Hoje pela manhã enquanto lavava o rosto e escovava os dentes, uma idéia bacana para o blg, destas que não aparecem todos os dias, surgiu em minha mente como um clarão. Boa, pensei, imediatamente comecei a lapida-la dentro da cachola, mas como tenho que entregar as ilustrações de "O Auto Da Barca Do Inferno" até sexta (amanhã), reservei-a para trabalha-la quando viesse postar, o que geralmente é a noite. Ao me sentar aqui, me dou conta de que não lembro patavinas do que me surgiu na cabeça nas primeiras horas do dia. Já espremi o cérebro e nada. Pena, talvez me lembre mais tarde ou um outro dia, mas não sei se será a mesma coisa. Pode ser que eu nunca lembre. Isto já aconteceu, muitos temas para hqs vem desta maneira, e se não anoto em algum lugar, horas depois some da minha memória. Geralmente os enredos brotam nas filas, nos engarrafamentos, observando alguma ação ou a expressão de alguém, mas aí, as vezes não tenho como registrar, se não ficar maturando a idéia, ela desaparece dos meus arquivos.
Em se tratando de histórias em quadrinhos isto nem me incomoda mais, desisti disso, nem permito que as idéias floreçam ao ponto de desejar ardentemente cria-la, não tenho mais o mesmo vigor físico e psicológico para continuar no campo de batalha, sofrendo um descaso atrás do outro. Os últimos álbuns do Zé Gatão tiveram uma receptividade pífia, principalmente Memento Mori, embora uns poucos tenham elegido esta primeira parte da saga como um dos melhores acontecimentos de 2011. O problema é que estes poucos não foram suficientes para alavancar as vendas. Será que as coisas não tomarão um outro rumo quando a sequência final for publicada? Quem sabe? Eu já não crio expectativas, não mais. Se acontecer, ótimo, se não, já provei o que sou capaz de fazer. Isto me basta. Falando nisto já está em tempo de contactar a Devir e dar início ao processo de publicação da segunda parte.
As artes de hoje são aquelas pinceladas rápidas só pra não desperdiçar o nanquim, a de baixo fiz a pedido de um desenhista que se diz fã da minha arte.
Quando falo que desisti dos quadrinhos, não quer dizer que nunca mais vá faze-los, aida tenho que terminar o Edgar Alan Poe, preciso dar corpo a uns roteiros que escrevi faz anos (gosto muito dos temas pra deixar no limbo), sem contar o ábum Phobos e Deimos que já está prontinho. O que digo é que aquele ardor tão próprio dos primeiros anos em que se cria, experimenta e só o fato de estar finalizado no papel já é uma realização, não existe mais em mim. Ih, caramba, começo a ficar sentimental, estou soando piegas, comecei falando das minhas falhas de memória e acabo com minhas mágoas pelos meus insucessos no mundo das hqs. Melhor para por aqui.
Bom final de semana a todos.
quinta-feira, 3 de maio de 2012
Assinar:
Postar comentários (Atom)
ZÉ GATÃO POR THONY SILAS.
Desenhando todos os dias, mas como um louco, como fiz no passado, não mais. Não que não queira, é que não consigo; hoje, mais que nunca eu ...
-
O horizonte nebuloso esboçando ventos de ira e dores do passado, quais penas de aves agourentas e fétidas, trazendo à memória momentos de d...
-
Eu me vejo mal sintonizado, caminhando entre os mortais é como se eu estivesse desfocado, vocês sabem, todos nítidos e eu disperso entre el...
-
Ontem, por volta de uma da madrugada, enquanto eu finalizava a página 64 de O Nascimento dos Deuses, recebi uma ligação do meu irmão caçula...
Nenhum comentário:
Postar um comentário