uma foto da capa do primeiro álbum, no catálogo de publicações que vinha nas páginas centrais da extinta Comix Magazine. Revista essa que foi minha informativa favorita no final dos anos 1990 e início dos 2000. Na época, eu não tinha condições de acompanhar a Wizard Brasil da Editora Globo (que saiu de 1996 a 97) e só consegui todas as 15 edições em 2002, graças a sebos.

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  3. Eu me lembro de você ter falado isso, sim, Anderson. Essa revistinha do Comix ainda tenho vários exemplares comigo, custavam um real, se me lembro bem e traziam informações e até umas entrevistas legais.

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  4. Nossa! Meu nome apareceu num texto do Luca! E junto com a Mira, o Schloesser o e Zé Gatão. Muito obrigada, Luca! Você é a gentileza em pessoa. Parabéns pelo texto!

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    1. Querida Carla, eu falo por mim (mas penso que o Luca concordaria), citar você não é nenhum favor, eu acho que isto é justiça. Como diz o Livro Santo: "a quem louvor, louvor e a quem honra, honra.

      Eu é que sou sempre grato por você participar, comentar, opinar e aconselhar.

      Forte abraço.

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