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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

COMMISSION : ZÉ GATÃO.


Minha new commission não é sobre heróis das hqs gringas ou dos games como podem notar e fiquei muito feliz de executar, além dos motivos óbvios que me deixaram muito confortável, o cliente, uma pessoa ótima, fã ardoroso de Zé Gatão (não o conheço pessoalmente) deixou-me muito a vontade para fazer como melhor me conviesse, tema, técnica, formato e tals. De posse dessa liberdade viajei na ideia quando se trata de meu próprio personagem. Sabem, fico me perguntando se tenho algo dentro da cabeça para me divertir tanto com ilustrações assim, digo, devo ser muito adolescente (tô caminhando para os 51) para ficar desenhando animais cheios de testosterona saindo na porrada. Acho que sou maluco mesmo. Yeahhh!


É uma pena que neste país não se possa cobrar um valor legal por uma arte exclusiva destas que permita respirar aliviado por uns tempos (ainda não alcancei o mercado gringo e não tenho a menor ideia de como faze-lo), tenho que me adequar ao tamanho do bolso do cliente brasileiro. Mas tudo bem, uma arte de encomenda é algo legal porque ajuda a fugir um pouco dos trampos de editoras de livros. É diferente também de fazer retratos; queridos e queridas, como odeio este tipo de coisa! E já fui obrigado a fazer muitos pra defender um troco. Outro troço insuportável é pintar paisagens em paredões (Rio de Janeiro) ou figuras de mulheres peladas em cinema pornô (São Paulo). Hei, preciso fazer um post sobre estas experiências. Ok, qualquer dia, quando tiver saco eu faço.

Bem, estou um tanto vagabundo esses dias, então deixa eu ir trabalhar, a net já roubou uma boa parte da manhã.

Fiquem bem, e não deixem de me visitar aqui.
Beijão.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

APENAS ESBOÇOS E NADA MAIS.



Definitivamente perdi leitores deste blog. O número de visualizações caiu drasticamente. Deve ser, com certeza por causa do aviso de conteúdo adulto. Este espaço continua o mesmo mas a maioria não sabe disto, pensam, talvez, que ele agora contenha imagens pornográficas ou textos subversivos, sei lá. Bem, já tentei reverter o processo, mas não sei como esta joça funciona direito até hoje, e por outro lado, quem se espantou dificilmente vai voltar. Deixemos assim por enquanto. Importa mesmo são os que continuam me acompanhando e que gostam do meu trabalho, independente do conteúdo.

Tenho trabalhado em câmera lenta. Didáticos não inspiram muito. Estou me sentido estranho, não exatamente no corpo, apesar de muita coisa nele não estar reagindo como acho que deveria, a dor nos calcanhares que me atormenta quando caminho um trecho mais longo continua, associada a uma perene fadiga muscular, mas é mais o fator psicológico que me incomoda. Uma tristeza muito grande me acossa já faz um bom tempo.

Tem algumas coisas que dão mesmo preguiça, cortar as unhas é uma delas, as minhas estão bem aparadas, mas a barba está de uma semana, começa a coçar. É algo tão simples e que demora tão pouco tirar, mas eu vou postergando o máximo que posso, nem sei porque. Ainda bem que minha mulher não se incomoda com isto.
Sabem, se pudesse não sairia debaixo do chuveiro frio. Queria também que o tempo não passasse tão depressa, nunca dá tempo de fazer tudo o que queria.

Nem sei se estes esboços já deram as caras por aqui, realmente não lembro.

Cuidem-se, amadas e amados, são tempos difíceis.





sexta-feira, 22 de novembro de 2013

CONTOS FLUMINENSES ( 07 )


Não consegui trabalhar hoje, estou tentando mas minha cabeça não foca no assunto. Ilustrar livros didáticos significa ler textos e interpreta-los na forma de desenhos, pode ser o óbvio ou algo tolo, mas tem-se que arrumar solução plausível para o problema. Mas hoje não está sendo o dia, acontece quando há um problema imediato tirando a paz. Amanhã tudo dará certo.

