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quarta-feira, 30 de março de 2011

A PROCURA DE UMA IDÉIA.


 Estes são os esboços que fiz para a capa do próximo clássico que vou ilustrar. Trata-se do CABELEIRA, o romance regionalista de Franklin Távora. Nesta etapa eu procuro uma idéia; não faço quilos de esboços, na verdade se o tom me agradar logo de cara, já passo pros "finalmente". Nem sempre acontece, aliás, DIFICILMENTE acontece, por isto fico rabiscando poses, expressões, idumentárias e etc. Mesmo com bastante planejamento, não há como prever como vai sair a pintura. É como descer um rio desconhecido, aonde vai dar é um mistério. Por isto tantos artistas tem medo das tintas, Salvador Dali tinha medo de pintar. As vezes programamos na mente um objetivo e a arte como se tivesse vontade própria segue por um caminho diverso daquilo que estava na sua cabeça. Em geral o resultado surpreende o artista. Pra que serve o esboço então? Ora, é como estar num quarto escuro com apenas um palito de fósforo pra iluminar, já é alguma coisa, mas a visão total, ah, isto só com o andamento da obra. Filosofei demais? Falei besteira? Não seria a primeira vez.
Estou quase dando corpo ao que estava martelando minhas idéias, na verdade já estou chegando lá, e assim que a arte estiver pronta vocês verão aqui em primeira mão.












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