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sábado, 14 de dezembro de 2019

A ÚLTIMA AVENTURA DO PIMPÃO BANANEIRO (Um conto de Eduardo Schloesser). .

O motor da velha Kombi 1973 grasnava enquanto avançava pela esburacada estradinha cascalhenta. Ao volante, o motorista limpava com o antebraço o suor da testa que teimava em cair como cascata sobre as grossas sobrancelhas; sacolejava dentro do vetusto veículo por causa das ondulações da empoeirada via; ao derredor, a paisagem árida exibia uma mata seca, moribunda, onde pés de mandacarus se erigiam como carrascos senhores da terra.
"Puta merda, que calor da porra!" pensava. "Aonde está a maldita casa?"
Seu nome era Intestine. Sim, isso mesmo, Intestine! Na verdade era pra ser Constantine, ideia de seu pai, um ávido leitor de gibis, maconheiro escroto que o pôs no mundo e fez o favor de morrer numa briga de bar. No cartório de registros, o tabelião, que devia ser um tipo sacana toda a vida, datilografou Intestine ao invés de Constantine. Sua genitora, uma jovem coitada que apanhava diariamente da mãe, só foi notar o equívoco muito tempo depois, deixando por isso mesmo, o que proveu ao menino desde cedo uma torrente de gozações que o marcariam por toda a vida.
Além do calor de mais de 40 graus, era atormentado por uma violenta coceira no cu, consequência, certamente, das hemorroidas, afinal, viajara de ônibus quase 36 horas até aquela cidadezinha desconhecida de qualquer mapa. Assim que chegou naquele arremedo de rodoviária, passou na casa de um velho conhecido dos avós, tomou um café com pão e margarina e pegou a Kombi emprestada para se dirigir a um local que só ele sabia a posição, a casinha que fora dos pais de sua mãe. Temia ter errado o caminho pois fora arrebatado de lá ainda muito novo e nunca mais voltara. Já maldizia sua situação quando vislumbrou de longe a pretérita habitação. "Ah, porra! Finalmente!"

Ao sair do carro uma forte tontura o acometeu, sentia o coração palpitar horrivelmente. Náuseas e suor frio. Caralho, não agora....não agora...não depois de tudo! pensou.
Ficou ajoelhado na poeira por uns minutos e, sentindo-se melhor, foi até a casa. Ficou um tempo parado diante da porta, o sol queimando o lado esquerdo do seu rosto. Procurou as chaves no bolso e introduziu na fechadura. Abriu. Um cheiro de algo que ficara guardado por muito tempo invadiu suas narinas, um cheiro indecifrável, antigo, acolhedor. Entrou e olhou o ambiente. Por uns segundos a infância retornou alegre. Nada havia mudado. Identificou o aroma de fumo em corda do avô. Devia estar impregnado na escassa mobília. Uma cristaleira vazia, uma mesa com três cadeiras. À esquerda um pequeno aposento onde jazia uma cama de casal. À direita uma cozinha com um fogão a lenha, um pequeno armário também vazio e uma pia com água encanada. Foi até lá, abriu a torneira. A pobre e enferrujada tossiu como uma tuberculosa, grasnou e vomitou uma água barrenta, cheia de ferrugem entre uma tosse e outra, por fim o líquido foi se tornando mais claro a medida que jorrava. Intestine colocou as mãos em concha e lavou o rosto suarento, molhou a nuca, o pescoço e as forças retornaram parcialmente. Logo uma cólica no abdome espantou as memórias da meninice junto aos avós, como a lembrar do dia que a mãe, uma pobre idiota sonhadora, o tirou da proteção dos velhos para levá-lo ao Rio de Janeiro, atrás do vagabundo do pai, iniciando assim uma existência recheada de merda. Merda que ele deveria expelir sem demora. O banheiro ficava do lado de fora da casa.....fedia a madeira podre, não havia privada, só um buraco no chão, tapado com uma tábua seca e farelenta. Retirou-a e encarou aquele buraco escuro cujo o fundo devia ter material que a muito tempo virara adubo. Aquela boca agora iria receber bosta fresca, provando que neste mundo tudo que vai, volta. Baixou as calças e ficou de cócoras. A merda, seca no intestino, teimava em não sair. Ele trincou os dentes e forçou. O tolete, grosso como uma tora, passou pelas pregas como que coçando o cu com uma palha de aço. Após aqueles segundos de agonia um forte cheiro subiu do buraco ostentando seu poder, tomando conta da casinha como se fosse um tirano. Não sabia com o que se limpar, ainda acocorado, retirou a camisa e limpou a bunda com ela. Merda e sangue declaravam a aposentadoria daquela veste. Largou lá e saiu para o ar seco da tarde.

