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domingo, 10 de dezembro de 2017

O DESENHISTA E SEU ANIVERSÁRIO.


Para quem lê com um pouco de atenção as coisas que escrevo aqui deve imaginar que se eu não tenho lá muita predileção por olhar meu rosto no espelho deve imaginar também que não gosto do meu aniversário. Sim, isso mesmo. Aliás, não ligo. As pessoas dão uma grande importância a isto e acho até que estão certas, afinal um ano vivido tem mesmo que ser comemorado, mas eu na verdade não vejo muito sentido em tudo isso. Era pra eu ter morrido (com absoluta certeza) umas duas vezes, uma delas a quase 50 anos atrás, me marcou tanto que até hoje me lembro. Para que e porque (que e porque tem acento circunflexo neste caso? sou ruim de português) estou vivo até hoje só Deus sabe.

Sempre disse para minha mãe não fazer festa (não tenho lembranças de festas durante os anos 70, só me lembro de medo e tristeza). Durante os anos 80, o dia cinco eu tirava para refletir um pouco, faltava no trabalho sem nenhuma justificativa e caminhava pela manhã no Parque da Cidade em Brasília, pensava na vida e procurava ficar a sós com Deus. Naquela época isso era possível num parque agradável como aquele, hoje não sei. Era um dia que eu tirava para mim, ia ao cinema e se possível fosse, comprava um livro. Mas minha mãe não deixava passar batido, sempre preparava um almoço especial, geralmente lasanha, que gosto muito.
No SENAC, onde trabalhava, eu tinha alguns conhecidos que eram pessoas agradáveis, mas a maioria me ignorava como se eu fosse um inseto, mas no dia do meu aniversário vinham me cumprimentar - hipocrisia sem pre me deu nojo - uma amiga minha trabalhava no setor de pessoal e eu pedi a ela para tirar meu nome da lista de aniversariantes que ficava no mural da empresa, aí acabou a palhaçada.

Ao me aproximar dos 40 decidi comemorar minha data, convidar amigos mais próximos e passar alguns momentos conversando, comendo salgadinhos e bolo. Mas esta minha atitude não durou muito.

Vera sempre faz um belo almoço neste dia, assim como sobremesa e um bolo especial. Ok, se isso agrada a ela.

Meu último níver na semana que passou foi legal, comida gostosa, ligação dos familiares e muitas mensagens no Facebook, tanto que não consegui responder um por um como gosto de fazer.


O amigão e ótimo desenhista, Gilberto Queiroz, me homenageou com este belo desenho que diz muita coisa. Gratíssimo, Gilberto!

Até a próxima, se Deus permitir, folks!

6 comentários:

  1. Esse desenho do Gilberto foi um presentaço, Schloesser. Também não ligo pra aniversário, mas desejo que você curta muitas décadas de lasanhas comemorativas. :) Abraço!

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  2. Muito obrigado, Carla!

    Sabe, noto que antes de nos conhecermos, muitas postagens legais que já fiz no passado ficaram sem comentários. Agradeço a você a gentileza de sempre me visitar aqui e deixar seu recado.

    Grande abraço!

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  3. Foi uma honra poder fazer esse desenho e lhe ofertar, Eduardo! Você é um guerreiro nato e exemplo de dedicação à Arte, neste nosso mundo meio injusto. Grande abraço e boa semana!

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    1. Oi, Gilberto, mais uma vez agradeço o desenho (fez sucesso, viu! Minha esposa curtiu muito e teve vários likes no Facebook) e as palavras!

      Um abraço felino!

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  4. Vou ser "do contra" e polêmico: pra mim, passei a valorizar mais o aniversário do que as demais datas. Nada contra, por exemplo, festas de Natal e Ano Novo, mas peguei nojo da hipocrisia reinante e comercial que mascara o verdadeiro sentimento.
    Também nunca fui chegado a mega festas. Gosto mais de algo informal e nada trabalhoso em excesso.

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    1. Mas eu também. Coloco tudo no mesmo bojo, Natal, Ano Novo, Páscoa e tudo mais, na verdade tudo uma desculpa para turbinar o comercio e cometer excessos. Meu aniversário eu não ligo mesmo, mas no Natal, gosto de pensar que como todo aniversário, o de Jesus deva ser comemorado, mesmo sabendo que o nascimento dele não foi no dia 25 de dezembro. Esta comemoração pode ser uma oração em agradecimento por Ele ter vindo ao mundo, algo somente entre você e o Salvador, sem comilança, bebedeira e papai Noel. Isso aí.

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ZÉ GATÃO POR THONY SILAS.

 Desenhando todos os dias, mas como um louco, como fiz no passado, não mais. Não que não queira, é que não consigo; hoje, mais que nunca eu ...