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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

SATISFAÇÃO.

Uma das coisas que me dão muito prazer é ver minha criação pelo traço de outro artista. Algo comum em personagens bastante populares como Batman e Wolverine, mas não um tipo ainda obscuro como Zé Gatão (ainda mais que o nome do personagem não diz exatamente qual o teor de suas histórias e pelo que pude perceber estes dias ainda provoca risos nos ignorantes).

É bem verdade que a meu pedido, artistas bastante gabaritados fariam uma pin-up dele numa boa, tanto que no passado um dos meus planos era criar um álbum de hqs curtas com ilustrações de caras feras entre as histórias, os convidados da pesada ficaram entusiasmados (menos o Flávio Colin, que recusou), porém uma série de motivos abortaram o projeto, mas é uma grata surpresa me deparar com um desenho homenageando minha cria.

O que ilustra o post de hoje foi feito no ano passado pelo grande LANCELOTT MARTINS para seu site HQ QUADRINHOS ( http://hqquadrinhos.blogspot.com/2011/01/ze-gatao-by-eduardo-schloesser.html ) dedicada a fazer do conhecimento de todos quanto possa, o rico universo de personagens brasileiros. O Lancelott é uma espécie de gigante, desses batalhadores incansáveis pelo fortalecimento do produto nacional sem desprezar as boas coisas que os gringos produzem.



Tivemos um Zé Gatão retratado pelo artista José Carlos Braga ( http://fotolog.terra.com.br/josebraga ) e outra pelo André Rodrigues do estúdio de animação Quadro a Quadro aqui de Recife. Este do Lancelott ficou bem selvagem, ne´não?

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

A CIGARRA E A FORMIGA ( CENAS 01 E 02 )


É bom estar por aqui de novo, mas brevemente. Acabaram os dias de folia (ainda bem). Agora quem sabe este país possa dar mais um passo para frente (sim, um passo por vez; é como parece que ele anda).
A batalha em cima da prancheta continua mas agora já estou mais organizado. Meu pai já está em casa, contudo o estado de saúde dele é delicado. Continuo trabalhando como um doido e ainda não me pagaram o que devem. I´m broke. Enfim, nada novo.
Deixo aqui com vocês duas imagens do infantil "A Formiga e a Cigarra".

Até semana que vem, se Deus quiser.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

ZÉ GATÃO - MEMENTO MORI ( A gênese de uma capa )


 Bom dia pessoal.
O dia hoje por aqui amanheceu escuro, chuvoso, algo muito peculiar para esta época do ano, tomara que sirva para minorar o calor que anda fazendo.

Pois é, sentei-me diante do computador para escanear umas imagens para um editor e ao checar meus e-mails deparei-me com uma carta do meu grande amigo José Roosevelt; para meu deleite ele sempre escreve longas missivas contando como é a vida na Europa e sobre o mercado editorial de lá e também faz comentários sobre coisas que ele leu e achou interessantes neste blog. Desta vez o tema discorria sobre o frio arrasador que fez vítimas no velho continente, velhice e morte - nada lúgubre, bem entendido - mas uma sábia reflexão sobre nossa breve passagem por este mundo; o que me pôs a pensar sobre este espaço que inicialmente usei como uma vitrine para mostrar algumas das minhas pobres artes e que acabou se tornando, quase sem que eu me desse conta, uma ferramenta para desabafar um pouco nos meus constantes momentos de crises. Sim, é um dos meus exercícios de vaidade, estou ciente; pelos números, noto que as visitas tem aumentado, seguidores vão se somando paulatinamente, embora os comentários ainda sejam poucos.
Penso que um espaço como este sirva, usando uma metáfora tola, para nos sentirmos como pequenos deuses, como aqueles ídolos de pequenas dimensões que as tribos e famílias do oriente possuíam ( igual aquele que Raquel pegou de Labão, seu pai). Deuses de argila que se quebram à primeira queda, pois somos por demais efêmeros.    
Sempre me pondero por quanto tempo ainda continuarei com este blog. E com o risco de parecer cu doce, a tentação de abandona-lo sempre sopra em meus ouvidos como ventos sedutores. Uma hora terei que parar, é inevitável, mas enquanto este dia não chega, continuo usando-o como mais um instrumento de trabalho e divulgação, e a quem interessar possa, hoje mostro as etapas de criação da capa do meu último livro publicado.
Na verdade a capa para Memento Mori foi criada em fins dos anos 90 como pode ser conferida no alto, mas por sugestão do meu amigo Kaique, seria legal ela conter elementos mais simbólicos.
O que me serviu de inspiração foi a arte promocional do filme Drácula de Bran Stoker, dirigida por Francis Ford Coppola.


