img { max-width: 100%; height: auto; width: auto\9; /* ie8 */ }

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

PAPEL TATUADO.

Queridos amigos e amigas, boa tarde.
Ontem, minha luminária, fiel companheira de tantos anos (juntamente com a prancheta), teve um ataque súbito, me deixando no escuro, ou melhor, parcialmente mal iluminado. Não foram as lâmpadas, foi a dita cuja mesmo.
O pior é que estou sem grana nenhuma pra mandar arrumar, ou substituí-la por uma versão mais moderna. A solução pra não parar o trabalho foi tirar a lâmpada da sala que é bem forte e colocar no meu estúdio até que possa resolver a situação. Até lá ficarei com as vistas ardendo no final do expediente. Ossos do ofício.
A gorda que vocês contemplam hoje, por pouco não foi capa de uma revista em quadrinhos. Não exatamente esta, mas um clone dela.
Explico.
Este é um dos antigões, feito em fins dos 80 em Brasília. Lápis sobre sulfite. O fixador utilizado, fiz eu mesmo em casa (hoje não lembro mais como se faz, perdi a receita, acreditam?) e devo ter exagerado em algum elemento que amarelou a ilustração, dando um "Q" de foto antiga.
No início dos 90, esta e algumas outras artes me acompanhavam nas visitas que eu fazia às editoras do período, em São Paulo. O Franco de Rosa e o Drago dividiam um estúdio que ficava na Praça da Árvore. Ali as ruas tem nomes de flores (legal isto). Fui lá mostrar algumas páginas de HQ. O Franco já conhecia o meu trabalho, mas para o Drago era novidade. Ele se encantou por este desenho. Encomendou-me uma réplica dele, com o mesmo tom amarelado. A única diferença é que eu deveria faze-la toda tatuada. Seria a capa de um gibi que eles estavam desenvolvendo.
Fiz o trabalho. Infelizmente, aqui no Brasil muitos projetos morrem antes de nascer. E a revista cujo nome seria "Papel Tatuado", nunca viu a luz do dia e a minha capa ficou no limbo, apesar de ter recebido por ela.
Dia destes o Franco me falou que viu o desenho da gorda tatuada. Só não mencionou se estava com ele ou com o Drago. Bem, não faz diferença agora. A menos que um dia eles retomem o projeto. Dizem que as coisas estão melhorando para os quadrinhos nacionais. Será mesmo?

6 comentários:

  1. Eu me lembro desse desenho. É realmente esplêndido.

    ResponderExcluir
  2. É mesmo, acho que cê tava lá em casa nesta época.
    Legal sua visita.
    Fica na Paz.

    ResponderExcluir
  3. Du, claro que as coisas estão melhorando para os quadrinhos nacionais. No meu tempo (risos), final dos anos 80, comecinho dos 90, para se colocar um álbum de quadrinhos no mercado, além de $$$ era preciso uma ÓTIMA propaganda, que na maioria das vezes nem tão ótima assim era. Eram coisas do tipo "a gente faz uma divulgaçãozinha na contracapa de uma revista famosa e vocês me pagam um dinheirão!" Era assim que funcionavam as coisas. Fora que as editoras que se davam ao trabalho de lançar quadrinhos nasciam num dia e morriam no outro. Hoje, temos a internet, os recursos tecnológicos que imprimem ainda mais beleza aos bons trabalhos... Temos também uma censura que não é tão feroz quanto no passado. Então... 2011 será o seu ano, amiguinho! Espera para ver!
    Abraço!

    ResponderExcluir
  4. Falou o profeta Mister Brazil (sem ironia).
    O novo álbum do Zé Gatão já está nas mãos de um editor, vamos ver o que sai daí.
    Como você disse, estou esperando pra ver.
    Obrigado pela palavras de incentivo.
    Abração.

    ResponderExcluir
  5. É verdade, 2011 vai ser "O ano", Eduardo. Tenho certeza. Há ótimos sinais. Acho que é só remar a favor da maré e não desistir jamais.
    Abração,

    ResponderExcluir
  6. Tomara, meu amigo.
    Desistir? Esta palavra não existe no meu dicionário.
    Valeu e um abraço.

    ResponderExcluir

ZÉ GATÃO POR THONY SILAS.

 Desenhando todos os dias, mas como um louco, como fiz no passado, não mais. Não que não queira, é que não consigo; hoje, mais que nunca eu ...