Finalmente consigo voltar a este blog, ultimamente tá complicado; vir aqui apenas para dar um oi, colocar um desenho qualquer não me bastam, vocês que estão acostumados com meus blá-blá-blás merecem mais que isto, e também é verdade que não tenho nada relevante para dizer no momento, gostaria muito de postar um conto que tenho na minha cabeça a tempos e não arrumo jeito de lapidá-lo e escrever, tampouco a continuação de umas memórias da infância, mas não encontro paz de espírito para tanto.
A culpa é da minha situação atual, os trabalhos estão um tanto irregulares, os pagamentos também. No início desta semana me antecipei e perdi parte do meu dia indo até a editora assinar os contratos, tudo pra ver se recebo mais rápido. Não recebi e ainda ouvi dizer que haverá um período de entressafra por lá. A coleção de livros clássicos, que ilustrei mais de 40, deu uma parada por conta de umas modificações nos setores editoriais e não mais se definiu. Se Deus quiser em janeiro do ano que vem começo a bater em novas portas, tal qual um vendedor de enciclopédias, daí vamos ver se teremos novidades, por hora continuo com desenhos para livros didáticos. Mas quem sabe as coisas não mudam? Espero. Trabalho para eles já vai fazer 4 anos, sempre me deram bastante liberdade e pagam direitinho. Me acomodei muito nos últimos anos, não fico mais brigando tanto por aumento de valores, desde que dê para manter o padrão de vida a que estou acostumado e, creiam, é bem modesto. Aguardemos os acontecimentos.

A bíblia diz que aquele que encontra uma ESPOSA, encontra uma benção de Deus, e eu encontrei. Claro, temos nossos problemas, mas quem não tem? Esta semana ela disse pela milésima vez que assim que ela tiver condições me dará uma vida de rei. Poderei me dedicar totalmente à pintura a óleo e escultura em argila, publicar meus quadrinhos sem ter que precisar de editora, apenas para atender ao meu público. Oxalá isso fosse mesmo possível pois me sinto bastante cansado. Meus irmãos disseram o mesmo algumas vezes.
Quem sabe uma hora, né? A Verônica participa de tudo que é promoção que aparece, do chocolate ao produto de cabelo. É só o caldo de galinha anunciar o sorteio de casas e um X e grana e lá está ela se cadastrando. Uma hora....
Mas enquanto isso não acontece eu continuo trabalhando duro.

Tenho uma novidade para os que gostaram do conto de Zé Gatão chamado de SECA CRUEL escrito pelo meu amigo Luca Fiuza, ele já deu início a uma continuação. Li a primeira parte e posso afirmar que está tensa. Já esbocei duas artes para a narrativa, pelo menos o que temos até agora. Esperemos que ele acabe o quanto antes para estar logo por aqui. Da minha parte fico muito satisfeito, já que a Devir demora para lançar a conclusão de Memento Mori, o felino mestiço invocado continua vivo por outros meios.

Acabei de assistir a primeira temporada de Under The Dome, série baseada no livro do Stephen King, que tem a produção executiva do mesmo e do Spielberg. No começo achei morno, mas depois acabei me envolvendo, claro, não se compara com Breaking Bad, uma das melhores séries de todos os tempos, mas dá para divertir, espero que a segunda temporada não demore tanto.

Estou lendo Amberville, a Lista da Morte (estou gostando bastante, Carla, tanks again). É incrível se envolver numa trama onde os personagens são todos bichos de pelúcia.

Atualmente ouço PRIVATEERING, o último cd do Mark Knopfler, eita músico foda!

Histórias em quadrinhos? O de sempre.

Mais uma cena de Contos Fluminenses pra fechar a semana.
Cuidem-se.













segunda-feira, 18 de novembro de 2013

ENTREVISTA CONCEDIDA À P.A.D.A. EM 2012.




1) Para quem não conhece ainda, fale-nos um pouco sobre o Zé Gatão.

ES - Vivendo num universo antropomorfo (animais humanizados), o personagem título é um gato mestiço de lince que luta para sobreviver num mundo implacável e caótico. Ele é  soturno e com problemas de adaptação, não venceu na vida, tem o utópico desejo de ter um emprego fixo, uma companheira e viver longe da pressão cotidiana. É basicamente isto.

