img { max-width: 100%; height: auto; width: auto\9; /* ie8 */ }

sábado, 28 de outubro de 2023

DIAS DE TRISTEZA 2

 Hoje, 28 de outubro, meu irmão Gil, se estivesse ainda lutando nesta arena de lágrimas, estaria completando 54 anos.

A SAUDADE é tanta que não consigo mensurar. Já usei essa metáfora mas não custa repetir: vejo a imagem de nossa pequena e complicada família como um modesto quebra-cabeças onde as peças mais importantes (aquelas centrais) se perderam, ficando um panorama incompleto, triste.

Difícil caminhar por esse mundão sem seu apoio, seu sorriso, suas palavras, sua sabedoria. Sem você e mamãe me sinto como um aleijado, sem sustentação, sem fôlego, sem horizonte. Hoje faço tudo no automático e quase nada me trás qualquer satisfação. Sigo, porém, caminhando descalço nesta estrada, onde no fim - espero - vocês dois estejam me aguardando.  

OBRIGADO, MEU DEUS, PELAS MEMÓRIAS!

quinta-feira, 26 de outubro de 2023

DIAS DE TRISTEZA 1

  Se estivesse entre nós, Dona Francis, minha mãe, estaria completando hoje, 80 anos.

Desde fevereiro de 2021 a vida perdeu todas as cores. A ferida do meu coração (quase seca) dá lugar à uma feia cicatriz.

Não há muito o que dizer, senão que somada à essa tristeza, vivo ainda dias horrorosos onde não há onde recostar a cabeça. 

Mas deixo com vocês um versículo do livro de Jó.

 Fiquem todos com DEUS!

 Jó 19:25-27 ARC

Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra. E depois de consumida a minha pele, ainda em minha carne verei a Deus. Vê-lo-ei por mim mesmo, e os meus olhos, e não outros, o verão; e, por isso, o meu coração se consome dentro de mim.

terça-feira, 17 de outubro de 2023

E ASSIM FOI O PODCCAST..

 

 Na minha vida existem tristezas e tristezas. Umas possuem um agente visível, concreto, seja na forma de uma pessoa, uma situação ou um bolso vazio. Outras são como sombras num quarto escuro, sinto o cheiro, o toque, consigo ouvir os sussurros, mas não sei detectar o porque de estarem me torturando.

Me sinto assombrado por fantasmas. Me pergunto: se sou Cristão, creio na Palavra e confio nas promessas de DEUS, por que vivencio isso? A resposta me vem na forma das imagens criadas pelo Mel Gibson no filme Paixão de Cristo, nele, Jesus via (só Ele) uma figura andrógina (satanás) segurando um bebê grotesco no colo. Uma brilhante simbologia que demonstrava que o Mestre ao longo de sua vida como homem sempre fora acossado por tentações mas ainda assim sem ceder a elas. O mesmo poderia acontecer a um indivíduo ínfimo como eu; no meu caso, pressionado por meus traumas e outras coisas mais. 

Esses dias tem sido assim, oprimido por essas consternações etéreas. Não tem sido fácil mas admito que são menos pesadas que as desolações concretas.

Houve um tempo, no ano de 2017 em diante, que alguns rigores da vida me trouxeram constantes tonturas e pressão na cabeça. Depois de uns anos, isso passou, agora parece que voltaram.

Não temo a morte, mas tremo só de pensar num AVC, algo que limite ainda mais a minha vida e eu não consiga limpar a própria bunda. 

Ontem à noite aconteceu a live onde eu deveria fazer a divulgação de ZÉ GATÃO - SIROCO. Devo lembrar que era pra ter sido feita no Canal Milhas e Milhas do Cássio Witt, mas demorou demais por causa das dificuldades que o editor da Atomic enfrenta e eu queria aproveitar para malhar o ferro enquanto ele estava quente, então entrei em contato com o simpático Edson Santos do canal Clube do Filme Podcast e marcamos o papo que ocorreu ontem. Aliás, uns anos antes ele me entrevistou na rádio onde ele trabalha.

Pela minha ótica, não fosse o entrevistado, tudo teria sido muito bom. A internet não decepcionou, o Edson é ótimo, os espectadores participaram com comentários e perguntas. Não teve um milhão de pessoas assistindo mas também não havia só duas ou três, no entanto eu não consigo me acostumar com a minha cara, voz e tudo mais. Tentei assistir o vídeo hoje pra conferir tudo e não consegui passar de 5 minutos. Mas pelo feedback as pessoas gostaram, elogiaram apesar do meu visível desconforto e não ter conseguido terminar alguns raciocínios. Me deixo dispersar com frequência.

No entanto, apesar deste que vos escreve, acho que foi um papo informal e ao mesmo tempo dinâmico, muitos pareciam não conhecer algumas histórias que já repeti ao longo de mais de 30 anos.

