O Douglas Quinta Reis se despediu de nós nesta última sexta feira. Era um dos fundadores da Devir Livraria e Editora. Foi a segunda baixa pesada sofrida pela Devir, a primeira foi em 2012, com a morte do Mauro (comento neste post: http://eduardoschloesser.blogspot.com.br/2012/02/hoje-infelizmente-nao-tem-ilustracao.html)
Eu conhecia o Douglas a mais de 20 anos, sempre nos encontrando em eventos ou lançamentos de quadrinhos da editora dele e nunca conversamos muito, os momentos eram breves e eu nunca sabia exatamente o que dizer e ele tampouco. Nosso maior tempo juntos foi em 2011, quando tivemos uma reunião na Devir para tratar da publicação de ZÉ GATÃO - MEMENTO MORI, intermediada pelo editor Leandro Luigi Del Manto. Depois foram trocas de e-mails onde planejávamos a capa de um livro de sucesso na Coreia (que acabou não acontecendo).
Nos últimos tempos eu falava por telefone com ele sobre a possível publicação da biografia em quadrinhos do Edgar Allan Poe.
Ele e o Mauro, assim como muitos do mesmo período, que tornaram os quadrinhos algo mais respeitado aqui no Brasil, já são lendas do meio. Fico com uma sensação muito grande de vazio.
Abaixo uma entrevista em duas partes com o Douglas e com o Mauro feita pelo Marcelo Alencar.
Vá em paz, Douglas, até breve!
Volta e meia, eu lia alguma citação a Douglas e Mauro, em alguma informativa.
ResponderExcluirA primeira vez que vi o nome Devir, foi em anúncios da revista Herói que mostravam lançamentos de RPG's e da revista do Spirit (lá por 1995).
Meus sentimentos a quem teve contato direto ou de leve.
Tenho enorme respeito por editores, mesmo que alguns nem falem tanto comigo via Facebook, mas também nunca troquei farpas violentas com nenhum deles... como geralmente e infelizmente acontece, hoje em dia.
Valeu, Anderson!
ExcluirSabe, antigamente eu não me simpatizava com editores (muitos são arrogantes mesmo e fica uma má impressão), hoje eu sei que eles querem o mesmo que os artistas, ganhar dinheiro e tocar seu negócio. Eles não tem obrigação de publicar um material do quadrinista só porque este acha que seu trabalho merece e ponto. No caso do Douglas eu até ouvi dizer que ele publicava HQ de pouco apelo comercial só para ajudar algum talento. Meu Zé Gatão nunca foi sucesso de vendas e mesmo assim saiu o segundo volume. Mauro e Douglas vão fazer falta no meio editorial brasileiro.
Oi, Schloesser! Que pena, a Devir perder os dois num intervalo tão curto de tempo! Simpatizo com a editora e vou torcer para que se mantenha firme. Abraço!
ResponderExcluirEu também torço, Carla, para que a Devir continue no páreo apesar destas perdas, gosto muito dos livros que eles publicam, e eu particular, mesmo não sendo íntimo deles, gostava muito dos dois, eram boa gente.
ExcluirAbraço!