domingo, 11 de setembro de 2011
MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILICIAS ( 01 )
Sei lá, existem personagens que mesmo sendo um merda cativa a gente. Por exemplo, no cinema temos o Tuco, aquele sujeitinho execrável que rouba a cena no clássico O BOM, O MAU E O FEIO ( Três Homens Em Conflito, como foi chamado aqui), o Alex, do memorável LARANJA MECÂNICA (livro e filme), os personagens de John Voight e Eric Roberts no EXPRESSO PARA O INFERNO, o coronel nazista malucão de BASTARDOS INGLÓRIOS, e... bem, a lista é grande. Os quadrinhos estão abarrotados de elementos assim; eu diria que o Justiceiro, Wolverine e Kraven são do tipo. Agora existem personas com as quais não simpatizo de jeito nenhum, o cara é um bosta e fico torcendo para que ele se lasque da pior forma possível. Lembro de um álbum do espanhol Jaime Martin chamado VIDA LOUCA (lançado no Brasil pela Conrad), tem uma ótima história, mas o protagonista pra mim é um verme. Não sei, não aceito o camarada se enveredar pela vida do crime com a justificativa de que não teve outra escolha.
Um personagem que nunca gostei foi aquele do John Travolta em PULP FICCION, criatura insuportável, já o do Samuel L. Jackson no mesmo filme é um tipo cativante.
Em Memórias De Um Sargento De Milicias, do Manuel Antonio De Almeida, temos o menino Leonardo, um tipinho que odiei da primeira à última linha. O romance é soberbo, mas a figura central desde a sua infância à vida adulta não me despertou nenhuma simpatia (não posso dizer o mesmo do pai dele).
Acho que tenho estas impressões porque conheci muitos sujeitos (e sujeitas) assim durante a minha vida. Parasitas, espertalhões, gente que apronta das suas e te empurra pro buraco no lugar dele.
Minha primeira memória de uma pessoa assim, data de bem cedo, no início dos anos 70. Um primo que convivi durante na tenra idade e tornou a minha infância um inferno (pelo menos no período em que fui obrigado a partilhar espaço com ele). Não foi fácil.
Ouso dizer que infelizmente o mundo sobeja este tipo de ser humano, e até mesmo de animais (podem acreditar).
Assinar:
Postar comentários (Atom)
ZÉ GATÃO POR THONY SILAS.
Desenhando todos os dias, mas como um louco, como fiz no passado, não mais. Não que não queira, é que não consigo; hoje, mais que nunca eu ...
-
O horizonte nebuloso esboçando ventos de ira e dores do passado, quais penas de aves agourentas e fétidas, trazendo à memória momentos de d...
-
Eu me vejo mal sintonizado, caminhando entre os mortais é como se eu estivesse desfocado, vocês sabem, todos nítidos e eu disperso entre el...
-
Ontem, por volta de uma da madrugada, enquanto eu finalizava a página 64 de O Nascimento dos Deuses, recebi uma ligação do meu irmão caçula...
Caraca! Lindo! Nunca perguntei e não lembro de ter lido, mas faz a arte-final com nanquim?
ResponderExcluirAbraço!
Sim, a arte final é a nanquim sim.
ResponderExcluirObrigado pelo elogio.
Abração.
Fala, Eduardo! Bem bacana essa arte. E quanto aos personagens, vai entender... Os tipinhos sobressaem.
ResponderExcluirObrigado pelo comnetário e paciência pra ver o vídeo que postei. Valeu.
Abração,
De nada, amigo. Seu traço tem muita personalidade.
ResponderExcluirAdmiro isto num artista.
Obrigado e um abraço.