Durante o encontro de quadrinistas no Paço Alfândega no finzinho do ano passado, o Thony Silas me falava da importância de manter um site ou um blog e uma página em alguma rede social para estar conectado com o público. Sempre me perguntei qua público seria esse. Nunca pude mensura o meu. Não tenho muito retorno das coisas que posto. Quase diariamente em minha página no Facebook vejo uma solicitação de amizade, aceito na hora sem nem mesmo olhar a página do solicitante (tudo o que faço hoje é tão rápido que nem me sobra tempo para visitar os espaços dos artistas que tanto gosto), mas quase sempre me pergunto se este novo amigo tem mesmo intimidade com minha arte ou se apenas ouviu falar que eu desenho e eu seria mais um a fazer número em sua lista. Pelas estatisticas deste blog, meu público vem diminuindo a olhos vistos. Seria porque estas pessoas migraram para "outros lugares" na web? Estariam cansados da minha ladaínha? Estariam tão sem tempo como eu sempre estou? Será que é porque eu sou muito inconstante na atualização deste espaço? Seria porque já estou um baita tempo sem publicar algo relevante? Tudo isto junto? Vai saber.
Penso com frequência em me desconectar disso tudo, mas sei que não é possível, hoje em dia um artista que não está ligado ao mundo através da internet e os meios que ela oferece para que ele mostre e fale sobre seu material, não existe de fato. Sei que este blog vai se encerrar em algum momento, mas antes disso há o que dizer e expor e enquanto ouver pelo menos uma pessoa disposta a ler minhas palavras e ver meus rabiscos eu vou continuar postando. Tento estar aqui duas vezes na semana pelo menos.
Hoje começamos com as artes de mais um clássico do Machadão criadas para a Editora Construir. Foram feitas já tem um bom tempo, eu nem me lembrava mais delas, fuçando nas minhas pastas é que me dei conta de que estas ainda não deram as caras por aqui. Na verdade muitos destes livros que desenhei ainda não foram impressos, sei lá porque. A editora me informou que não está com pressa, eles vão se acumulando e uma hora qualquer entrarão nas máquinas.
Issaê, agente segue se falando.
Oi, Schloesser! Rapaz, que desenho sensacional! Vai fazer sucesso no Facebook. Sim, é pra lá que as pessoas foram. Você fala dos novos amigos desconhecidos que solicitam sua amizade e você não tem como saber se eles se interessam realmente pelo seu trabalho ou se querem apenas fazer número. Isso também acontece comigo. Vou aceitando todas as solicitações, mas fico pronta pra bloquear os "amigos" que vierem com spam, vírus e propostas indecorosas. Ando pensando se devo bloquear quem me convida pra jogar Candy Crush Saga. ;) De qualquer maneira, seu trabalho é tão bom que até as pessoas que fizeram amizade sem conhecê-lo vão acabar virando fãs. Abraço!
ResponderExcluirBom dia, Carla.
ExcluirImagino mesmo que as pessoas tenham migrado para o Facebook. Sei lá, nunca curti muito o Facebook e seus congêneres. Vejo muita conversinha de comadre ali. É cada estupidez que se vê ali estampado. Tem os que dão bom dia e boa noite, os que informam o que comeu no café da manhã, os que te constrangem a curtir a mensagem bíblica e compartilhar como que para te testar se vocâ ama mesmo a Deus (como se isso provasse algo), fora as opiniões sobre política, moda e religião, isto sem falar, é claro nos que discutem sobre quem é o mais forte, o Hulk ou o Superman, ou se os heróis devem ou não continuar a usar as cuecas por cima das calças. Posso até entender quem use a sua página numa rede social para essas coisas, mas não é para mim. Meu objetivo sempre foi mostrar minha arte e conhecer outras. Também recebo convites para jogar Criminal Case e tem convites de mulheres querendo me conhecer na página de relacionamentos. Não sou trouxa, embora pareça. Gosto mais do blog, me sinto mais a vontade e menos exposto aqui, gozado isso, nè? Mas sei que o face é mais uma vitrine, então vamos postar esse desenho lá, já que você gostou tanto, aliás, agradeço demais.
Um grande abraço e valeu a visita.
Fala, Eduardo! Sofro das mesmas dúvidas. Mas o que fazer? Talvez seguir, resignado...
ResponderExcluirE, no Facebook têm sido assim mesmo. Pedem amizade, mas nunca mais aparecem, nem mesmo para dar uma curtida numa postagem. Mimimi nosso? Acho que não. Resultado disso, vez ou outro vejo uma postagem de alguém que nem sabia que estava na minha lista de amizades, kkk...
Bom, te falei que quando mudo o blog para aquela visualização dinâmica as visitas aumentam, certo? Pois esta semana, em um dos dias, as estatísiticas acusaram mais de 500 visitas, com público predominante de EUA. Mas ninguém comenta, ou dá like, twiter, nas postagens. Se soubesse inglês, postaria assim para ver se é real. Mas corro o risco de pagar mico e escrever algo como "não pise na grana", ao invés de "grama"...
O desenho como sempre tá espetacular.
Grande abraço!
Pois é meu caro Gilberto, eu prossigo aqui postando as minhas coisas enquanto tiver uma pessoa para ver e ler. Parei faz tempo de me importar com quantidade. Eu me importei uma época porque quantidade as vezes implica em popularidade, que em muitos casos significa retorno financeiro pelo trabalho criado. Hoje sei que existe um público interessado no que faço, embora muito reduzido. Pensando bem, em termos de quadrinhos eu produzi pouco e ainda por cima um material destinado a um público seleto (sem que essa fosse a minha intenção) e hoje, acho, fico esquecido num canto qualquer deste mundo das hqs nacionais e isso pouco me importa.
ExcluirRapaz, 500 visitantes é um número significativo demais! Parabéns! Eu, no dia 22 de agosto de 2014 tive 825 visualizações. Achei que fosse um erro mas parece que foi isso mesmo. Foi um pico inexplicável. Depois voltaram as visitas normais que iam de 150 a 200. Hoje em dia oscila entre 40 e 80, sei lá porque caiu tanto. Se for uma questão de visual de blog então estou ferrado, pois até hoje não sei mexer direito no meu, e acho que o conteúdo deve se sobrepor à forma. Outra coisa, meu público também demonstra ser uma boa parte gringa. Curioso isso. Eles devem usar um Google tradutor para ler, ou então só olham as figuras.
Bem, continuemos.
Obrigado por estar aqui e um forte abraço.