Entrou na casa, pegou o telefone celular. Ali era o fim do mundo, mas as redes de transmissão realizavam o milagre de fazer as pessoas se comunicarem dos lugares mais improváveis. Teclou o número e uma voz quase infantil atendeu do outro lado.
- Alô?
- Amor, tudo bem?
- Sim, você já chegou?
- Já.
- Estava tão preocupada!
- Olha, não vamos perder tempo com isto. Foi até a casa do Sodré?
- Fui.
- Pegou a mochila?
- Sim, fiz exatamente como você falou, ninguém me seguiu.
- Belê! Escute, eu esqueci o meu remédio, o Cardizen....
- Está aqui comigo!
- Ótimo, só você mesmo para se ocupar das minhas coisas!
- Eu te amo!
- Também te amo, mas não percamos tempo com palavras, pegue o ônibus para cá e tome muito cuidado, acho improvável que te sigam, ninguém sabe que estamos juntos, mantive nossa história só pra mim, mas todo cuidado é pouco.
- Eu sei, estou com tanto medo!
- Eu também, mas vai dar tudo certo, o pior já passou. Com o que temos na mochila poderemos ter uma boa vida bem distante daqui, uma vida melhor para nós dois e nosso filho. Como ele está?
- Chutando muito, deve estar preocupado com você também.
- Oh, não vejo a hora dele nascer.
- Nem me fale....
- Melhor eu desligar, meu celular está com pouca bateria e eu não tenho como carregar aqui. Todo minuto conta. Cuidado com a mochila, não esqueça o meu remédio, não dá pra comprar sem receita e não tenho como ir ao cardiologista aqui. Não agora!
- Fico tão preocupada com sua saúde, benzinho!
 - Tá tudo bem, te vejo na rodoviária depois de amanhã.
- Certo.
- Beijos e muito cuidado.
- Você também. Não faça esforços, seu coração.....
- Eu sei, eu sei....te amo!
- Eu também. Tchau!
- Tchau!

Ao desligar teve uma sensação de alívio, ela estava bem e trazia sua medicação. Um coração fraco foi mais uma das desvantagens que a vida lhe deu. Mas com o dinheiro que estava na mochila tudo seria diferente. Bastava baixar a poeira e depois gastar. Nada melhor como aquele fim de mundo para ser esquecido por tudo e todos.

Das poucas coisas que trouxe numa pequena bolsa, retirou uma camisa leve, vestiu, pegou a velha kombi e  se dirigiu até uma pequena vila. Carregou o celular, tomou uma cerveja. Com a chegada da noite jantou carne do sol com arroz e macaxeira frita. Voltou para o pequeno sítio. O silêncio sepulcral quebrado apenas pelo sons de insetos noturnos trouxe um sono embriagador. Deitou-se pesadamente no colchão poeirento. Adormeceu olhando para o teto de vigas e telhas de um mundo velho.

Tivera uns sonhos confusos, acordou com a garganta seca e um calor dos diabos. Abriu os olhos e o que viu parecia ainda fazer parte dos sonhos, diante de si um indivíduo mulato, de óculos, porte atlético e sorriso mordaz o encarava com uma pistola na mão. A pequena casa iluminada à luz de um lampião.

