Segunda feira da semana passada fui ver o novo filme do Batman, e como sempre foi uma correria só, tanto que era pra eu ter postado sobre a película logo no dia seguinte, mas como tem acontecido com frequência este ano, não tive tempo, e faltou inspiração pra falar a verdade. Tanto que pensei em fazer um esboço a toque de caixa pra ilustrar o comentário, mas deixei pra lá, repito aqui duas páginas que fiz a um século só pra não passar batido.
Mas voltando à segunda passada, o dia já começou fumegando, fui a um banco HSBC pra fazer um depósito. Ainda não estava aberto. Eu queria sair de casa cedo para comprar meu ingresso na boa, sem filas quilométricas (hoje em dia com vendas antecipadas para ver um filme, se chegar em cima da hora periga não achar um lugar decente) e é incrínel como 10 minutos esperando o estabelecimento abrir parecem 2 horas. Um coroa de 66 anos (sei porque ele me disse) me fez uma pergunta e não parou mais de falar. Era um cara alto, bigode e cabelos brancos, bem vestido e com mau hálito. Reclamou dos juros do banco e dos guardas de segurança. O banco abriu. Lá dentro o cara começou com perguntas, que idade eu tinha? Falei. Aí ele falou a dele. Disse que estava em forma pra idade, caminhava e tal. Narrou sua juventude, falou dos filhos que estudavam em Londres, que um deles era dominado pela esposa e todas essas coisas que eu não estava interessado em saber. Minha senha era a de número 3 e mesmo assim fiquei lá mais de 40 minutos. O ancião perguntou com o que eu trabalhava. Respondi. Mas é desenhista de projetos? Não, disse eu. Aí ele abriu uma pasta e me mostrou um panfleto de uma bela casa com piscina. Argumentou que era uma de suas casas, esta ele alugava para eventos. Queria alguém que fizesse sei lá o que num programa de computador para mostrar os cômodos da casa. Encontrou alguém que lhe cobrou 1.600 reais pelo trampo. Um roubo, disse ele, não ia pagar este valor por um desenho nem a pau. Perguntou se eu concordava com ele. Não disse nada. Finalmente chegou a vez dele ser atendido no caixa preferencial. Ufa!
Sai de lá faltando pouco para as 11. Foi o tempo de almoçar e pegar o busão até o Shopping. Poupo vocês dos detalhes cansativos da fila nauseante até me sentar na cadeira e ver o fim da trilogia do Chris Nolan.
Ele fechou bem a sua visão, digamos, mais realista, do morcegão. Como sempre nestes casos, diretores como este quando pegam um personagem deste tipo tende dar ares shakespearianos à sua saga. Soam pretenciosos. Este mais que os dois anteriores. Mas é um bom filme. Entretem. Só queria que alguém me explicasse como o Bane come (pra manter aquele físico) e bebe água.
Não gostei das cenas de porrada, me soaram mau elaboradas, sei lá. Mas como eu disse, é um filme bem acima da média pra um filme de herói. Porém, ainda estão pra fazer um filme do morcego que lhe faça justiça.
Quem sabe o próximo diretor? Acho difícil. Agora é esperar pela nova fita do Homem de Aço.
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Ando ansioso pra ver o filme e "bater meu recorde pessoal" de idas ao cinema. Hehe!
ResponderExcluirEsperar um pouco não faz mal, a vantagem é que cê pega o cine um pouco mais vazio. Eu prefiro assim, só me antecipei com este pra aproveitar um convite que eu tinha.
ResponderExcluirFala, Eduardo! Ainda não vi, talvez vá esta semana. Deve ser bom. Se for no nível do anterior já tá classe A. Belo relato. Eu detesto conversar em fila de banco ou qualquer que seja a fila. Levo sempre um gibi ou livro e me fecho...
ResponderExcluirAs páginas estão muito boas. De que ano são?
Grande abraço,
Oi, Gilberto, o filme é mediano. Um Batman acima da média mas muito aquém do que poderia ter sido. Talvez se não fosse tão pretensamente sério as "falhas" não seriam tão gritantes.
ResponderExcluirNão lembro bem quando foi que fiz este teste da Impacto, mas faz um bom tempo. Não passei nem pela porta do estúdio. Fiz uma postagem sobre este assunto. Está em algum lugar neste blog.
Gracias e um abração.