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domingo, 20 de outubro de 2019

VINTE CANÇÕES QUE ME MARCARAM.


Vinte. Dez seria muito pouco. Vinte músicas que me embalaram através destes meus muitos poucos anos. E ainda é pouquíssimo para falar das melodias que até hoje são marcantes em minha vida. Mas não vamos abrir demais o leque, senão ficamos uma eternidade aqui falando só deste assunto.

Os dias tem passado rápido demais, parece que foi ontem que escrevi aqui sobre alguns filmes que me tocaram....na verdade ainda é um mistério para mim o porque de eu continuar a escrever e registrar essas memórias. Tudo me parece efêmero, ínfimo. Perda de tempo, pois ninguém liga, afinal, quase não recebo retorno. Mas, sei lá, há uma força interior que me obriga a continuar apesar de todos os pesares.

Já tem tempo que não posto uma arte aqui, não é? Pois sim, apesar de não ter nada a ver com o tema, deixo este desenho feito para um dos tantos clássicos do Machado de Assis que ilustrei.


Mas vamos às músicas:

1 O MILIONÁRIO ( Os Incríveis ) - Foi nos fins doas anos 70 que esta música invadiu os meus ouvidos e envolveu a minha alma. Não saberia dizer, como todas as outras que citarei aqui, qual foi a primeira vez que ouvi, mas deve ter sido numa das tantas casas que minha avó frequentava e que tinham rádio sintonizados nos programas populares da época. O que dizer do solo de guitarra? Da linha de contrabaixo que dá um balanço singular à canção que já não tenha sido dito? Essa é pra eternidade.

2 I STARTED A JOKE  ( Bee Gees ) -  Talvez a mais famosa canção do trio americano - que, aliás, é fabuloso (no período Disco, eles caíram demais pra mim) - Tocada demais nas rádios no início dos anos 70. Até hoje aquelas notas sensíveis me enternecem.

3 MY LOVE  ( Paul MacCartney ) - Eu nem imaginava que o Paul tinha sido dos Beatles quando ouvi esta canção pela primeira vez. Foi anunciada pelo Silvio Santos num programa de "As 10 Mais" que ele tinha, se não me engano, na rádio nacional. Grande melodia!

4 MEDO DA CHUVA ( Raul Seixas ) - Eu tenho uma relação de amor e ódio com Raul Seixas, eu comprei o compacto "Gita" que tinha "Não Pare Na Pista" no lado B e ouvi até quase o disco furar. Mas cito aqui Medo Da Chuva por lembrar de uma das tantas vezes que a ouvi, com o rádio baixinho embaixo do meu travesseiro nas noites eternas do frio paulista nos idos de 74. Naquela época nunca entendi a letra. Só depois de muitos anos é que me dei conta que falava das intempéries da união conjugal, acho que é uma letra típica do Paulo Coelho. Pensei em citar "Trem Das Sete", mas acho que a melodia de MEDO fala mais ao meu coração.

5 FLORES ASTRAIS (Secos e Molhados) - Outra de 1974. Penso que foi a primeira vez que imaginei meu espírito viajando pelo universo ao ouvir uma música, por isto não dá pra esquecer. Ouço sempre que posso.

6 LEMBRANÇAS (Odair José) - O grande Odair teve a coragem de falar sobre a pílula anticoncepcional e sobre o cara que quer tirar uma puta da rua e dar-lhe uma vida decente e esses temas popularescos lhe deram grande sucesso. Mas ele teve momentos bem intimistas como essa terna "Lembranças", também de 1974. A base musical teve a participação do grupo Azymuth e do Hyldon. Na verdade todas as canções deste ano meio que me ajudaram a atravessar uma fase difícil (e qual foi fácil?). 

7 ALEGRIA, ALEGRIA ( Caetano Veloso ) - Outra impossível ficar indiferente embora eu ache o compositor um saco. Mas ele criou algumas obras memoráveis ao longo de sua carreira.

8 BANDA DA ILUSÃO ( Ronie Von ) - Tenho forte identificação com esta música. Ela cala fundo na alma. Embora seja uma letra muito deprê há uma mensagem de esperança, não de luz no fim do túnel, mas incita  você a procurar a tal luz.