- Mas que porra....!
- Fica frio, cara, não faça nenhuma besteira pois este gatilho é sensível como o clitóris de uma menina de 15 anos!
- Eu...eu te conheço! Tu é o Cataldo, afilhado do Camanho!!!!
- Isso mesmo!
- O que faz aqui?!? Como me achou?
- Pela ordem? Vim aqui pra te matar por ter roubado o seu patrão - o meu padrinho Camanho. Como te achei? Fácil! Sou bom rastreador, aprendi com uns palestinos quando estive treinando no Marrocos, uns caras que eram financiados pelos Russos. O serviço de inteligencia deles te surpreenderia!
- Mas como?!?
- Seguir tua namoradinha magricela sem que ela percebesse foi fácil. Te localizar rastreando teu celular pelo dela foi mais fácil ainda, nem precisei apelar....
Ao ouvir tais palavras um calor intenso queimou as orelhas e a face de Intestine, um medo e desespero que beirava a loucura.
- O que tu fez com ela?
- Mano, não vou mentir, foi só colocar uma faca na barriguinha prenha e ela  cantou como um sabiá. Falou tudo sobre os planos de vocês e este lugar.
- Mas...mas...ela...tá viva? Ela tá bem?
- Cara, claro que não, sou um profissional, nesse ramo não há espaço para misericórdia. Mas não se preocupe, ela não sofreu.
Uma fúria insana tomou conta da alma de Intestine, com um berro medonho pulou da cama como um roedor acuado em direção ao assassino zombeteiro. Não contava porém com a agilidade deste, com um movimento de capoeirista ele inclinou o corpo para trás e aplicou um violento chute frontal chamado "benção" no peito do agressor lançando-o de volta ao lugar de onde saiu. Arfando de dor, com a cama girando mais rápido que um carrocel, sentiu o Cataldo pular sobre si e espancá-lo impiedosamente. Cinco potentes murros na cara como se fossem marteladas quase o levaram à inconsciência.
- Nossa, meu irmão, se tu visse a tua cara!!! Caralho! Eu caprichei desta vez, ainda bem que eu estou de luvas! Tem um galo enorme na tua testa, teu nariz tá torto e teu olho direito tá do tamanho de uma bola de bilhar.....nunca vi nada igual!!! Caceta!!!!
A dor no rosto era avassaladora, o chute no peito fez seu coração doente bater descompassadamente. Mesmo assim ergueu a cabeça e olhou para o rosto do mulatinho. Haviam dois deles, o segundo como se fosse um fantasma ao lado. O filho da puta devia ter ferrado com seu olho, sua retina, sabe-se lá. Os dois sorriam zombeteiramente, ao passo que grossas lágrimas caíam dos olhos de Intestine e se misturavam ao sangue de suas faces.
- C-cara....ela era uma menina inocente.... nunca fez mal a ninguém...e estava grávida!!!
- Culpa sua ter arrastado ela para sua vida de crimes bróder. Avião de traficante a ainda tem a pachorra de roubar dele!
- Eu...eu vou te matar...juro!
- Ah, cara, para com isso, sabemos que não vai......tá chorando pela morte da mina? Vai se encontrar com ela já, já, se é que tem algo depois da morte.
- Tu se acha muito foda, não é Pimpão?
- Como é?
- Conheço bem você, filho da puta! Na verdade todos na comunidade te conhecem....sumiu um dia e voltou como o maioral, o menino de ouro do Camanho. Uns diziam que você tinha ido pra Legião Estrangeira, outros que você treinava guerrilha em Cuba ou México, ou sei lá que merda. Mas voltou todo soberbo e superior.....todos tem medo de você...e com razão! Mas não foi sempre assim, né, Pimpão?

O rosto do mulato ia sendo tingido por cores sombrias a cada palavra de Intestine.
- Você era um menino chorão e mimado, que nunca conseguiu fazer a porra de um gol no campinho da comunidade, todos te batiam e em casa tua mãe te chamava de Pimpão. Como sempre te víamos comendo banana no recreio da escola, você ficou conhecido como o Pimpão Bananeiro, hahahahahaha!