Caso quem não acompanhou queira conferir, aqui está o link. 

https://www.youtube.com/watch?v=e7rn8HqruOg&t=5452s

Tentei baixar o vídeo mas meu navegador está me dando dor de cabeça, não consigo acessar o YouTube, infelizmente.

E vocês que me acompanham sempre, a minha profunda gratidão!



domingo, 15 de outubro de 2023

DUDU SCHLOESSER NUM PODCAST

 


 Boa noite a todos!

Amanhã à noite (segunda-feira dia 16 às 20 horas), querendo DEUS, estarei numa live com o Edson Santos no canal CLUBEDOFILMEPODCAST no YouTube.

Certamente deverei voltar depois com alguns comentários sobre a conversa e postando o vídeo, mas quem puder aparecer ao vivo e participar com perguntas e comentários será legal. Falaremos sobre Zé Gatão - Siroco e, claro, os álbuns anteriores, bastidores da produção, meus projetos recentes e muito mais.

Aguardo vocês;

Beijos! 



quinta-feira, 12 de outubro de 2023

O ANGUSTIANTE STRESS

 Hoje amanheceu ensolarado, um dia bonito, feriado, no entanto considero que foi um tempo horrível. Nada aconteceu demais fora da minha rotina, no entanto, dentro de mim ardia a chama fria da tristeza, aquela vontade insana de largar tudo e sumir, mas não sumir pra um local desconhecido, e sim desaparecer mesmo, como acontece nesses filmes onde o protagonista ao final caminha para o horizonte e de repente ele se mistura com a paisagem e volatiza-se.

A razão para isso pode ser explicada por um diálogo que travei via mensagem com um amigo chamado Louis Melo, um jovem muito inteligente e brilhante artista.

Me perguntava ele: como está? e os trabalhos? os dias corridos? Respondi que a depressão batia forte mas que seguia resistindo, quanto aos serviços, havia bastante mas não tava dando conta de fazer, sem inspiração e motivação e seguia procrastinando e ele respondeu sabiamente: "Já parou pra pensar que, na sua idade, isso talvez não seja procrastinar, mas sim uma exigência maior da sua mente de exercitar um momento de ócio saudável?" E continuou: "Nenhum barco aguenta viver sua vida útil inteira em mar tempestuoso, a calmaria também é necessária para se ter equilíbrio e regulamento da consciência."

Não sei, talvez seja isso, a caravela da minha vida começa a fazer água. 

Hoje, depois de algumas situações desagradáveis, estressantes e humilhantes eu orei a Jesus, em pé na minha cozinha enquanto pegava água na geladeira, pedindo misericórdia, o perdão dos meus pecados e que me desse força extra para continuar prosseguindo pois eu sei que agora não falta muito para tudo acabar, mas no tempo que ainda resta eu tenha fôlego para as últimas braçadas. Sempre que faço isso Ele me manda um refrigério, inspirei profundamente e soltei o ar devagar. Continue, só mais um pouco, está perto agora.

Tenho que concluir os projetos que estou desenvolvendo (até que novos surjam) mas está árduo, custoso. E pode ser mesmo como o meu jovem amigo sugeriu, passei a vida enxugando gelo e agora a mente entra em curto e está em pane. 

Como todos os que me prestigiam aqui há longos anos sabem, o calor começa a ficar forte de verdade e neste exato momento estou na minha prancheta com o desagradável ardor da temperatura e os pernilongos atormentando minha pele e minhas orelhas. Penso que só há um amigo que saiba o motivo d´eu estar sem ventilador. Como dizem: é osso trabalhar nessas condições!

Tenho saudades dos tempos onde eu, cheio de energias passava horas noite adentro trabalhando nas páginas do Zé Gatão. Sou grato ao Felino por momentos em que havia esperanças de tempos amenos com resultados positivos pelo esforço genuíno. 

E falando nele, o amigo Adalberto Eliazar dividiu comigo suas lembranças sobre o personagem:

 "Lembro bem da primeira vez que vi o Zé Gatão. Foi bem antes do advento da internet. Na época meu pai trabalhava em Brasília e trouxe ferramentas envoltas em algumas folhas de jornais, quando fui desembalar tudo, lá estava aquela criatura em meio perfil, com um artigo que corria ao lado. Anotei o nome do autor e fui pesquisar. A princípio encontrava apenas referência a um fisiculturista com o mesmo nome do felino, mas nos anos que se seguiram, quando vim para Campinas, enfim encontrei um exemplar tão almejado de Crônica do Tempo Perdido."
 
Lendo essas palavras eu sinto que apesar de tudo, valeu a pena cometer todas aquelas páginas ao longo de mais de trinta anos.
 
É a resposta do Senhor Jesus.
 
Volto ao trabalho agora, enfrentando a saudade e temperatura alta.
 
Obrigado por virem aqui.
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

sexta-feira, 6 de outubro de 2023

PINDAÍBA, ESSA VELHA CONHECIDA, COMO UMA VIZINHA RABUGENTA E DESAGRADÁVEL BATE À MINHA PORTA COM MAIOR FREQUÊNCIA NESSES ÚLTIMOS TEMPOS.

