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segunda-feira, 18 de novembro de 2019

DEZ SÉRIES QUE ME MARCARAM.


Sempre fui um solitário, mesmo quando cercado de pessoas; por um breve tempo me senti acolhido junto à minha mãe e irmãos após o falecimento do meu pai. Foi talvez o único momento onde me senti em casa. Hoje, cada um tem sua família e minha mãe vive com o caçula, então não tenho mais um recanto onde me sinta a vontade.
Na infância eu sonhava muito. Imaginava mundos com criaturas fantásticas onde os heróis sempre venciam. Hoje ainda sonho um pouco, mas bem menos. Quando guri, eu andava distraído, minha mãe dizia: "este menino vive no mundo da lua!"
Não só os livros, gibis e cinema, mas também novelas e séries de tv me acompanharam ao longo da minha existência. Foram muitos, principalmente na infância, mas destacarei apenas alguns que fortemente me tocaram.


BATMAN
As séries do Batman com Adam West e a do Superman com o George Reeves tiveram um forte apelo na minha vida, não é exagero afirmar que tudo começou ali.
Eu não via, naqueles tempos, o tom de picardia no seriado do Homem Morcego, eu roía as unhas todas as vezes que os vilões prendiam os heróis em alguma geringonça para os matar....como eles sairiam, sempre veríamos no episódio seguinte, como era muito comum nas séries de ação americanas daqueles tempos. Isto me lembra de umas aventuras em capítulos intitulada "Marte Invade a Terra" e "O Homem Foguete", alguém se recorda disso?


ZORRO
No mesmo período do Batman haviam também Nacional Kid e Cisco Kid, contudo O Zorro, produção de Wlat Disney com Guy Willians teve importante destaque. Ótimas atuações, comédia e tensão sempre na medida certa e havia espaço para um tom sombrio.


O TÚNEL DO TEMPO
Avanço um pouco agora na vida, eu saía da tenra idade para a meninice e os seriados de ficção científica fortemente calcado na guerra fria me envolveram. Tivemos Perdidos no Espaço e Viagem ao fundo do Mar, mas o Túnel do Tempo, com os dois cientistas que se perderam nas suas viagens temporais, me fisgaram e não me soltaram, era dramático demais. Me recordo que eu e os filhos de um amigo do meu pai rolávamos no chão tentando emular a cena em que Doug e Tony passavam de um tempo a outro. Pena que a série terminou sem um desfecho. Seria legal vê-los voltando para seu tempo atual.


TERRA DE GIGANTES
No mesmo período do título acima, mas  esta parecia mais madura, mais dramática. Haviam todos os clichês do gênero, o comandante fodão e seu co-piloto negro (uma espécie de escudeiro), as mocinhas que sempre ficavam em perigo, o engenheiro almofadinha, o gordo covarde que servia de alívio cômico e, claro, um menino e seu cachorro. A tensão era constante. O mundo dos gigantes simulava o burocrático mundo soviético antes da queda do muro. Os efeitos, para a época eram muito bons!


ULTRAMAN
Na verdade, o alienígena vindo da Galaxia M¨68 (se me recordo do seu local de origem corretamente) entrou na minha vida logo na infância na pele do Hayata, era o primeiro Ultraman. Mas em meados dos anos 70, acho que a extinta TV Tupi exibiu o Regresso de Ultraman (hoje, mais conhecido com Ultraman Jack - sei lá porque). Esta nova série era mais bem feita e continham histórias muito dramáticas. Eu já morava em Brasília neste período e até hoje me lembro com carinho da ansiedade que me dominava antes do programa começar. Nesta época eu já brincava de desenhar e eu criava novas histórias do herói. Deixo registrado aqui também a série Kung Fu com David Carradine, que comecei vendo em São Paulo, e que também me inspirou a fazer tirinhas com lutadores, mas o destaque fica para o Ultraman Jack.


ARQUIVO CONFIDENCIAL
Uma das melhores séries policiais de todos os tempos na minha opinião, James Garner na pele de  Jim Rockford, um detetive um tanto canastrão. Me perdoem o Kojak e Columbo, mas Rockford os supera em charme e ironia. Gostaria de ter tempo de assistir de novo em DVD. Quem sabe quando toda a poeira de tensão que invade meus olhos, ouvidos e nariz se dissipar um dia?