O assassino sorriu friamente.
- O que tem este apelido de tão engraçado? O que espera conseguir? Quer despertar sentimentos enterrados em mim pra ver se eu fico puto e te mate mais depressa? É isso?
- Não preciso. Pra te deixar puto basta falar da tua mamãe...
- Cuidado, cara!!!
- Todo mundo sabia que tua mãe era a maior piranha da comunidade, todo mundo comeu ela, eu só não comi porque quando tive idade para isso o câncer já tinha deixado ela baranga!

A expressão de Cataldo agora era indecifrável.
- Ah, cara, pra que tu fez isso? Agora você estragou tudo! Eu ia te matar rápido, um tiro no olho, POW! e pronto, tava acabado, nada de agonia e dor até a alma se separar do corpo, mas agora tu conseguiu minha atenção! Vou te fazer sofrer enquanto esse teu coração doente suportar, pode apostar!
Dizendo isso, Cataldo puxou do chão uma pequena valise de onde retirou uns estojos, com diversos bisturis, seringas, umas ampolas e um objeto que lembrava muito aquilo com que se colhe bolas de sorvete do recipiente.
- Sabe o que é isso? Foi projetado por mim. Chama-se, o "espremedor de colhões". É muito eficaz para arrancar confissões. Ao apertar o saco de alguém com isso, o cara conta até o que não fez, hahahahah! Cê vai se arrepender de ter tirado uma com a minha cara!
Falava isso enquanto cuidadosamente ia colocando ao lado da cama os utensílios de flagelo.
- Isto aqui é uma máquina de choque, uns volts disso no buraco do dente e o cara vai até o inferno, hahahahah!
Num descuido, na penumbra do local, deixou cair uma grande pinça no chão.
- Merda!
No segundo que ele se abaixou para pegar, Intestine, mesmo vendo tudo dobrado, meio tateando no ambiente mal iluminado, pegou um pequeno bisturi e o reteve entre os dedos.
Com um sorriso maligno no rosto, o assassino pegou um par de algemas e se aproximou seguro.
- Well, primeiro vamos te prender na grade da cama pra tu não tentar nenhuma gracinha.

Intestine nos poucos anos que tinha na vida do crime percebeu logo de cara que o grande erro da maioria dos bandidos era o excesso de confiança, tão logo se achavam donos da situação abaixavam a guarda e reduziam os cuidados. Fingindo estar semi desfalecido pelas pancadas ele permitiu ao Cataldo pegar seu pulso sem maiores preocupações e assim que a oportunidade se apresentou, tão rápido como pode, enfiou o bisturi na nuca do mulato, fez com tanto ódio que enterrou a pequena e afiadíssima lâmina até o cabo no cerebelo do infeliz. Ao contrário do que ele poderia supor, como mostravam os filmes, o assassino não caiu duro, morto, mas estrebuchou no chão pesadamente se debatendo como um louco, soltando gemidos terríveis de agonia.
Era uma cena grotesca e patética. O corpo sacolejava barulhentamente no chão empoeirado e os ganidos doíam nos ouvidos.
Pensou em pegar a pistola e disparar contra o corpo e acabar com o suplício do seu algoz; mas desistiu.
Nisso, enquanto Cataldo estrebuchava, Intestine sentiu fortes dores no peito, falta de ar e náuseas. Levantou-se apressadamente da cama e à sua revelia vomitou toda carne de sol com macaxeira sobre o corpo que pernejava e gemia loucamente.
Cambaleando, suando como um porco, moveu-se para fora da casa, longe daqueles horríveis vagidos e sons de calcanhares golpeando o solo.

Um frescor noturno o recebeu de mal grado, caiu pesadamente no chão cheio de ervas daninhas e pedras. Em aflição, como se mil agulhas perfurassem seu coração, como se a cabeça fosse explodir e sem poder sorver ar o suficiente ele olhou  para o céu negro recheado de estrelas. Pensou nos avós, na mãe, na namorada, nas merdas que fez e nas pessoas que prejudicou.
Os milhares de corpos celestes foram se apagando rapidamente e ele nem teve tempo de se arrepender.