Partindo daí fiz minha própria leitura utilizando elementos existentes na minha HQ.
Fiz um esboço para ver com o editor Leandro Luigi Del Manto se a coisa era viável.


Uma versão colorida.


Aprovada pelo editor, iniciei o processo de pintura. Primeiro os desenhos preliminares.


Depois a imagem na base onde seria pintada, no caso, em uma chapa de papelão.


Um banho de tinta acrílica sobre toda a base e em seguida as primeiras pinceladas a óleo.


 A arte que ilustra a parte de de trás também tinha sido criada a muitos anos antes e era uma das possibilidades para capa do álbum.


 Capa pronta para um trabalho que aos poucos vai sendo notado.


 Tenham todos um bom feriado e a gente volta a se falar após o carnaval se o Senhor Jesus assim o permitir.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

ADEUS, JOHN SEVERIN.




Amadas e amados, boa tarde.
Uma passagem rápida por aqui para prestar uma homenagem e aproveito para dizer que meu pai já saiu da UTI. O quadro dele ainda inspira cuidados mas creio que o pior já passou. Agradeço a todos que oraram por ele e por mim.

Estou na correria e na batalha pra me organizar e aos poucos vou conseguindo.


Hoje, infelizmente, um desenhista que muito me marcou na infância nos deixou, John Severin.
Morreu aos 90 anos. Poderíamos dizer que teve uma vida longa e passou por esta terra fazendo o que gostava, trabalhando maravilhosamente bem nos mais diversos temas (faroeste, guerra, terror, humor, heróis, bárbaros...enfim, um artista completo e único), mas fica uma grande sensação de que ainda era cedo.
Quando moleque eu ria com a revista Pancada, a concorrente da Mad e ficava extasiado com seu estilo realista na revista Kripta, havia uma hq que impressionou meu irmão, uma história da segunda guerra (terror e guerra, prato cheio pra ele!) onde um soldado comia o coração dos inimigos. Um dos grandes momentos do verdão Hulk foi em suas mãos. Um Conan magro, mas numa boa história desenhada por ele, ficou na minha mente por muito tempo.


Ele não foi exatamente uma influência no meu trabalho, mas era um dos meus preferidos ao lado de Jack Kirby e Gene Colan.


Fica a impressão de que este mundo está cada dia mais pobre.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

CRISE.



Eu não deveria estar aqui agora e sim com a bunda sentada na prancheta, labutando, quer dizer sentado no banco em frente à prancheta. Sabe aqueles dias em que você fica encontrando desculpas pra não trabalhar? É comum quando você é seu próprio patrão, não tem um chefe que te puxe a orelha, então pode se dar ao luxo de encontrar escusas e fugir da responsabilidade. Certo, cê tem razão, não é a primeira vez que falo disso aqui, mas hoje meu raciocínio vai além. O que me leva a isto? Eu chamaria de crise. Vamos à matemática: eu trabalho com criação, o que pra muita gente pode parecer frescura, pra mim é encontrar o tom, aquela nota que toque em algum ponto da alma do espectador, seja numa expressão, num matiz, num hachuriado, enfim, algo que me diferencie dos demais, é o que eu persigo, o que chamo de respeito pelo que faço e por quem me prestigia. Cada vez que risco algo no branco do papel preciso de concentração, disciplina e afinco. Não receber por este esforço na data determinada, quando as contas insistentemente batem à minha porta, subtrai parte do que preciso para continuar. Mas respiro fundo e tento não ouvir os cochichos malignos que bafejam nas minhas orelhas, sigo na tarefa dizendo a mim mesmo que inspiração é um detalhe, eu preciso é de transpiração. Para não deixar a peteca cair eu acolho outras encomendas, e na maioria das vezes me enrolo. Aí bate o bloqueio criativo, então fico fugindo, me escondendo, não encarando o problema de frente.
Tento ser profissional, sei que o desenho não vai se fazer sozinho, mas aí me deparo quase sempre nestas ocasiões com outra muralha à minha frente, o traço que não sai. Estava eu hoje a tarde criando uma cena em que nela eu deveria ensinar como se faz um sombreado, coisa simples (sugerida por quem encomendou), um cara conversando com uma mina, tava até indo bem, mas aí me lembrei que meu cliente gosta de rostos sorridentes, embora não seja uma campanha de creme dental, então apaguei a boca da garota para faze-la sorrindo. Pronto. Não conseguia mais adequar a boca ao rosto. Sem problema, apaguei e tentei fazer outro. Necas. Não conseguia dar aquele detalhe tão importante pra mim, aquele algo mais que eu havia conseguido na primeira face. Tornei a refazer, sem sucesso. Parei. aprendi que nestas horas é melhor dar um tempo. Foi aí que vim pra cá. A arte citada era pra ter ficado pronta ontem a tarde, e ainda estou tentando faze-la.
Com certeza receber pelos dois últimos trabalhos que fiz ajudariam a vencer a crise, afinal foi pra isto que me empenhei nas últimas semanas. Um veículo só funciona à base de combustível (no meu caso, a substancia que me propulsiona seria o carvão pois me sinto como uma velha maria fumaça), do contrário é querer que ele pegue no tranco, mesmo com a bateria arriada.

