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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

MOSQUITOS, CALOR, SUOR E A MEDONHA BELEZA DA ESCURIDÃO.

Foi uma noite difícil. A luz faltou por volta de 23:30 e só retornou as 3 e tanto da madrugada. Por conta disto, eu que não me aguentava de fadiga, não pude grudar os olhos devidamente. O calor, as muriçócas (como são conhecidos os pernilongos por aqui), não permitiram.
Abrimos as janelas na esperança que um vento piedoso pudesse tornar aqueles momentos menos sufocantes. Aliás, escancarar janelas numa noite como esta é algo temerário, as notícias de "homens-aranha" abundam aqui em Pernambuco. 
O brisa não dava o ar de sua graça, em compensação o breu nos permitiu vislumbrar um firmamento magnífico, quase lovecraftiano. Há uma necessidade em nós de encontrarmos equilibrio nas situações, principalmente as mais adversas. Mecanismos do nosso subconsciente para a sobrevivência? É quase certo.
Um tanto cansado de ver beleza na negridão noturna e refletir sobre como nos tornamos reféns do conforto, me recostei no sofá.
Sem muito o que fazer, Verônica foi ouvir música na FM do celular. O silencio era tão grande que dava pra ouvir o George Michael cantar "Careless Whispers".
Esgotado, com o som distante daquele sax monótono, comecei a cochilar. Senti o suor que descia da minha fronte inundar uma das minhas orelhas mas nada fiz a respeito. Ela disse que num dado momento começei a roncar alto. Resolvi ir para a cama.
Deitei.
Então a luz voltou.
O ventilador foi ligado afastando o calor e os mosquitos. Apaguei de vez com o pensamento fixo de que somos dependentes demais do conforto.


Eu tinha a mania de aproveitar tudo que era sobra de material. Costumava desenhar em pequenos pedaços de papel. Esta arte foi feita num cartãozinho de 8 x 4 cm. As vezes acho algumas destas pequenas artes no meio da minha bagunça.
Os noticiários da manhã informaram que o blackout desta noite atingiu boa parte do país.
Repararam que isto está cada vez mais frequente?
Tenham todos um bom final de semana.

2 comentários:

  1. Fala, Eduardo! É verdade. Como somos dependentes da tecnologia. Se houvesse um retrocesso tecnológico e não houvesse no mundo mais energia, computadores, etc... quanta gente ficaria sem emprego, quantos desenhistas ilustradores ficariam sem eira nem beira (não é o seu caso). As faixas e placas voltariam a ser feitas manualmente e não com ploter e, talvez eu voltasse a ser letrista e artefinalista de serigrafia.
    Mas o tempo não volta e resta sabermos nos virar da melhor forma possível.
    Ótimo final de semana pra vc e a Verônica.
    Abração,

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  2. Rapaz, eu tinha uma idéia para uma HQ que versava sobre este tema, sem energia elétrica por causa da diminuição da água no mundo, os seres humanos voltavam ao estado de barbárie, infelizmente uma série de fatores não me deixaram nem por o assunto no papel. De qualquer forma ficaria muito parecido com um filme que vi a muito tempo chamado "Efeito Dominó".
    Mas quem sabe, ainda não volto ao tema?
    Obrigado por sua visita e bom final de semana pra você e sua esposa.
    Abraços.

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ZÉ GATÃO POR THONY SILAS.

 Desenhando todos os dias, mas como um louco, como fiz no passado, não mais. Não que não queira, é que não consigo; hoje, mais que nunca eu ...