Essa gripe que anda assolando meio mundo me pegou neste final de ano. Cacete! Como pode um ser vivo que só é visto através de uma lente poderosa fazer um estrago tão grande no organismo? Pra mim é a prova cabal que o diabo existe, sim, pois a doença não provém de Deus embora muitos doutores em bíblia afirme que o Criador castigue sua criação com pragas quando esta peca além do limite aceitável. Para mim, tal afirmação contradita o que Jesus disse em Matheus 7:9-11. Ah, mas alguém diria: Jesus falou aquilo em outra circunstância; pra mim não importa, DEUS é imutável, com Ele é sim, sim e não, não. Não há meio termo, a doença provém do diabo, que é ladrão e homicida (segundo o próprio Jesus) desde o início, ponto!
Além dos vírus e bactérias, outra comprovação da existência do adversário, são as maquinações, reflexões, filosofias diabólicas engendradas por tipos como Gyögy Lukács, Herbert Marcuse, Karl Marx e tutti quanti que com esses ideais anti cristãos vem destruindo milhões de pessoas através dos anos. Mas ok, meu objetivo aqui não é discorrer sobre um assunto que já provocou meu cancelamento (para o qual estou cagando montes) mas sim para fazer uma avaliação deste ano que vai morrendo (e já morre tarde).
Mas querem saber? Talvez eu esteja sendo rigoroso demais com o referido ano, afinal todos eles tem seus altos e baixos. Para mim, como muitos devem saber, após 2021, não haverá mais anos bons, o que posso ter será no mínimo menos ruins.
Além da misericórdia infinita do Todo Poderoso que me livra de me sufocar de vez em minhas angústias e dores pessoais, a ARTE (que ELE me deu, estou convencido) ajuda a atravessar esse vale de prantos. Senão, vejam, eu tenho pelo menos um álbum lançado a cada ano desde 2015 (Zé Gatão - Daqui Para a Eternidade). 2016 (Desenhando Anatomia - Cabeça e Tronco e Desenhando Anatomia - Movimento Figura masculina), sem contar que nesse mesmo ano a Criativo colocou na praça meu livro de Sketchbooks, que é um dos meus preferidos.
Em 2017 não publiquei nada digno de nota.
2018, tivemos A VIDA E OS AMORES DE EDGAR ALLAN POE em parceria com o mestre R. F. Lucchetti.
2019, finalmente parte do público do nordeste conheceu O BICHO QUE CHEGOU À FEIRA, adaptação em quadrinhos do livro do Muniz Sodré roteirizado pelo Marcelo Lima e nesta obra eu dividi espaço com Alan Alex e Alex Genaro. Pouca gente tem conhecimento que essa HQ existe.
2020 finda com a chegada de PHOBOS e DEIMOS, depois de ficar por 15 anos na gaveta.
2021 foi o ano em que minha alegria foi sepultada. Ainda assim Desenhando Anatomia - Movimento Figura Feminina e Desenhando Anatomia - Seres Fantásticos foram finalmente editados. Esses dois livros, em minha opinião, tiveram acabamentos e impressões muito inferiores aos outros dessa série.
2022 não tive livros publicados e nosso amigo felino, que chamávamos de Black Balls, se foi no mês de fevereiro.
Mas a análise é para ser do ano de 2023 e querem saber? Foi um ano duro, muito trabalho e pouca grana, pra variar, mas esse ano foi particularmente difícil, cartões cancelados, cobranças por telefone e email diariamente e aquelas velhas tormentas dentro de casa que viraram uma constante e só não desisti de tudo (pondo um fim à existência) porque Deus não abdica de mim. Ele sempre injetou um ânimo extra e eu prossigo. E como a arte desempenha um papel crucial no meu viver, ZÉ GATÃO - SIROCO e PINTURA DE GUERRA enfim chegaram aos fãs e é o melhor - talvez o único - acontecimento digno de nota.
Um outro fato que merece registro é que voltei a frequentar uma igreja, mas não pontuo como caso extraordinário porque Jesus sempre caminhou comigo e eu com Ele, embora na concepção de muitos, um desigrejado é um desviado, eu não penso assim, mas sei, é controverso.
Dito isso tudo, embora ainda reste um dia para a conclusão deste ciclo, posso dizer que sobrevivi a ele e Siroco não deixou passar em branco, contudo devo afirmar que minha memória para coisas recentes está péssima.
FELIZ PASSAGEM DE ANO A TODOS VOCÊS, e que possamos nos encontrar aqui eventualmente em 2024.
FELICIDADES!