terça-feira, 16 de setembro de 2014
DESEJO.
Deixo Bob Dylan cantar enquanto escrevo este breve texto, acho que combina um pouco com a atmosfera do momento. Minha mãe, a muitos e muitos quilômetros de distância se submete a mais uma cirurgia. As portas de trabalhos continuam fechadas. Este mês minha família pagou parte das minhas contas. Pensei, inclusive, em vender originais num destes e-bays da vida mas não sei bem como proceder, além de notar que os valores por originais nesses lugares são muito baixos, não sei se valeria a pena. Será que terei criar minhas artes apenas aos domingos e arrumar emprego numa loja? Com mais de 50 anos? Assim me sinto como o velho Dylan brada neste exato momento com sua voz fanhosa: no direction home, like a rolling stone.
Malgrado todas essas coisas, tenho trabalhado bastante. A bio do Poe ainda segue lenta pela técnica complicada e cansativa, mas vai avançando, como se avança numa selva de vegetação impenetrável, a ponta do lápis no branco do papel como golpes de facão abrindo caminhos entre galhos, folhas e cipós.
Fiz também vários estudos para trabalhos em parcerias, mas esses ainda dependem de aprovações, e se derem sinal verde aguardar a liberação de verba.
Esta semana recebi ligação de um dos membros da P.A.D.A. me propondo uma nova edição (ampliada) daquele Zé Gatão que eles lançaram em 2011 e que hoje se encontra esgotado. Uma das hqs sairia colorida desta vez e com adição de outras que ficaram de fora. A publicação seria pelo sistema de crowdfunding. A parte de arrecadação e divulgação ficaria a cargo deles e eu produziria os bônus para os contribuintes. Tenho minhas reservas em relação a publicar material desta forma, mas pensando bem o que tenho a perder? Mas a coisa ainda está no estágio embrionário, deve demorar um pouco até que tome forma.
Zé Gatão - Daqui Para A Eternidade, a sair pela Devir, continua sem notícias. A verdade é que este país está parado, não cresce - e nem pode - com petralhas no poder (ops, boquinha fechada!).
A ótima receptividade que a ilustração "Zé Gatão - Melancolia 1" recebeu no Facebook, com elogios, likes, compartilhamentos e até análises feitas por entendedores do assunto, reacendeu o desejo de trabalhar o universo antropomorfo do felino taciturno com novos quadrinhos, mas por hora, devo ficar na vontade. Tenho mesmo é que terminar o que já está em minhas mãos, o que me lembra que o projeto NCT ainda está pela metade. Mas nada impede de rabiscar cenas como esta que fiz para este post. Não planejei, ele foi saindo. Tenho insistido em tubarões, acho que uma hora terei que criar algo com este bicho nem que seja um conto.
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Vai se preparando, Schloesser. Você anda trabalhando em uma porção de coisas. Qualquer hora, uma delas vai ter sinal verde e, quando tiver, todas as outras também terão, ao mesmo tempo. Vai ser uma correria. Gosto desse tubarão. Tem o maior jeito de vilão de videogame. Abraço!
ResponderExcluirEspero mesmo que assim seja, Carla. Aguardo ansiosamente pelo dia em que possa respirar mais aliviado em relação a essas questões. Jesus está no leme do barco, então não há por que temer a tempestade.
ExcluirAcho tubarões bichos casca-grossa, tem uma expressão indefinível no olhar, algo maligno, é pré-histórico e difícil de antropomorfizar. Quando puder vou trabalhar este assunto, se Deus quiser.
Muito obrigado pelo apoio e grande abraço.
Bob Dylan? Boa!!
ResponderExcluirJá viu que há algum tempo, a Marvel criou uma mutante chamada Iara dos Santos, que mora na Bahia (se não me engano) e vira uma "tubaroa" humanoide? Bizarro! Se é que já não a deixaram pra escanteio, com tanta saga oportunista...
Ultimamente, ando revendo meus conceitos e recusando certos trampos (que pagariam pouco) pra mostrar que também tenho opinião própria. Além de racionar meu dinheiro. Graças a Deus, tenho um teto, mesmo sendo de aluguel e com minha mãe.
Abraços!
Fala, Anderson! Sim, eu soube desta personagem brasileira da Marvel (mas ela não era de Pernambuco? Não tenho certeza, mas acho que ouvi algo que ela foi criada por causa dos constantes ataques de tubarão em praias nordestinas). Achei interessante, mas não vi mais do que algumas imagens na net.
ResponderExcluirTambém dou graças a Deus por ter um teto, e igualmente o meu é alugado. E os trampos sumiram da minha vista, até aqueles que pagam pouco. Que crise! Mas vou superar.
Grato e um abração.