 Não tem sido segredo para ninguém que ando mal das finanças. Aconteceu a vida inteira com breves momentos de respiro, nunca sobrou grana, aquela que se guarda para uma eventualidade, não, sempre foi no limite, fosse eu morando com meus pais ou sozinho ou agora, casado. Mas tem vezes que a coisa fica cruel, cruel mesmo! Teve um tempo no Rio de Janeiro que a fome apertou, só não dormi na rua porque alguém me ofereceu um teto e ele foi muito caro, cobravam a minha alma.... e foi só o teto mesmo, comida e roupa, bah, parecia moeda jogada dentro de um penico fumegante de merda. Estaria eu sendo injusto? Não acho, foi como senti. Outros lugares por onde estive, Guarulhos, por exemplo, a vida era dura com todos mas eu era tratado com respeito e havia carinho nas palavras.

Nunca esqueço quando meu pai, certa vez, em Brasília, tirou licença do seu trabalho no ministério e foi para São Paulo tentar algo junto a uns antigos conhecidos seus para ganhar dinheiro e ficou sem dar notícias por muitos meses. O apartamento onde morávamos (numa boa quadra da Capital Federal) era descontado diretamente na folha de pagamento dele, por isso não ficamos sem casa, mas o resto, eu e minha mãe tivemos que nos virar. Havia um japonês que tinha uma quitanda de frutas na comercial da quadra, minha genitora era conhecida da mulher dele e os pomos e hortaliças que começavam a passar do ponto eram doadas a nós. Eu e ela sempre trazendo caixas de frutos e legumes perto do vencimento. Uma filha que o japa teve fora do casamento, uma bastarda magra, alta, que me detestava, sei lá porque, comentou certa vez: esse rapaz não trabalha, não? Meus irmãos eram pequenos, os mais velhos depois de mim, entravam na adolescência, eu procurava trampo desesperadamente. Havia um programa de tv local em que o apresentador fazia a caridade anunciando pretendentes à algum serviço, haviam pessoas com tarimba de caminhoneiro, motorista de trator, operadores de máquinas, empregadas domésticas e tals. Eu era o tal desenhista, parecia até piada, desenhista de quê? de projetos? Não, desenhos artísticos. Artísticos? Como assim? Bem, faço caricaturas e retratos, pinto paisagens em quadros, essas coisas. Ah, ok. Bem pessoal, tem aqui esse rapaz que desenha essas coisas, o telefone dele é tal. Claro que ninguém nunca ligou. Lembrem, era o ano de 1983.

Certa vez anunciaram umas vagas para trabalhar no Carrefour que ia abrir no Park Shopping. Fiquei horas e horas numa fila debaixo do sol para fazer um cadastro e, claro, nunca fui chamado.

Minha mãe sempre foi lutadora, ela começou a tomar conta de umas crianças de umas madames metidas. Nossa casa quase virou uma creche. Choro de criança malcriada querendo a mãe. Era horrível!      

Depois ela alugou o quarto de empregada para um cara da igreja Mórmon que estava em BsB fazendo um curso, depois que ele saiu, recomendou a um amigo e o novo inquilino era um cara chato pra caralho.

E assim vivemos aquela fase até que meu pai voltou e tudo continuou na mesma, só mudou a tensão violenta que ele sempre causava. Claro que no ano seguinte eu tive um emprego, mas essa atividade foi tão marcante (no sentido negativo) que deixo para uma postagem própria, se eu tiver ânimo para o relato.

Quando voltamos para São Paulo no início dos anos 90 os dois primeiros meses foram de amargar.

Entre baixos e fundo do poço, venho vivendo, e o instante atual é quase desesperador. Meus cartões foram cancelados. A todo instante recebo emails dessas empresas oferendo acordos. Queria poder dizer a eles, calma! Eu vou pagar, sempre pago o que devo (embora não seja um Lanister), só tenham um pouco mais de paciência.

Ontem trabalhei com um pincel rombudo, a ponta dele se desgastou. Meu tubo de nanquim só tem umas poucas gotas que tento economizar. Minhas canetas unipin estão quase secas, as mais grossas, pelo menos e as folhas de sulfite para esboços e rascunhos chegaram ao final. Deus mandou trabalho, fiz umas artes e consegui pagar as contas de água, luz e internet. Não tem faltado o básico para alimentação mas parei com uma medicação que eu deveria tomar para ter mais conforto à noite. Tudo bem, sou guerreiro, vou aguentar até que a situação melhore.

Apesar de tudo isso, pressão psicológica, saudade onipresente, estou confiante. Os ventos vão mudar. Eu medito no Salmo 121.

JESUS VIVE!!!! Aleluia!

Ilustra para um didático. 


A SAUDADE É MAIS PRESENTE QUE NUNCA

   No momento que escrevo essas palavras são por volta das 21h do dia 21 de abril. Hoje fazem três anos que o Gil partiu, adensando as sombr...