2) Seu trabalho como Zé Gatão é bastante visceral e polêmico. A violência e o sexo chegam a ser explícitos, chegando a incomodar os mais puritanos ou sensíveis. O que o leva a inserir elementos tão “pesados” em suas histórias? Você os julga realmente necessários?

Es - Minha proposta quando iniciei esta série era retratar o mundo conforme eu o via (e sentia) sem maquiagens, não poupando o leitor, se ele estivesse afim de algo "suave e engraçadinho" que fosse ler as histórias do Bidu. Preciso sublinhar que nunca fiz hqs para agradar ao público, e sim usar a narrativa gráfica como uma catarse, um meio onde eu pudesse berrar a plenos pulmões cada vez que algo na minha própria vida me incomodava, uma forma de extravasar minhas frustrações, na minha cabeça é algo que se aproxima da teoria do "Grito Primal" do Arthur Janov. Já reparou que na maioria dos crimes violentos tem sexo envolvido? Daí o porque d´eu raramente separar uma coisa de outra. 
Se julgo necessário? Não, necessário não é, mas eu me identifico mais com os filmes do Quentin Tarantino que os do Frank Capra.   


3) Por outro lado, Zé Gatão também vai fundo na discussão filosófica da procura do eu e na denúncia de problemas sociais como pobreza, truculência policial, corrupção e, até mesmo, falta de educação nas grandes cidades. Por que tocar nesses assuntos em uma história onde a ação é o principal chamariz?

ES - Como já disse, uso os quadrinhos  (embora pareça presunção da minha parte) como uma forma de terapia. Inserir os temas que você citou em minhas aventuras seria algo natural, pois são coisas que me estarrecem. Quanto "a procura do eu" é algo que acrescento de forma meio instintiva. Embora eu faça minhas hqs para mim mesmo, há sempre alguém que se identifica, que grita de volta, a presença de alguma filosofia (ainda que barata) existente em Zé Gatão é uma forma de me comunicar com aqueles que veem meu trabalho como um espelho.


4) Quais são seus mestres e quais as suas fontes de inspiração?

ES - Muitos, vão de Gustave Doré aos ilustradores americanos da "golden age", mas sempre repito que o trio que serve de base para o meu trabalho, são Richard Corben, Bernie Wrightson e Tanino Liberatore. 

5) Quais os trabalhos que você está envolvido no momento?

ES - O que tem colocado comida na mesa (desde sempre) são as ilustrações para livros; a mais de três anos tenho criado imagens para os clássicos da literatura brasileira para uma editora de Recife, paralelo a isto, crio álbuns e manuais de desenho para editoras de São Paulo. Nos quadrinhos estou trabalhando numa biografia do poeta americano Edgar Alan Poe roteirizado por Rubens Lucchetti, mas infelizmente tive que interrompe-la momentaneamente por falta de tempo, devo recomeça-la assim que minha vida serenar um pouco. 

   
6) Como você avalia o cenário Nacional atual? E quais são os nomes que merecem destaque?

ES - Não há resposta fácil, os quadrinhos aqui se parecem muito com o próprio Brasil, está crescendo, muitas mudanças pra melhor, a maioria dos gringos já sabem que existimos (e não só por causa do Pelé e do café como era antigamente), tudo muito bonito e tals, mas para o cidadão comum, que acorda cedo, pega ônibus, trabalha duro por seu salário (que nunca acompanha o aumento das coisas) o cenário parece sempre ser o mesmo. Ano passado tivemos recordes de publicações, inclusive eu, com dois álbuns de Zé Gatão. O problema pra mim é que a maioria foi de independentes. Romanticamente falando é muito bonito, mas ainda não temos um mercado. 
O material independente, com raríssimas exceções, é algo que atinge poucas pessoas, geralmente da sua própria tribo, e isto não permite ao autor viver deste ofício. Estamos avançando, diriam os mais otimistas! Sim, de fato, mas avançando pra onde? Há anos estamos nesta luta, e se 2011 foi profícuo para as hqs nacionais, o mesmo não pode se dizer de 2012, se não estou enganado. Não parece haver uma evolução no quadro, mas uma parada para recuperar o fôlego, e sabemos o que acontece quando o atleta para pra respirar, ele perde o pique. O que sobra no final são sempre os mesmos no pódio, aqueles bem aventurados com recursos para emplacar seus trabalhos aonde o mercado ainda sobrevive, como nos EUA, por exemplo. Estes mesmos já tem destaque demais para que eu cite seus nomes, prefiro falar daqueles que batalham a muitos anos sem o mesmo reconhecimento. Sou um fã do pessoal da velha guarda, como Júlio Shimamoto, Sebastião Seabra e Artthur Garcia, mas pra mim, atualmente, disparado, o maior autor brasileiro é o Nestablo Ramos Neto.      