Sei lá, será que teria sido melhor eu ter insistido em fazer um concurso e ter virado funcionário público?

A propósito, as ilustrações de hoje foram feitas para o livro "Memórias Da Casa Velha" do Machado de Assis.

Pois é, mas o show não deve parar, ter desabafado com vocês foi bom, tenho certeza de que quando eu voltar ao estúdio o rosto da garota vai sair, mesmo sabendo que não ficará pronto hoje e há várias coisas na fila. Mas estamos vivos e há trabalho. Louvado seja Deus por isto.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

HOJE, INFELIZMENTE NÃO TEM ILUSTRAÇÃO.

Amanhã provavelmente não vou conseguir chegar perto do computador, logo cedo saio para resolver algumas coisas, voltando à tarde vou direto pra prancheta, por isto faço a minha postagem hoje para desejar a todos um bom descanso neste fim de semana.

Bem, o meu planejamento para a sexta é este, mas o bom Deus é quem sabe, nós, coitados, não fazemos ideia do que virá a seguir. Digo isto por causa do falecimento do Mauro dos Prazeres, um dos fundadores da Devir, fato que me causou tristeza. Pra falar a verdade eu não o conhecia direito, cheguei a velo uma pá de vezes e em todas trocamos palavras gentis, ele era muito receptivo e simpático ao meu trabalho mas nunca nos aprofundamos em nenhum assunto, nem mesmo a respeito de quadrinhos, havia sim aquela sensação de respeito mútuo, como se intuíssemos o que cada um representava neste meio tão cheio de soberba, sem que precisássemos usar palavras. Morreu jovem, 55 anos, disseram. Pena. Pesa na alma saber que quanto mais durarmos nesta terra mais pessoas queridas veremos partir, principalmente as boas.

Igualmente foi embora de forma prematura o cantor Wando. Também lamento. E vejam bem, nunca tive um disco dele, minha praia musical sempre foi outra, talentoso ele era, o que ele se propôs a fazer, fez muito bem, com classe. Mas num meio tão cheio de merdões que infestam o universo artístico brasileiro, um cara boa praça como o Wando, vai fazer falta, ah se vai! Ele o Mauro eram esses tipos assim, tranquilos, educados, nada jactanciosos (pelos menos não o demonstravam) e isto está ficando raro.

O post de hoje fica sem desenho, tentei de todo jeito e não consigo baixar a imagem, tampouco consigo responder aos comentários. Talvez seja problema do navegador, mas não estou com tempo para descobrir a causa. Peço que me desculpem.
Abraços a todos e grato pelas visitas.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

MAIS ALGUNS SEM O AUXÍLIO DO LÁPIS E DA BORRACHA.


Meu pai está de novo na UTI, desta vez com um quadro grave de pneumonia. Isto já faz uns dias. Não comentei antes porque tenho refletido muito se devo postar problemas domésticos aqui, afinal diz respeito também à minha família. Meus irmãos são muito discretos, e sempre fico desassossegado ao abordar um assunto que afete eles de forma direta. Mas as vezes não dá pra evitar.
Neste presente caso, penso que ele interfere tanto no meu estado psicológico que evitar comenta-lo com vocês (que tem a gentileza de ler as coisas que escrevo) seria como tentar me proteger do sol com uma peneira. Há sim esta necessidade de desabafo e estes tempos tem sido particularmente pesados. Minha esposa também não anda muito bem, foi muito estresse no começo do ano e agora a fatura está sendo cobrada.

