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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

FORMAS E CORES



Sabiam que eu não entendo quase nada de arte? "Ué, então como você tem materiais didáticos publicados, todos com relativo sucesso?", perguntariam vocês. Taí um mistério. Bem, claro que não sou de todo ignorante no assunto. Mas o que quero dizer, é que em se tratando de arte sou autodidata. Cheguei a estudar um tempo com um grande mestre no Rio de Janeiro, mas o que apreendi naqueles tempos foi algo singular, que é tema para uma outra postagem.
Prefiro deixar me levar pelas emoções ao criar minhas imagens, sem entender exatamente o caminho que estou pisando. Minhas noções são assim tanto mais empíricas que científicas, vem das observações de como produziam os grandes mestres, ou antes ainda, como eu as interpreto. Meus estudos se apoiam em tentativas e erros. Rabiscos e tintas, ensaios solitários, year by year.
Por exemplo, sei quase nada de cores. Tive muitas aulas sobre isto na faculdade, pintei muito com guache naqueles dias, mas sinceramente, não consigo lembrar de uma única palavra dita pelos professores. Naqueles dias minhas buscas eram outras, algo como aconteceu com o rock em fins dos anos 60, experimentações que trouxeram pérolas como Sargent Peppers dos Beatles ou o Piper Gates Of Down do Pink Floyd, eu não tinha uma noção exata do que buscava, e acabei me encontrando nas artes de cunho fantástico/realista.
Quando me elogiam por ter um hachuriado (é assim que se escreve?) legal nos meus desenhos a bico de pena, eu digo que devo isto a Doré, Franklin Booth, Heinrich Kley e outros. Mas vejam bem, me apoio sempre nas lembranças de seus trabalhos, ao invés de visualizar seus desenhos, o que acaba saindo mais a visão do que seriam seus traços do que uma simples reprodução de seus estilos. Tudo isto, penso, cunhou meu próprio modus operandi. Sem contar que minha formação por muito tempo teve mesmo que ser a mera recordação de algo visto numa livraria, pois só de uns anos pra cá eu tive recursos para adquirir book arts  que me interessam.
Hoje, faço minhas misturebas de tintas de maneira mais racional, mas pra dizer a verdade, o resultado não fica muito diferente da época que fazia de forma totalmente intuitiva.
As ilustrações de hoje, nem lembro se foram publicadas nos cursos que realizei, a de cima eu acho que saiu, a de baixo de fato não me lembro. Sobre estes cursos, a despeito do que falei sobre não entender de arte, não se preocupem, pesquiso bem pra desenvolve-los. Entender mesmo do assunto eu deixo para os teóricos e sabichões. Cá pra nós, o mundo está cheio deles, não há necessidade de mais um.




2 comentários:

  1. Fala, Eduardo! Entendo seu método de desenvolvimento na arte. Eu ainda estou muito aquém do nível que gostaria de atingir, mas sei que ser autodidata é um grande modo de evoluir, pois não há barreiras de fontes de inspiração. É só seguir apaixonadamente nossa intuição e claro, ralar muito...
    Brigadão pelos comentários lá no blog.
    ótimo final de semana pra vc e a Verônica.
    Abração,

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  2. Sou eu que agradeço seu prestígio Gilberto.
    Escrevi uma resposta longa aqui comentando seu traço, mas por azar, não consegui postar e acabou se perdendo, estou sem pique para reescrever, mas a ideia tá valendo, depois escrevo no seu blog.
    Bom fim de semana pra vocês também.
    Abraços.

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ZÉ GATÃO POR THONY SILAS.

 Desenhando todos os dias, mas como um louco, como fiz no passado, não mais. Não que não queira, é que não consigo; hoje, mais que nunca eu ...