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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

UM ANO, JÁ!

  Hoje faz um ano que dona Francis foi embora. Um ano sem ouvir sua voz, receber seus conselhos e bênçãos, 365 dias sem escutar sua risada contagiante. Passou rápido! Não tenho palavras para descrever o imenso vazio que me engole, mastiga e retém em seu interior. 

Eu agradeço a Deus pela arte, enquanto trabalho para manter esta família eu imerso nos mundos que eu crio. No momento estou na Grécia antiga, Teseu está lutando com o Minotauro no labirinto criado por Dédalo. 

A arte é uma porta que me conecta com o mundo e também a que me serve como rota de fuga. No entanto sempre sou obrigado a pousar no mundo real e nele as chuvas  de pedras não param de cair. O ar é quente e bafeja no meu rosto que ela nunca mais vai voltar. Mas eu posso ir até ela, se creio no que está escrito e se acredito no Espírito que inspirou os homens a redigir, é certo o dia do reencontro. Pode levar dias ou anos, só me resta aguardar.

Até breve, minha querida mãe!



sábado, 12 de fevereiro de 2022

ADEUS, MEU MENINO!

 

Tudo passa, tudo há de passar. Nada fica, nada ficará. Mais ou menos essas palavras estão em um clássico do ex-Beatle George Harrison e também numa canção interpretada pelo Nelson Ned. Pura verdade.

Eu deveria ter morrido a uns 55 anos atrás mas Deus me poupou e ainda estou por aqui.

Tivemos um cão chamado Rintim. Pouco me lembro dele, eu era praticamente um bebê. Minha mãe disse que ele tinha um tom avermelhado e parecia uma raposa, foi envenenado, segundo ela.

Muitos anos depois a Freedom apareceu em nossas vidas em 1975, era uma cadela pincher muito especial. Como Freedom era um tanto complicado para meus pequenos irmãos pronunciar apelidamos de Fifi. Fez parte de nós durante uns cinco anos e partiu quebrando nossos corações.

Já postei um texto aqui sobre um felino que eu e Verônica chamamos de Saco Preto.  Evidentemente Saco Preto é para nós, gatos não atendem por nomes dessa natureza. Mas a Vera de forma muito maternal perguntava pra ele: "Onde está o Menino? O que o Menino quer?" E vemos em suas reações que ele sabia que a conversa era com ele.

Bem, pra encurtar a conversa, ele morreu no último dia 9. Mais ou menos no dia 4 ou 5 ele apareceu muito machucado. Seriamente machucado, mancava muito e gemia penosamente. Vimos que havia uma ferida na perna como se parte da carne tivesse sido arrancada. Uma vizinha nos disse que ele e o irmão (o Vesgo) haviam sido atropelados, o irmão morreu na hora, ele escapara. Ele recusava água e qualquer alimento.

Eu e Vera o levamos ao veterinário. Não havia osso quebrado, mas ele estava muito magro, anêmico, debilitado e com problemas renais. O médico receitou antibiótico, uma comida medicinal e pomada para passar nos ferimentos. Durante dois dias cuidamos dele em casa, seguindo à risca as recomendações do veterinário. Mas ele comia pouco, quase nada. Queria dar mais detalhes de tudo mas é penoso para mim.

No dia 9 pela manhã desci com ele para ele pegar um sol. Tive que abrir a boca dele para dar um quarto do comprimido de antibiótico segundo recomendação médica e também o alimento medicinal numa colher se chá. Passado um tempo ele começou a gemer como uma criança. Eu passava a mão pela cabeça dele e dizia: "Calma, amigo, calma Menino, estou aqui, você vai ficar bom". Ele ofegava. Se acalmava um pouco mas respirava sofregamente. Então num instante ele começou a estrebuchar e gemer em agonia, eu não sabia o que fazer, pensei em correr com ele para o veterinário, mas antes que eu pudesse colocar as ideias em ordem ele relaxou o corpo e o vi parar de respirar. Faleceu bem na minha frente. Chorei como uma criança (como acontece agora, no exato momento que escrevo). 

Eu queria ser um homem santo, talvez assim minhas lágrimas sobre seu pequeno corpo pudesse revivê-lo. Mas qual, eu sou muito pecador, só tenho tido desditas nos últimos tempos.

Não recebo carinho das pessoas, mas aquele gatinho encostava a testa dele na minha demonstrando sua amizade e eu não consegui salvá-lo.

Sinto falta de encontrá-lo no portão ou cochilando debaixo das plantas, aguardando o momento de eu ou Vera chegar e dar a ração especial, a Wiskas, o leite, a água e os carinhos que ele tanto gostava. 

Adeus, meu menino, você não será esquecido!  

Dormindo debaixo da mesa de nossa casa.


A SAUDADE É MAIS PRESENTE QUE NUNCA

   No momento que escrevo essas palavras são por volta das 21h do dia 21 de abril. Hoje fazem três anos que o Gil partiu, adensando as sombr...