7) E o Nordestino (e mais especificamente, o Pernambucano)?

ES - Pelo Facebook tive contato com um rapaz muito bom chamado Alan Goldman, arte sensacional, o cara é muito bom! Aqui em Pernambuco gosto dos traços do Wamberto Nicomedes e Rael Lira, mas meu destaque vai para o Luciano Félix, é raro um desenhista com talento pro humor ter uma narrativa gráfica e design de página tão brilhante como ele expressa em seu trabalho. Como roteirista, algo ainda pouco destacado no meio, eu gosto do Léo Santana.

8) Muita gente já deve ter lhe perguntado se o Zé Gatão era um alter-ego seu. O que você diria para essas pessoas?

ES - Acho que todo autor coloca muito de si em seus personagens, mas no meu caso e de Zé Gatão isto é escancarado, as coisas que disse acima sobre o personagem parecem muito com minhas próprias características, principalmente quando era solteiro e andava mais perdido. Porém, o que posso dizer é que eu o uso para coisas que nunca tive coragem de falar ou fazer. 


 9) Quais os artistas ou grupos que você destacaria no cenário Nordestino como de relevante importância para os Quadrinhos Nacionais (Sejam produzindo ou incentivando os quadrinhos e artistas nacionais) ?

ES - A PADA tem realizado um trabalho hercúleo no sentido de promover e publicar as hqs aqui em Pernambuco, aliás, não conheço outro grupo que faça algo semelhante em qualquer outro lugar do Brasil.

10) Quais os projetos para esse segundo semestre de 2012 e para o próximo ano?

ES - A Devir promete para este ano ainda a continuação de Zé Gatão-Memento Mori, há também um outro álbum totalmente fora do universo Zé Gatão, pronto já, desde 2004, esperando um momento apropriado para oferecer ás editoras (não sei se será bem aceito, pois é muito truculento e recheado de cenas de sexo), além da já citada bio do Poe. Se tudo isto dará as caras o ano que vem, só Deus sabe.  

 
11) Como você definiria o Eduardo Schloesser e seu trabalho?

ES - Sinceramente? Como um animal em extinção, tanto na forma como vejo o mundo, como na forma de executar meu trabalho.  


12) Você tem algum sonho ou objetivo que ainda espera alcançar?

ES - Desde que comecei neste meio, em 1986, em Brasília, e principalmente no início dos anos 90, quando retornei a São paulo, eu tinha grandes expectativas em relação as artes. A maioria foi frustrada. Tive algumas realizações, poucas me trouxeram o retorno financeiro tão sonhado. Hoje, chegando aos 50 anos, não me dou ao luxo de esperar nada além do que o que tenho conquistado. 
Não posso reclamar, penso que meu trabalho é pouco comercial e mal divulgado, ainda assim publiquei quatro álbuns de Zé Gatão, várias histórias eróticas, diversas revistas de passo a passo de desenho e quatro álbuns de anatomia, dois deles esgotados.
Há quem diga que meu antropomorfo teria boa aceitação no mercado gringo, ainda não queimei este cartucho e nem sei bem como faze-lo, mas está na pauta, assim que tiver mais tempo livre.
Ainda espero poder escrever e desenhar uma última saga de Zé Gatão para por um ponto final na carreira do personagem, e também criar um álbum com algumas histórias do cotidiano que a anos pedem pra sair da minha cabeça. Veremos.  

