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sábado, 20 de julho de 2019

ZÉ GATÃO - SIROCO E AS CENAS REAIS DA VIDA


Rato é um bicho perigoso. Nunca me esqueço de uma notícia que li quando moço, uma jovem mãe, em uma certa favela não lembro de qual estado do Brasil, deixou seu filho recém nascido no berço por uns minutos enquanto ia comprar alguma coisa, um remédio, pão, sei lá. Quando voltou viu aterrorizada umas ratazanas roendo o rosto da criança. A pobre criatura teve um dos olhos, nariz e boca devorados pelos bichos.

Certa vez, na nossa quadra, em Brasília, o zelador do prédio me relatou que fora atacado por um imenso rato que se empanturrava de restos de comida na lixeira do prédio, se sentindo acuado, o bicho saltou-lhe em cima e ele saiu correndo. Não o censuro, é um animal que transmite doenças.

Aqui no bairro onde moro, voltando do supermercado certa vez ao cair da tarde, vi uns gatos com movimentos suspeitos. Um deles meio que montava guarda e um outro se alimentava de algo que eu não conseguia divisar direito o que era, ao me aproximar ele virou-se para mim com a boca cheia de sangue, embaixo dele um enorme rato jazia morto com um imenso ferimento na nuca. Não atrapalhei, saí dali deixando os felinos se banquetearem a vontade.

Não faz muito tempo enquanto eu andava pelas ruas daqui, uns garotos perseguiam um grande roedor já tonto, talvez por alguma pancada, sem condições de fugir, foi vencido pelos chutes dos moleques. Um mais corajoso apanhou o animal pela ponta do rabo e jogou-o no meio da rua para ser esmagado pelas rodas de algum carro. Os pneus tiravam fino da criatura que estertorava no asfalto. Sem estômago para presenciar aquilo, afastei-me deixando os fedelhos entregues à sua cruel diversão.


Zé Gatão - Siroco segue sendo desenvolvido e eu espero estar com tudo pronto antes do final desse ano.
A trama: um grupo de felinos composto por uma tigresa aleijada com um filhote, uma onça, um velho leão, duas panteras negras e Zé Gatão são implacavelmente perseguidos por uma horda de hienas, babuínos e cães do deserto sedentos de sangue. Some-se a esse caldo, um oficial militar sequioso por vingança e urubus ávidos por carniça. Tudo isso num ambiente estéril, onde o sol agourento parece nunca sair de cima de suas cabeças. Um violento Siroco se aproxima prometendo dizimação.
A dor e o sofrimento de cada personagem nesta aventura me servem como expurgo dos males da alma.

Pra vocês, parte de páginas e esboços deste projeto que, acho, será totalmente independente.

Grande beijo a todos e até a próxima, querendo Deus!





4 comentários:

  1. Conheço um cara que, quando não usava ratoeira, atirava em ratos com uma espingarda de pressão. Ele ficava de prontidão pra mandar chumbinho em tais invasores que aparecessem no chão da cozinha.

    A nova hq vai ser em preto e branco? Legal!

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    1. Ih, rapaz, conheço mais histórias com esses roedores. Confesso que eles me dão arrepios.

      Sim, a nova aventura será P/B, eu bem que queria uma aventura longa colorida, mas dá trabalho demais. Quem sabe uma hora?

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  2. Projeto novo em andamento é ótima notícia, Schloesser. Gostei de saber.

    Quando perseguidos, os ratos não fogem, contra-atacam. São animais rápidos, corajosos e muito mais inteligentes do que cães e gatos. Prefiro admirá-los de longe.

    Abraço!

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    1. Esse bicho asqueroso é mais inteligente que os totós e os bichanos, Carla? Ih, agora meu terror ficou completo, hahahahah!

      Pois é, esse novo projeto tá saindo meio no instinto, sem muito planejamento, quero algo bem visceral, bem do tipo "martelou o dedo grite bem alto, sem medo". Vamos ver o resultado no final.
      Você tá dentro?

      Grande abraço!

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