9 OVELHA NEGRA ( Rita Lee ) - Melhor música da Rita, ao lado de "Jardins da Babilonia". Quando estourou nas paradas eu já estava morando em Brasília, na SQN 104. Todas as cores daqueles dias retornam vivas ao ouvir este clássico.

10 HEY JUDE ( Beatles ) - Claro que Beatles não poderia ficar de fora, pra dizer a verdade quase todas as músicas de todos os discos são significativas, mas eu destaco Hey Jude por ter sido, talvez, a primeira música que ouvi do Fab Four nos fins dos anos 60 sem nem mesmo saber que esta banda existia. Dispensa mais comentários.

11 NO RANCHO FUNDO ( Lamartine Babo e Ary Barroso ) - Música pungente e tenho muita afinidade com o personagem retratado na letra. A poesia de Lamartine Babo não poderia ficar de fora e eu estava entre esta e a "Serra Da Boa Esperança". Citei-a em uma HQ de lendas folclóricas brasileiras (ainda inédita). Lamentavelmente uma peça tão bonita foi assassinada por uma horrível dupla sertaneja no final dos anos 80.

12 #9 DREAM ( John Lennon ) - Letra viajandona mas com um lirismo que só a poesia de Lennon era capaz de transmitir; e os arranjos, então? A segunda metade dos anos 70, Beatles e ex Beatles me aconpanharam diuturnamente.

13 PHOTOGRAPH  ( Ringo Star ) - O baterista dos Beatles em co-autoria com George Harrison criou esta pérola de canção que até hoje ouço com reverência. Eram os dias em que eu estava prestes a ir para o Rio de Janeiro.

14 SPREAD YOUR WINGGS  ( Queen ) - Abordar o Queen sem ser uma canção do Mercury ou do Brian May? Sim, esta é do baixista John Deacon e pra mim a melhor do álbum News Of The World.

15 BILLIE JEAN  ( Michael Jackson ) - Esse batidão marcou presença em um importante momento de transição na minha vida, na mesma época eu ouvia "The day Before You Came", o canto de cisne do ABBA. Michael viria a ser o "grande" (não para mim) nos anos vindouros, mas Billie Jean é uma obra única.

17 SHOUT  ( Tears For Fears ) - Uma época em que uma nova luz surgiu na vida, certa independência, ficando, talvez, mais adulto. Responsabilidades, estudos e trabalho. Eu era envolto por "Bye, Bye Love" do Cars, "In Your Park" do Scorpions, "Love Ain´t No Stranger" do Whitesnake.
"Shout" falou muito comigo nestes tempos. Pra mim não envelheceu nada.

18 ALONE ( Heart ) - Baladão de 87, eu vivia um momento legal na vida, foi como aquele momento de calmaria que precedia uma grande tempestade. Foi como se eu estivesse sedento e sonhasse que bebia e acordasse com mais sede ainda.

19 LOVE ON THE AIR ( David Gilmour ) - Faixa do segundo álbum solo do guitarrista do Pink Floyd. Álbum este muito subestimado, na minha opinião. Neste tempo eu já começava a perceber que sonhos são sonhos, os que sonhamos acordados são os mais cruéis, pois mentimos a nós mesmos, pior, mentem para nós e acreditamos. Love on the Air tem uma frase que diz numa tradução livre: "Ninguém vai me controlar a partir da minha dor". Tomei isto como meta, mas fracassei como provariam os anos que viriam depois.

20 QUANDO ( Roberto Carlos ) - Claro que o Roberto (de rei ele não tem nada) possui canções fantásticas de 77 para trás, mas "Quando" é o que melhor traduz como me senti ao final de um relacionamento.

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BONUS TRACK

Para finalizar, quero registrar mais duas: "Acrilic On Canvas" da Legião Urbana, que ouvi muito na casa da Verônica em 95  e "Our Shangri-La" do Mark Knopfler, depois de me mudar para o Nordeste, voltei a Brasília para visitar a família e ouvir esta música do fantástico guitarrista, hoje, me transporto às noites frias de 2004.

É isso, amadas e amados.

Na próxima postagem, se tudo correr bem, falarei sobre algumas séries de televisão que tiveram destaques  em minha vida.

Até lá, se Deus quiser!.     

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