Caríssimos e caríssimas, a verdade: não estou com o menor saco para escrever aqui! Sério. Agora, após o almoço bateu aquela malemolência mortal; em dias normais eu deitaria uma meia hora para começar a tarde mais disposto, mas os dias que tenho vivido não tem sido comuns. Bem, deveria ser normal este estado de tensão, afinal passei quase toda a minha vida assim, mas me nego aceitar essas coisas como corriqueiras, sei que faz parte da vida, mas a avalanche não deveria ser constante. Estou achando tudo extremamente enfadonho. Mas se paro aqui e me abro um pouco é, também, por respeito a vocês que tem a gentileza de abrir esta página e esperam encontrar alguma coisa da minha produção.
Então vamos lá, não há muitas novidades; enquanto não aparece nenhum trabalho que pague as minhas contas, continuo a produção (ainda lenta) da bio do Poe e a história de terror para o NCT. Me encomendaram também cinco páginas de uma hq erótica para a Private e não estou com o menor ânimo para começar, ainda é projeto sujeito a aprovação.
Hoje me lembrei desta arte dos Três Patetas e me veio a ideia de falar sobre o politicamente incorreto, sobre o quanto eu gostava de assistir quando era criança, sobre a violência a que os pobres Curly e Larry eram submetidos pelas mãos do Moe, na verdade acho que quem mais sofreu foi o Shemp, que levou marteladas, marretadas e teve a orelha parcialmente decepada com um serrote. Me pergunto se isto seria possível hoje, se teríamos desenhos do Pernalonga que mostrassem o Gaguinho e o Patolino sofrendo abusos e humilhações de forma tão brutal, se teríamos aquele galo cometendo bullying contra aquele cão e coisas do tipo. Mas não estou animado para discorrer sobre isto. Uma outra hora, quem sabe?
A arte original provavelmente se perdeu, então tive que escanear da revista onde foi publicada.
Agora me lembrei de quando eu viajei para Salto Grande, no interior de São Paulo, eu devia ter uns 12 anos (acho que era 1974): uma tv mal sintonizada, exibia um episódio do trio biruta. Uma mocinha gorda, residente na casa, dizia que seu pateta preferido era o "INDECIL". Indecil? Pensei eu. Depois saquei que era como ela entendia a forma que o Moe se referia ao Curly: "IMBECIL".
Típico, o pato neurótico do Disney ela chamava de DONALDO.
Ok, agora volto aos lápis. Grande final de semana a todos.
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Aproveite o fim de semana pra passear um pouquinho, Schloesser. Saia com a esposa, com a filha, com os amigos... Sozinho não vale porque você vai ficar pensando em trabalho. Qualquer lugar tranquilo serve desde que não seja um lugar de sempre. Meu pateta preferido era o Larry. Tirando o Moe, os outros também eram legais. Bom fim de semana e parabéns pelo desenho! Abraço!
ResponderExcluirObrigadaço (afinal é com Ç ou com dois esses? Ah. tanto faz, essa palavra não tá no dicionário, mesmo) pelo conselho e elogio, minha amiga. Francamente, sem grana fica meio difícil sair, mas prometo que vou assistir uns bons filmes em DVD e deixar pra pensar nos troubles na segunda.
ExcluirMeu pateta preferido sempre foi o sofredor Shemp.
Grande abraço e fique bem.
É, Eduardo... vivemos numa época hipocritamente moralista (ou moralmente hipócrita?). Se até o Cartoon Network proibiu quase todos os episódios de Tom & Jerry, pelo que li a respeito... né? Muita gente trata crianças como retardadas, mas deixar ouvi músicas podres, como esses funks "diguidim" "Tchacundum"... deixam! Um nojo!
ResponderExcluirEu assistia aos 3 Patetas, da mesma foma que gostava dos mexicanos Chaves/Chapolin... já assisti a filmes que nunca mais passam a tarde, pelo conteúdo violento e apelativo. Nem por isso, virei psicopata.
Uma hipocrisia reinante.
Mudando de assunto... na Multiveso ComicCon também tinha artistas independentes, não só quem desenha por exterior. Também fico na torcida pra que um dia, convidem você, Nestablo, Danilo Beyruth (Necronauta, Astronauta- Magnetar) e tantos outros atistas que vestem e suam a camisa neste país. Nem que seja numa feira do livro gaúcha, em Porto Alegre, mesmo. Se a agenda de quem for, assim pemitir... né?
Até mais!
Salve, Anderson!
ExcluirRapaz, quer dizer que baniram Tom e Jerry da programação para a gurizada? Putz, não sabia! Mas não me surpreende, ouso dizer que minha geração teve mais infância com Herculóides, Johnny Quest e tutti quanti. Felizmente a sua geração alcançou isto.
Curto muito o Chaves (rio até hoje com algumas gags), embora ali o humor seja muito nonsense, um tanto diferente do azedume dos Três Patetas.
Olha, na verdade eu nem critico quando os organizadores convidam os "estrelas" para os eventos, pois eles querem retorno de grana do dinheiro investido, e esses caras atraem público (pois "a máquina" os divulga), mas acho que lembrar de alguns que são tão bons quanto eles, como o Nestablo, por exemplo, é uma questão de bom senso, e muda um pouco o panorama. Vide esse Comic Con Experience, só tem carta marcada, mas tudo bem.
Eu só poderia ir a um evento desses com convite, doutra forma não tenho como arcar com as despesas, então... Mas espero que isto um dia mude.
Mas é isso.
Grato e um abração.
ES.