Como já disse aqui, ao invés de aumentarem o valor das ilustrações, diminuíram. Esta semana seria época de pagamento, mas os contratos foram suspensos até a semana seguinte. Deram sei lá que justificativa, o problema é que os boletos para pagamento, todos datados para esta semana, não querem saber.

Também estou com meu molar esquerdo sensível, não consigo mastigar o alimento sem uma ponta de desconforto. Ontem eu e Verônica fomos ao dentista, chegamos cedo pois tínhamos hora marcada, mas por azar, foi a manhã das emergências, nestes casos eles tem prioridade, por isto saimos de lá tarde. Eu sempre levo um livro pra ler enquanto espero, mas o volume da tv estava mais alto que o normal, e embora eu estivesse num ponto da sala onde não podia visualizar o monitor, a voz monótona da apresetadora e seu papagaio putanheiro e sem graça não permitiram me concentrar nas palavras impressas, uma das matérias era sobre a rainha da Inglaterra, parece que ela completa anos de alguma coisa que não me interessa, quem falava nesta hora era um conhecido do jornal matinal da Globo, alíás, o mesmo tema já tinha sido debatido no programa anterior. Insuportável.
Comecei a observar as pessoas ao redor, uma coroa toda metida, de bermuda branca, foi ao banheiro pela segunda vez, quando ela saiu, falei para Verõnica: "Amorzão, acho que aquela mulher deu uma cagada das boas!" Ela: "Nossa! Por que você acha isto?" "Tô exercitando meu lado Sherlock Holmes - falei - ela demorou mais que o normal pra quem ia fazer xixi, e depois, desta vez ela insistiu em fechar a porta ao sair, algo que ela não fez da primeira vez. Bingo!" Ela riu e balançou a cabeça, como quem diz, "Você não cresce mesmo".  Este sorriso dela é um dos motivos que me fazem continuar.
O dentista (um cara muito boa praça) chorou um pouco dizendo que os planos são caros pros usuários e o que repassam pros médicos é uma miséria. Eu devolvi falando sobre a exploração imobiliaria no bairro de Candeias onde moro, do aumento abusivo do meu aluguel, aí ele mexeu no meu dente e ele ficou sensível como eu disse a princípio.

Bem, as artes continuam, sou obrigado a pegar dois ou três trabalhos ao mesmo tempo pra que a renda permaneça a mesma. Aí me atrapalho todo e meus projetos pessoais como aquele Edgar Alan Poe continuam no limbo, esperando.
Os desenhos de hoje são do meu sketchbook.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

DIVULGANDO A CRIAÇÃO.

Se os outros não falam a gente tem que falar.
Não é surpresa que quase nenhum site ou blog especializado em HQs tenha resenhado minha última publicação em quadrinhos. O MdM foi uma grata surpresa, eles inclusive elegeram Zé Gatão-Memento Mori o melhor quadrinho nacional de 2011, o blog Cocô na Cuia (sim, o nome é este mesmo) fez uma menção honrosa ao álbum.

Semana passada, o Leandro Luigi Del Manto, editor da Devir, me enviou esta nota do jornal "A Tarde"  (Salvador-BA) comentando brevemente a publicação.
Se você que me segue e gosta de quadrinhos ainda não leu esta graphic novel cheia de bichos violentos, acho que deveria pensar de novo.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

SUSTENTABILIDADE

Pra fechar a semana um esboço para um projeto de cartilha sobre sustentabilidade. Não gostaram das amostras de traço que enviei. Como nunca mais entraram em contato, presumo que tenham arrumado um desenhista melhor. Uso a palavra "melhor" por causa de um assunto abordado num dos e-mails entre os editores: "Acho que encontramos um artista melhor na praça". Normal.
Bom fim de semana a todos.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

O JUIZ DE PAZ NA ROÇA (01)


 O Juiz De Paz Na Roça é uma divertida peça de teatro do Martins Pena. Lembro de ver, nos tempos da faculdade, um grupo ensaiando esta história para uma apresentação.
Para ilustrar o tema, tentei uma abordagem diferente, com grossas camadas de pincél, algo mais duro e mais frio.

A VIDA E OS AMORES DE EDGAR ALLAN POE COMENTADO PELO ESCRITOR E POETA BARATA CICHETTO

 O livro que tive o prazer de trabalhar ao lado do ficcionista Rubens Francisco Lucchetti intitulado A VIDA E OS AMORES DE EDGAR ALLAN POE, ...