Essa nova leva de livros, cujo o primeiro é esse, tem um pequeno diferencial em relação aos anteriores, procurei deixar o texto menos formal, ou seja, ao invés de ficar citando que o tronco tem tantas cabeças de comprimento e coisas do tipo (calma, tem isso também!) achei mais legal narrar minhas experiências e motivações no mundo da arte, é quase uma biografia onde cito fatos que me empurraram até onde cheguei, tudo de forma leve e didática, que fique claro. Optei por elaborá-los assim por estar de saco cheio de todas aquelas coisas técnicas chatas onde a verborragia do autor confunde mais que ensina; na verdade o aluno aprende mesmo é fazendo e fazendo e fazendo, suando a camisa, toda retórica serve bem pouco, eu diria. Quando me caiu nas mãos aquele lendário livro do Jaime Cortez (na verdade, o único que tive acesso na vida) chamado, se não me engano, A ARTE DO DESENHO, eu nem quis saber do que ele falava, queria logo copiar os desenhos que lá estavam, as instruções, tipo, qual a distância de um olho para outro, já vinham especificadas nas ilustrações. Aliás, aquele livro nem tinha muito texto, o Cortez foi esperto nesse ponto, devia saber que esse ofício, que requer disciplina, se aprende de fato na prática e a experiência vem com o tempo.
Durante os anos 1990, quando eu trabalhei numa banca de jornal em São Paulo, eu colecionei muitos cards de ilustradores e quadrinistas e no verso de cada figurinha o autor relatava porque aquela arte foi criada daquela forma e para quem. Não eram todos na verdade, mas o pouco que fiquei sabendo, para mim foram de muito mais valia do que toda conversa sobre misturas de tintas.
É verdade que eu tinha que me ater às regras da editora e não podia escrever demais para não sair do assunto anatomia, mas algo da minha alma está impressa neste livro, principalmente nos traços. Dá pra reconhecer que foi feito por mim.
Como adquirir? É só ir no Google e acessar o site da Comix e procurar a página de desenho e pintura ou ir para o site do ArtCamargo. Lembrando que também pode ser encontrado nas livrarias Saraiva e Cultura.
Beijos a todos e se Deus quiser nos encontramos de novo na próxima semana.
Parabéns pelo lançamento do novo livro.
ResponderExcluirRealmente, excesso de explicações técnicas deixaria maçante.
Obrigado, Anderson!
ExcluirTentei mesmo deixá-lo menos formal, ficou um ótimo trabalho.
Abraço.
Esse livro ficou lindo, Schloesser! Uma perguntinha: na hora de desenhar, você pensa na teoria ou todo esse negócio de proporção e coisa e tal já sai no automático? Parabéns!
ResponderExcluirSai no automático, Carla. Já conheço bem a anatomia do corpo para ter boa segurança no que vou ensinar. Mas antes de elaborar um livro penso antes nele, como abordarei o assunto e de que forma. Uso algumas referência visuais quando necessário e também dou uma espiada em mestres do passado para me certificar se não cometi algum engano, essas coisas.
ExcluirObrigado pelas palavras!
Esse ficou show mesmo, Eduardo! Dá pra ver pelo que postou que o que conta mesmo são as imagens na hora de aprender desenho. E treinar, claro. Estou sempre falando isso pra garotada aqui, mas às vezes(boa parte do tempo) é frustrante. Muitos parecem esperar alguma iluminação...Parabéns e ótima semana aí! Grande abraço!
ResponderExcluirA experiência para mim ditou as regras, Gilberto. Só mesmo muito treino´e perseverança faz o artista amadurecer na arte. Isto leva tempo e nem todo mundo tem paciência, é como o cara que entra numa academia e em pouco tempo que ter um corpo de mister universo, ou o cara que começa a correr e já quer disputar uma maratona, daí usam drogas para melhorar a performance e se lascam todos. Na arte o cara procura atalhos, imita tal fulano, decalca desenho e assina como se fosse dele a criação, depois se frustra e muitas vezes abandona. Tanto assim que muitos tem o chamado talento natural mas não desenvolve, llarga de mão. Tenho observado que na vida, só os fortes e determinados, que não choramingam nas quedas é que vencem, conquistam o sonho. Dinheiro é outra coisa (ele vem e vai), realização pessoal é outra, esta, não tem ouro que compre. A gente deve seguir tentando.
ExcluirSobre palavras e imagens, elas devem vir equilibradas, mas (falo por mim) aprendi muito mais ouvindo uma experiência pessoal do que aqueles textos do tipo que fala que o tronco tem tantas cabeças de comprimento e talz, até porque notei que na prática isto tudo é um tanto relativo.
Legal te ver por aqui, apareça sempre.
Obrigado e um abraço!
Parabéns por mais um trabalho concluído e publicado, Eduardo! Espero que venda muito bem!
ResponderExcluirObrigado, Everton, também espero que tenha boas vendas, mas acho que vai ter, já notei que minhas instruções de desenhos são mais bem aceitas que meus quadrinhos.
ExcluirParabéns pelos seus livros, tenho quase todos e amo de paixão eles, você me inspirou a desenhar e não desistir.
ResponderExcluirAdoro seus livros porque são super práticos e ao mesmo tempo detalhados, só queria saber suaa redes sociais como instagram. Obrigado
Mari, comecei bem meu dia hoje, abri meu notebook e dei de cara com este seu comentário. A vida de quem vive de arte no Brasil é um tanto sofrida e uma das coisas que fazem ela valer a pena é ler/ouvir palavras como as suas e saber que meus livros tem ajudado a formar novos artistas. Muito obrigado mesmo!
ExcluirSobre redes sociais eu não tenho Instagram, só possuo página no Facebook (aliás, duas, uma delas é gerenciada pela Editora Criativo), na verdade não tenho muito tempo para administrar essas redes, postar desenhos, renovar artes e talz, concluindo: não passo de um dinossauro. Mal tenho tido tempo de atualizar este blog. Me procure no Face ou Pinterest, tenho dois álbuns de desenhos nesse lugares que você pode gostar de ver.
Um beijo e muito sucesso para você.