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domingo, 3 de julho de 2022

AS MAIORES HQS DE TODOS OS TEMPOS: LOBO SOLITÁRIO.

 

 Foi Francis, minha querida e saudosa mãe quem me iniciou na leitura, na música, nos filmes, nas artes enfim. Ela lia para mim quando eu mal andava, cantava com sua voz de rouxinol para eu dormir e foi quem me levou ao cinema pela primeira vez. Lembro dos dois primeiros filmes que vi na vida: O LADRÃO DE BAGDÁ e SE MEU FUSCA FALASSE e documentários (sim, nos cinemas) sobre animais da África e ela sempre ali ao meu lado.

Também não posso deixar de citar meu querido irmão Agildo (Gil, como muitos chamavam) em postagens como a de hoje pois a coleção de mangá sobre a qual falarei foi financiada por ele, assim como muitos outros quadrinhos que ele me presenteou nos períodos de ruína financeira (fato notório em 80% da minha existência).

Hoje retorno com um quadro antigo deste blog, "As Maiores HQs de Todos os Tempos" para comentar sobre O LOBO SOLITÁRIO, de Kazuo Koike (roteiro) e Goseki Kojima (arte), uma saga de muito sucesso no Japão que até rendeu alguns filmes (que nunca assisti). 

Como sempre o objetivo aqui não é esmiuçar a obra, analisar texto e arte e tal, mas expor a forma que tal projeto me encantou e que repercussão teve em minha vida.

Meu primeiro contato com este quadrinho foi em 1988 quando saiu pela Cedibra, no formato americano e em leitura ocidental (exatamente como foi publicado nos EUA pela Dark Horse - salvo engano). Eu não conhecia muito do quadrinho japonês, apreciava mas não era um entusiasta faminto (na verdade até hoje não sou), mas a história de um Samurai (um ronin, melhor dizendo) aceitando o trabalho de assassinar pessoas em troca de uma vultosa quantia em dinheiro para poder perpetrar uma vingança contra o clã que desonrou seu nome e o de sua família, carregando seu filho de três anos num carrinho de bebê, era diferente de tudo o que eu já tinha lido. Nudez, violência em quantidades absurdas...não, não dava para ficar indiferente!

Foram lançados seis números, se a memória não me trai, depois a Cedibra parou de publicar quadrinhos e adeus ao Lobo. Até que a Nova Sampa retomou a publicação em um formato menor. Cheguei até a fazer uma capa para uma das edições mas nunca foi publicada, também não durou muito. 

A coleção toda foi finalmente lançada pela Panini na primeira década do novo milênio mas eu fiquei de fora, nem lembro exatamente porque, talvez por estar morando e tentando me adaptar em outro estado e sempre sem grana.

Até que finalmente a mesma editora anunciou a republicação depois de mais de 10 anos longe das bancas (acho que em 2016) e meu irmão disse: "compre, eu pago!" E assim foi. Ele comprou para mim até o número 24, depois ele partiu levando o colorido da minha vida e eu adquiri os 4 últimos. 

Comecei a ler lentamente e achei mesmo que só concluiria, sei lá, no ano que vem, afinal meu tempo é reduzido e cada mangá tem em média 300 páginas em 28 volumes, mas absorvendo um pouco ao logo do dia, em meus intervalos de trabalho eu fechei tudo há algumas semanas e finalmente pude tomar conhecimento de toda a saga de Ito Ogami e seu filho Daigoro. E não fiquei desapontado, é uma obra fantástica, cheia de poesia e arte cinemática!

Bem, faço uma correção, o final me decepcionou um pouco, não que eu achasse que não deveria ser daquela forma, mas faltou algo e eu não posso dizer o que é sem entregar o jogo para os que ainda não leram e eu recomendo demais que leia, se puderem.

Pois é, achei que 34 anos para apreender a saga do samurai com o carrinho de bebê merecia ser registrado aqui, na verdade teria outros comentários a fazer mas acho que são de menor relevância e não estou mais no espírito de enunciar minhas emoções, além do tempo que encolhe dia a dia.

Beijos a todos vocês, queridos e queridas!  


                 

6 comentários:

  1. Conheci Lobo Solitário em informativas, como Wizard Brasil, mas apenas uma hq dele eu li por acaso lá por 2008 e não lembro qual foi a edição. Sei que foi numa da Nova Sampa com uma história onde tinha alguém atacando pessoas importantes que eram transportadas em palanquins tenho um momento onde o ronin Ito vira suspeito de ser um suposto assassino, é preso e separado do filho. Gostei muito, embora eu tenha um certo desgosto de mangás que foram invertidos em versões americanas como faziam com Akira na Ed. Globo

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    1. Os primeiros mangás que li foram Lobo Solitário e Crying Freeman, todos em leitura ocidental (porque já vinham direto de editoras americanas e não do Japão), depois Mai, a Garota Sensitiva e A Lenda de Kamuí (tenho até que reler), depois o Akira, da Globo. Quando a JBC relançou o Akira comprei de novo para ler no padrão certo. Gosto muito mais do mangá do que a animação.

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  2. Antes da pandemia, haviam anunciado que Akira teria uma série em anime 100% produzida no Japão (e não pela Netflix), mas... cadê?! Pelo menos, nunca saiu a versão americana em live action produzida pelo DiCaprio que possivelmente seria outro desperdício de verba e tempo

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    1. Não tinha ouvido falar de uma nova animação, mas ouvi muitos boatos sobre um filme holywoodiano, concordo com você, ainda bem que ficaram só na intenção.

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  3. Esse estou me devendo a leitura até hoje, um manga de samurai que gostei muito foi o 'A Besta' da newpop, volume único. Esse manga inclusive é escrito e desenhado pelo Hideki Mori, que veio a desenhar o novo lobo solitário após lançar esse manga.

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    1. Grrrrrrr......rapaz, que raiva, deixei uma resposta até longa aqui mas por um erro meu acabei perdendo o comentário!!!!

      Mas em resumo o que eu disse no texto foi que tenho curiosidade de ler O Novo Lobo Solitário e o que me impede de procurá-lo com afinco é que estou meio falido de grana e sem espaço para novos quadrinhos, sem contar a minha mudança de atitude em relação a essas veleidades.
      Mas sempre que aparece algo que chama a minha atenção eu tento correr atrás. Gosto de mangás de samurais (Blade foi um que consegui colecionar com certo sofrimento), estou com O Preço da Desonra aqui na fila para ler.

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