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terça-feira, 2 de abril de 2024

RESENHA DE ZÉ GATÃO - SIROCO POR CLAUDIO ELLOVITCH

 O cineasta Claudio Ellovitch, com quem tenho a honra de trabalhar atualmente (num projeto que, por culpa minha, está bastante atrasado) tem uma grande bagagem como leitor de HQs, é de grande discernimento e muito, muito sincero. Siroco não é o álbum preferido dele, mas mesmo assim ele fez um comentário sobre que merece registro e eu só tenho a agradecer as palavras.

"Siroco é uma obra singular, de um artista singular. Debaixo do verniz de uma história de ação e ficção científica, quase dá para ouvir Eduardo Schloesser gritar, um grito que mistura indignação com frustração e emoções represadas. A violência é o grito. A arte é muito autoral e, mesmo que dê para sentir algumas referências propositais do autor, é única e inimitável. E, como sempre, os ângulos, os enquadramentos e as composições são o grande forte do Eduardo. É mais um capítulo imperdível na saga do personagem Zé Gatão!"

6 comentários:

  1. Sinceridade é a chave e o caminho dos corretos. Poucas e boas palavras. Isso faz bem.

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    1. Sim, concordo. Agradeço seu comentário.
      E, claro, aguardo o seu parecer para registrar aqui. No seu tempo.

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  2. E, pra citar um finado amigo da internet: "Concordo em GELO NO MINGAU" com o cineasta!

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    1. Hmmm, confesso que sou lerdo pra entender essas citações, mas agradeço seu comentário.
      Deixando a modéstia de lado, meu público é composto de poucas pessoas, mas de uma qualidade invejável (poetas, cineastas, artistas gabaritados e leitores vorazes de todo tipo de quadrinho), Os que só leem um tipo - mangá, herói e etc - não costumam curtir o que faço.

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  3. Eu queria ter essa capacidade de analisar algo de forma tão magnifica e ao mesmo tempo sucinta. Acredito que o treino possa melhorar muito sua qualidade em qualquer área que você se disponha a realizar algo, mas o dom, isso é algo que você tem ou não tem, os gênios são aqueles que além do dom, não se abstém do treino. Eu costumo escrever muito, mesmo em comentários, daí vou retirando tudo até reduzir ao mais compacto possível, tomando o cuidado para não virar um amontoado de ideias desconexas e sem sentido. Quando era moleque assisti o filme Amadeus no cinema (saudades do meu pai dormindo a ponto de termos que acorda-lo por causa do ronco), aprendi nesse filme muito com o personagem Salieri (hoje conhecido pelo escândalo histórico com Mozart porém um músico importantíssimo de sua época). Todos nós temos nossas limitações e nunca chegaremos aos pés dos gênios, mas antes da inveja, os gênios devem ser um norte, muito mais sábio é aprendermos com eles do que cairmos na desgraça da inveja como Salieri.

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    1. Pois se você gostou do comentário do cineasta (que embora tenha gostado do Siroco, me revelou em off que está longe de ser o melhor álbum do Zé Gatão na opinião dele) por ser sucinto, imagino o que você vai dizer da resenha do Luca Fiuza que analisa a obra quase página a página; estou deixando para publicar após um bom tempo, pois ele entrega - mesmo não tendo a intenção - alguns spoilers. Mas saiba que o seu texto sobre o álbum ficou bem legal.
      Sobre essa questão de escrever, eu sempre gostei de contar histórias e me metia a elaborar textos para mim mesmo no princípio da adolescência, só mostrava para uns poucos amigos. Muitas dessas narrativas em prosa eu trocava em forma de cartas com o Luca Fiuza nos anos em que morei no Rio de Janeiro, mas mesmo hoje, reconhecendo que melhorei muito desde então, estou muito longe de ser um escritor, minhas linhas são somente desabafos sinceros que as vezes encontra eco em algum outro desesperado. Não foi uma nem duas vezes em que "especialistas" em HQs disseram que desenho bem mas como roteirista deixo a desejar. Não discuto isso.
      Sobre o Salieri, uma professora de música que tive na faculdade disse que ele foi muito injustiçado nesse filme.
      Obrigado por seu comentário.

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