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segunda-feira, 13 de maio de 2024

PINTURA DE GUERRA (a revista que veio de brinde num dos planos da campanha de ZÉ GATÃO - SIROCO) EM BREVE ANÁLISE, por Luca Fiuza.

 

  Li o material atentamente. Ele é fruto de um período específico.  A Arte também representa determinada época,  sendo como você disse, algo único. Um verdadeiro retrato de seu tempo ao final dos anos 90. Pintura foi uma história incompleta. Seria uma saga que terminou não acontecendo e seu enredo acabou não sendo desenvolvido como você gostaria, o que me parece acabou atrapalhando a fluidez da trama deixando várias pontas. O diálogo entre Marte e o Gatão ficou didático e superficial,  sem a profundidade psicológica que você decerto, pretendia ter colocado nas cenas. Se você tivesse escrito a trama hoje em dia penso que seria bem diferente do que foi. As razões, no entanto,  ficaram bem claras e compreensíveis na introdução de Pintura de Guerra. A breve aventura inicial foi bem direta e prosaica, mostrando que mesmo fazendo o Bem, Zé Gatão serviu-se de um subterfúgio até que meio duvidoso. Tal fato prova que ele não é nem nunca foi um herói clássico e sem defeitos.  Ele é a pessoa comum sujeita a acertos e a erros e está andando nas ruas das grandes cidades como cada um de nós, a viver um dia após o outro. As cores são vibrantes e o traço dos desenhos é o seu traço típico dos anos 90 e 2.000 até um momento mais adiante em que você passa para uma nova etapa artística, notória nos álbuns subsequentes.  Foi um belo mergulho em um tempo que já ficou para trás, meu velho.



 

8 comentários:

  1. O Luca acertou em cheio, o Zé nunca foi aquele herói convencional cheio de certezas, mas também está muito longe de ser um anti-herói. Ele faz o que é necessário para sobreviver no ambiente brutal que o rodeia mas dentro de certos parâmetros mínimos que definem um cara bom, eis aí a magia do personagem.

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    1. Penso da mesma forma, meu caro. Obrigado pelo comentário.
      Mudando um pouco de assunto, tem acompanhado os contos do Felino que o poeta Barata tem postado diariamente no site dele? Tenho relido depois de muito tempo e sinto neles um frescor renovado.

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    2. Tenho acompanhado sim Eduardo, embora lentamente, estou seguindo a ordem das postagens (acho que parei em Mundos Opostos, já tem vários postados depois). Confesso que alguns deles cheguei mesmo até a duvidar que tenha lido aqui no Blog há alguns anos, (na minha cabeça não tinha perdido nenhum). De qualquer forma apesar da preocupação com possíveis falhas de memória, também tenho tido essa sensação de material visto pela primeira vez ou mesmo sob uma nova perspectiva (certamente alterada pelas mudanças que nós leitores sofremos durante a vida). Esses contos são a prova que Fanfic de qualidade tem imenso valor.

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    3. Obrigado, amigo! Fico feliz que nosso Felino Gris faça também sucesso em prosa, ainda que para um público reduzido a um número ínfimo, eu diria (como é nos quadrinhos), mas pra mim, já é alguma coisa. Sou daquele time que acredita que o pouco com Deus é muito. Os planos para ver todo esse material publicado em papel continua.

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  2. Fico feliz de ter tido acesso a esse material. Uma das coisas mais interessantes é acompanhar o trabalho de um artista por algumas décadas e perceber algumas dessas nuâncias.

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    1. Que bom que gostou, caro Elton!
      Sabe, sou muito grato a Deus por tê-lo como amigo e apoiador do meu trabalho, acho que você é uma das pessoas que tem quase tudo o que eu já produzi.

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  3. A típica análise sincerona. Preciso retomar as leituras, retomar e concluir a trilogia anterior e ler o SIROCO e LdG para escrever meus próprios textos opinativos. A obra completa do Zé Gatão vai, por vias bastante diferentes do usual, se firmando e gerando crias paralelas graças a fãs dedicados. Isso não tem preço.

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    1. Endosso suas palavras, meu caro. Obrigado!
      Sabe, até bem pouco tempo atrás eu pensava comigo mesmo que Zé Gatão, assim como outras obras oriundas do meu traço, não ficariam para sempre na obscuridade, um dia descobririam seu valor e o panorama mudaria por completo (o que para mim não faria diferença, uma vez que eu já seria pó). Van Gogh pensou o mesmo, ele certa vez afirmou que os quadros dele valeriam algo mais que o preço dos pincéis e tintas e esse vaticínio se concretizou.
      Hoje em dia não penso mais sobre isso, para mim tanto faz, fiz o que tinha que fazer e eu diria que combati o bom combate, publiquei seis álbuns do personagem (sempre foi minha meta) e me dou por satisfeito num país governado por bandidos e sabendo que mal ou bem me sobressai num meio artístico recheado de ególatras. O ominbus do felino sai mesmo? Difícil afirmar qualquer coisa, espero que sim, mas se for mais uma ilusão, tô de boas com isso.
      Valeu, amigo!

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