Esta foi a terceira capa que fiz para esta publicação. Como disse antes, cada uma delas tem um fato pitoresco para acompanhar. A mim parece que certas situações nunca mudam. Antes eu pensava que só artistas iniciantes é que passavam por situações muitas vezes constrangedoras, mas mudei de opinião ao ler certa vez uma entrevista com o famoso Boris Vallejo. Ele relatava as inúmeras vezes que teve seus trabalhos recusados ou mesmo perdidos por algum editor. E não só ele, Greg Hildebrant, Corben e etc.
Para a primeira capa eu cobrei um valor "X" (não coloco o preço exato aqui somente por não lembrar quanto era exatamente. Era outra moeda inclusive), acharam muito mas pagaram numa boa. Quando levei a segunda, quiseram abaixar uns 20% do valor. Como eu precisava do dinheiro, aceitei sem problemas. Não foi diferente com esta terceira, alegaram baixas vendas, que não podiam competir com a Super Game Powers da Abril e blá blá blá, então reduziram uns 30% do meu pagamento. A contragosto assenti.
Como narrei anteriormente, eu pegava as referências na Lapa e ia entregar o material no Morumbi. Havia lá um cara enorme, com o singelo nome de Marcial, que parecia não ir com a minha cara, e ele não curtiu esta terceira ilustração. O motivo? Para os que estão inteirados do assunto, o mascote, ou garoto propaganda do game "Killer Instinct", era o personagem Fulgore, e eles queriam a figura do mesmo na arte. Como o pessoal da redação da Gamers não havia especificado nada, eu retratei o Cinder e o Glacius, outros dois lutadores do mesmo jogo. Só aceitaram porque não havia tempo para mudanças.
Um outro aspecto interessante, foi que havia lá uma menina que era uma graça, muito bonita mesmo. Como eu estava solteiro e não vi aliança nos dedos dela, resolvi dar uma galanteada. Não gostaram muito da coisa não, numa outra vez que apareci por lá, um individuo afetado (homossexual assumido mesmo) se apresentou como noivo da beldade, frisando que eram felizes e em breve se casariam e tal. Cena patética, mas eu devo mesmo ter cara de lobo mal, pois a ovelhinha (ou porquinha) se sentiu ameaçada. Repito: PATÉTICO.
Bem, meus queridos e queridas, por hoje é só.
Um bom final de semana, descansem, divirtam-se e se Deus quiser voltarei na segunda.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
ZÉ GATÃO POR THONY SILAS.
Desenhando todos os dias, mas como um louco, como fiz no passado, não mais. Não que não queira, é que não consigo; hoje, mais que nunca eu ...
-
O horizonte nebuloso esboçando ventos de ira e dores do passado, quais penas de aves agourentas e fétidas, trazendo à memória momentos de d...
-
Eu me vejo mal sintonizado, caminhando entre os mortais é como se eu estivesse desfocado, vocês sabem, todos nítidos e eu disperso entre el...
-
Ontem, por volta de uma da madrugada, enquanto eu finalizava a página 64 de O Nascimento dos Deuses, recebi uma ligação do meu irmão caçula...
Rapaz, você detona!!! E é uma alegria imensa abrir esse blog e me deparar com seus trabalhos, dos mais undergrounds aos mais conhecidos. Abração e continue nos dando esses presentes diários!
ResponderExcluirTaí um comentário pra levantar o astral.
ResponderExcluirValeu, mister. Brigadão.
Abraços.