5 comentários:

  1. O que posso dizer? Bukowski aprovaria! Mas nunca li nada dele que fosse tão brutal. Uma vingança inútil que nem foi saboreada por falta de tempo. Todos perdendo. A mocinha idiota que se envolveu com o cara errado. O cara errado que cometeu muitos erros e o maior deles custou sua vida e a vida da mocinha idiota. E o negro (que "mulato é cor de mula", como dizia Tim Maia) assassino que se achava o bonzão também se lascou. Espere! Vou desdizer o que disse antes, raulseixasmente. Nem todo mundo se lascou. O chefão do tráfico continua bem, e responsável direto por mais três mortes (contando o não nascido) e indireto por mais uma. O crime compensa, como mostraram as últimas eleições. O traficante certamente é petista, votou no Luladrão, se bem que nem precisava, o roubo eleitoral começara a ser orquestrado muitos meses antes. Ótimo conto, Schloesser: um espelho perfeito da realidade deste inferno chamado Brasil.

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    1. Obrigado pelo comentário, meu caro, o primeiro e único; ou ninguém prestou a atenção ou não gostaram do tom violento e escatológico dele. O que escrevo faço como minhas HQs, com o intuito de desabafar, tentar expurgar alguma angústia.
      Vendo a data em que escrevi eu percebo que meu mundo era colorido nessa época. Dois anos depois ele se tornaria preto e branco. Não consigo evitar as lágrimas.

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  2. Eduardo, meu amigo. Peço até desculpas não demorar mais de um dia para ler e comentar, mas todas as vezes que comecei tive que parar. E como não gosto e nem lembro onde parei, sempre recomeçava. E isso, acredite, me deu mais "bagagem", porque sempre pegava um detalhe na história que tinha me escapado.
    Incrível como em quase dois anos, apenas um comentário. E não creio que seja pelo teor da história, mas por preguiça da maioria de comentar.
    Bem, eu não diria, como nosso caro amigo Cliff, que já não li histórias tão brutais, mas decerto esta está entre as mais. E não pela brutalidade em si, mas como você mesmo bem disse, escreves como desenhas tuas HQs: em riquezas de detalhes. A coisa que mais me impressionou nos teus desenhhos - e já comentei em outras oportunidades, foi justamente isso: a atenção máxima aos mínimos detalhes. Já disseram algo como "o amor está nos detalhes". E eu acrescento, com o alvo direto nos teus personagens: o ódio também.
    E como sempre, faço questão, e já que tenho sua permissão, publicarei em meu site. O duro vai ser encontrar uma imagem para ilustrar - é padrão - para ilustrar.
    Só te peço: sigas nesta arte da escrita, na qual és tão bom quanto no desenho.

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    1. Caro poeta, muito obrigado por suas palavras, elas injetam nas veias aquela dose de adrenalina que me instiga a continuar na jornada. Valeu mesmo! Peço também desculpas pela demora na resposta, atualmente eu estou num ponto da vida, psicologicamente falando, que preciso de total concentração para escrever ou desenhar (pra mim são a mesma coisa) o que quer que seja, e concentração é exatamente o que me falta. Desta feita, minhas artes estão morosas, difíceis de se mostrarem nas folhas em branco e o tempo cobra resultados, pois isso (a arte) é minha única fonte de sobrevivência. Mas vamos seguindo em frente. Tenho mais um ou dois contos para cometer, mas não consigo sentar e produzir, ele está em detalhes na minha cabeça, mas não tenho aquele momento meu para transmutar em palavras. Mas uma hora sai.
      Grande abraço e saúde, meu amigo!

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    2. Fiquei dois anos sem escrever uma palavra. E nem foi por falta de tempo. Grande adraço!

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ZÉ GATÃO POR THONY SILAS.

 Desenhando todos os dias, mas como um louco, como fiz no passado, não mais. Não que não queira, é que não consigo; hoje, mais que nunca eu ...