BARETTA.
Tony Baretta, estrelada por Robert Blake era um policial que não tinha parceiro, resolvia casos violentos por meio de informantes e gostava de se disfarçar, vivia no apartamento 2C de um hotel na Califórnia com uma cacatua. Tinha todos os elementos que eu curtia numa série policial, boas tramas, porrada, humor na boa medida, porrada, raramente um romance pois o protagonista nunca foi feliz na vida amorosa e mais porrada. 
Passava muito tarde da noite mas eu não perdia um episódio.       
Queria rever. Teria a mesma atmosfera hoje em dia?


POBRE HOMEM RICO.
Assisti esta fantástica tele-série quando morei no Rio de Janeiro. Muito premiada, foi baseada no best seller de Irwin Shawn. Estrelada por Peter Strauss e Nick Nolte. Minhas recordações da história não são precisas e não curto fazer pesquisas na internet, gosto de escrever levado pelas minhas emoções e lembranças.
Dois irmãos que trilham diferentes caminhos. Strauss á ambicioso e fica rico, mas é infeliz. Nolte ganha a vida com os punhos, vira lutador de boxe. Entra um vilão perigoso na jogada, Falconetti, interpretado pelo frio Willian Smith. Nunca mais revi este drama.
Quero marcar também a série o Incrível Hulk e também alguns capítulos de Dallas, no mesmo período.


ARQUIVO X
Não dá para não mencionar. Foi marcante.
Quem me indicou foi meu irmão Gil, embora eu já conhecesse de fama, mas em São Paulo, com várias atividades, eu não tinha tempo para ver TV. Arrisquei e fiquei viciado nos primeiros episódios. Havia ali vários elementos que me agradavam, terror bizarro, ficção B, ação e muito mistério. Os efeitos eram um tanto canhestros mas era compensado pelas ótimas histórias. Pena que depois a mitologia da série ficou confusa e a saída do Fox Mulder na quinta temporada me desmotivou a seguir com o programa; embora visse um episódio aqui, outro acolá, em casa de um amigo. Dois filmes para o cinema e tentativa de resgate da série que deram em nada. Foi importante no tempo que estreou e pelos anos posteriores, mas deu o que tinha que dar.


BREAKING BAD
Considerada uma das melhores de todos os tempos. Com justiça. Não vi Família Soprano (tenho muita curiosidade) nem Mad Men (ídem), mas a história do exímio professor de química canceroso Walter White e seu parceiro junkie Jesse Pinkman, produzindo anfetaminas foi uma das coisas mais legais já criadas para a tv. Personagens bem construídos e a cada capítulo parecia-me estar vendo um excelente thriller no cinema. O que é curioso é que o protagonista, apesar de ser brilhante no que faz, quer parecer um cara legal, que tem justificativas razoáveis para ser um criminoso, mas no fundo é um filho da puta. E ele também quer parecer um cara mal mas não passa de um bosta, convenhamos.
Muito já se falou desta série e eu não preciso aqui acrescentar argumentos.
The Walking Dead estaria na minha lista se não tivesse tantos altos e baixos e Game of Thrones também, se não tivessem cagado toda a série nas duas últimas temporadas.

Bem. Por hoje é isto.

No caos que anda minha vida não posso garantir que estarei aqui na próxima semana, mas vou tentar. Deus é quem sabe.

Beijos a todos e muito obrigado aos que continuam me acompanhando ferrenhamente.

Um comentário:

  1. COMENTÁRIO LEGAL DO MEU VELHO AMIGO LUCA:

    "Nostálgicas estas velhas e amadas séries televisivas que nos encantavam! Lembrei-me de cada uma delas com muito carinho, mesmo! Doces memórias de um tempo aparentemente bucólico, onde as mazelas estavam camufladas pelas quimeras róseas da meninice!

    Lucão."

    MUITO OBRIGADO PELAS PALAVRAS, MEU VELHO!

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