13) Espaço Livre: Fique agora a vontade para dizer o que quiser para os leitores dessa sua entrevista:

ES - Aos que não me conhecem, procurem pelo que já produzi, pode ser que vocês gostem e entabulemos uma amizade, ainda que através da 
 magia autor, trabalho, leitor, ou mesmo face a face, quem sabe?

Aos que que já leram as bobagens que escrevo e desenho, por seu prestígio e paciência, a minha 
gratidão.






quarta-feira, 13 de novembro de 2013

MY CRAZY SKETCHBOOK ( 04 )


Aqui estou de novo, como espero estar outras vezes, olhando matérias e perdendo tempo diante da tela do computador, ouvindo Jackson Five. A maioria dos sites que visito antes de iniciar meus desenhos são sobre artes e quadrinhos e estou achando tudo extremamente tedioso nos últimos tempos. Parece que a coisa não se renova nunca, é a mesma bobajada de sempre, o desenhista foda do momento com sua empáfia e aura de artista intocável. Fãs entusiasmados com mais uma bienal de hqs em BH. Tenho inveja deles, digo, dos fãs, não dos desenhistas, queria ter o mesmo arrebatamento de outrora, mas acho que o tempo roubou isto de mim. Ouve dias em que gostava muito de ir aos encontros, lançamentos de livros, conhecer ilustradores, pessoas do meio, tentar me entrosar e fazer parte. Naquela época havia o premio Ângelo Agostini, era bom assistir a premiação ao lado de artistas como o Arthur Garcia, João Pacheco e Franco de Rosa, hoje a coisa tomou dimensões, digamos, apoteóticas e apesar dos convidados internacionais de peso, não sinto o mesmo gosto. Mas sei que isto é só comigo, não consigo me adequar aos novos tempos, i-phones, e-books e sei lá mais o quê. Então talvez seja melhor mesmo eu continuar aqui, como um bloco de pedra. Hora de mudar de assunto.

Eu e verônica ficamos órfãos de Breaking Bad, a série terminou e tenho que admitir que é mesmo uma das melhores de todos os tempos e agora não temos uma boa boa opção de entretenimento no final de noite, assistimos ao piloto de Under the Dome e embora interessante, não nos pegou na veia. Teremos que esperar pela novas temporadas de Walking Dead, Homeland e Guerra dos Tronos. Isto porque gostamos de assistir as séries completas.

Nos quadrinhos estou curtindo as aventuras do Juiz Dredd.
Livros? Comecei a ler Amberville, presente da minha amiga e escritora Carla Ceres.
Cinema? Claro, fui ver o "Thor - O Mundo Sombrio", me diverti muito, gostei bem mais que do primeiro, dosaram bem a aventura, humor e ação. Depois da decepção que foi o Homem de Ferro 3, este Thor foi uma grata surpresa.

A Arte de hoje é mais um dos monstros dos meus cadernos de rabiscos.

Agora é hora de começar a trabalhar.
Até a semana que vem, se Deus quiser.


sexta-feira, 8 de novembro de 2013

CONTOS FLUMINENSES ( 06 )


Pois é, creio que os blogs estão em franca decadência a julgar pelo meu. Seria culpa das redes sociais, que muitos dizem ter engolido até o tal do twitter? Pode ser. Entrei nesta meio tarde, conforme já comentei aqui, mas lembro uma época que ao acessar as estatísticas eu chegava a ter quase 500 visualizações de página por dia, as vezes até mais, depois caiu para umas 300 e por muito tempo oscilou em umas 100, 140, por aí, agora noto que tem dia que não passa de 50 acessos. Noto que isto aconteceu depois que acionei o dispositivo de blog recomendável para adultos. Era necessário, para evitar possíveis problemas. Talvez eu esteja ficando chato, quem sabe as pessoas estejam ocupadas com coisas mais importantes. Tudo bem, eu vou ficar aqui, choramingando e colocando desenhos enquanto ainda tiver uma única pessoa disposta e ver e ler.

Ontem a noite, enquanto aguardava mais um capítulo de Breaking Bad, dava uma lida numas postagens antigas e notei alguns errinhos de texto, uma letra trocada, uma vírgula a mais ou a menos, essas coisas. Olhem que perco mais tempo revisando que escrevendo. Peço desculpas, mas acho que o que fica valendo mesmo é o espírito da coisa, né?

Bom, terminamos a semana (pouco produtiva pra mim, ando meio cansado, preguiçoso) com mais uma imagem para o livro do nosso maior escritor.

Nice weekend a todos.


quarta-feira, 6 de novembro de 2013

NEW COMMISSION: RESIDENT EVIL X ALIEN



Os desenhistas são loucos. Foi o que li num prefácio de um álbum de quadrinhos a muito tempo atrás. Autoria de um editor cuja escrita eu admirava muito, até conhece-lo melhor e notar que não passava de um boçal arrogante, lógico, pode-se ter muito talento para o que quer que seja e isto não o livra de ser um merda. Mas não há como refutar que todo artista é de certa forma um insano. Falando de artistas de um modo geral, não vamos citar o velho e querido Vincent, aí não vale, nem Kafka, nem Kubrick, mas ao ter conhecimento que Jack Kirby desenhou ininterruptamente pelo menos uma página de quadrinhos por dia ao longo de sua longeva carreira percebe-se que há algo de muito doido no meio disso tudo. E o que dizer do Corben, que além de desenhar, pintar, ainda fazia ele mesmo a separação de cores com um complicado sistema de ovelays para suas histórias, para ter total controle de seu cromatismo? Ao observar os temas violentos do Liberatore fica claro que o cara tem um parafuso a menos. Nem olhem pra mim, eu não passo de uma farsa, portanto não faço parte.
Tem que ser muito doido mesmo para passar horas e horas, semanas e meses em cima de um projeto para depois receber por ele, quem sabe, apenas uns elogios do tipo: gênio, cara foda e coisas tais, e na melhor das hipóteses uma grana, pode ser muita ou pouca, não importa, quanto vale a alma de um artista?

Não estou acostumado com commissions, fiz poucas, como não sei o quanto isto vale exatamente e meu nome não tem lá essa projeção, portanto o cliente já vem com o valor que ele pode pagar, o que na verdade não é muito, mas não podemos esquecer que vivemos no Brasil. Como estou sempre precisando de dinheiro eu topo sem discutir muito. Principalmente a peça mostrada hoje, foi criada para o irmão mais novo da minha esposa. Até agora dei sorte de me darem liberdade para eu viajar na ideia, mas já ouvi relatos de pessoas que porque estão pagando fazem mil exigências, deixando quase nenhum espaço para o artista imprimir sua marca. Ouço dizer que lá fora é uma coisa que dá muita grana, as pessoas podem pagar por isto, então... seriam estes os marchands modernos? Acho que é coisa de lunático mesmo.

Depois de muitas insistências por parte de alguns admiradores, criei uma página no DeviantART. Comecei a postar algumas ilustrações por lá, coisas que os que me conhecem por aqui já estão cansados de ver. Como a página é em inglês ainda não sei como mexer nela, há muitos recursos, parece. O retorno é até legal, já recebi alguns comentários e muitos já compartilharam. É mais uma janela para mostrar o que sei fazer. Se alguém quiser dar uma passada lá o endereço é: http://eduardoschloesser.deviantart.com/

Na verdade eu sou mais um pontinho no meio de uma vasta constelação. Tem muito cara bom lá. Muita pintura digital, algo que não domino. Não sei, sinto uma certa saturação, como se daqui a pouco fosse ter mais artistas que pessoas para apreciar (e comprar).





segunda-feira, 4 de novembro de 2013

CONTOS FLUMINENSES ( 05 )


Quase meio dia e sentando agora para trabalhar. Isso mesmo, só agora. A parte da manhã tomada por assuntos aborrecidos. Cozinhando os miolos para que uma imagem se forme no branco do papel. Tenho um texto e nenhuma ideia. Acontece. Queria algo rabiscado antes que a Vera venha me chamar para o almoço.

Bem, o desenho vai acabar saindo, mas este blog tem que ficar atualizado. Não há razão para que não esteja. Mais umas ilustras do livro Contos Fluminenses.


sábado, 2 de novembro de 2013

COMMISSION O3: BEYOND GOOD AND EVIL.



Bom dia a todos. