Amados e amadas, um boa noite!
Inicio hoje uma série nova, vou falar brevemente sobre os filmes que de alguma forma mexeram comigo, não são os maiores filmes de todos os tempos, não, longe disso, mas sim aqueles que surgiram num período da minha vida e trouxeram algo mais marcando aquele momento. São películas que assisti diversas vezes e ainda hoje não perderam o seu encanto.
Vamos começar com CONAN, O BÁRBARO, de 1982.
Eu já era fã de Arnold Schwarzenegger antes mesmo de ser admirador do personagem criado por Robert E. Howard. Como entusiasta de fisiculturismo eu, em 1977, já via estampado nas precárias revistas de musculação de editoras mequetrefes aquele austríaco imenso. O Conan eu já havia visto numa revista da Bloch (esta abaixo, com a capa do Boris Vallejo) que não durou muitos números, mas nunca tinha lido nada. Só virei um apreciador fanático lendo as aventuras do bárbaro nas revistas Superaventuras Marvel.
Eu não perdia um capítulo da série Hulk com o Lou Ferrígno, pudera, era um dos meus heróis preferidos interpretado por um admirado atleta da fisicultura.
Quando soube que o Arnold viveria o cimério de bronze eu contei os dias para que o filme chegasse aos cinemas.
Os que me acompanham aqui no blog desde o começo, sabem que eu levava uma vida de merda no Rio de Janeiro, assistir filmes em tela grande era uma das minhas válvulas de escape, juntamente com os os exercícios físicos que fazia diuturnamente. Cinema era diversão barata naqueles dias e eu ia sempre que possível.
Era quase noite quando fui até Madureira e vi o cartaz do filme, comprei meu ingresso e fiquei esperando o momento de entrar. Eu não conseguia tirar os olhos da tela. Arnoldão era um total desconhecido do público naqueles tempos. A história do filme era básica, a ambientação era perfeita, embora as origens do herói e mesmo sua personalidade fossem diferentes dos contos do Howard e mesmo dos quadrinhos, mas isto não me incomodou, até porque eu pouco conhecia do Conan naqueles tempos. Mesmo a notória canastrice do Schwarza não tirou o brilho do filme, ao contrário, combinou com o tom soturno da história, um homem macambúzio, de poucas palavras, obcecado pelo desejo de vingança. Acho mesmo que o diretor John Millius sabendo das limitações de Arnold deixou-o com poucas falas. Paisagens fantásticas e longos silêncios preenchidos por uma trilha sonora arrebatadora e inesquecível. Uma película fria, com boas cenas de batalha (mesmo com um orçamento que prejudicou a produção, segundo soube anos depois), vilões que roubam a cena, sangue aos borbotões e frases ambiciosas.
Eu assisti Conan incontáveis vezes no cinema, decorei as falas, a música não me saiu da cabeça. Assim que pude comprei a trilha sonora.
Hoje com a internet e redes sociais existem páginas e páginas a respeito de Conan, Um monte de jovens e velhos especialistas que sabem tudo sobre o personagem e ao mesmo tempo não sabem nada.
Eu também sou mais um ignorante, mas eu estava lá, em 1982, bem no começo, em um torvelinho de solidão e tristeza, e o Conan das telas me ajudou a atravessar o vale até que eu voltasse para a casa dos meus pais em Brasília no ano seguinte, gosto de pensar que participei do início da saga do cimério no Brasil, ainda não havia a fraca continuação e a Espada Selvagem de Conan só chegaria ao país em 1984.
Mesmo hoje, embora perceba com mais clareza os problemas do filme, para mim ainda é um dos grandes momentos do cinema.
Em dias tristes um herói em nossos sonhos é muito importante. Ele nos dá força e coragem para ir em frente.
ResponderExcluirOBRIGADO POR SEU COMENTÁRIO, MIRA!
ResponderExcluirA primeira vez que puder ver o filme inteiro, foi com meu pai numa Sessão das Dez (o extinto bloco de filmes nos domingos do SBT), em 1992. E foi a primeira vez que fui pra cama perto das 2 da manhã... ainda mais que teria aula na segunda! Hehe!!
ResponderExcluirPois é, Anderson, e te marcou tanto que você se lembra dos detalhes do acontecido, hein!
ExcluirAbraço!
Gosto do filme, Schloesser. Vi no lançamento e, várias vezes, na TV. Mas o que me encantou hoje foi o desenho no cabeçalho do blog. Que lindo! Que nuances maravilhosas! Queria fazer uma camiseta com ele. Ficaria show. Parabéns!!!
ResponderExcluirSabe, Carla, embora mais fraco (beeeem mais fraco!) eu gosto da continuação, o Conan, o Destruidor.
ExcluirSobre o Nosferatu, eu também curto este desenho, foi feito em sanguínea.
Obrigado e um abraço.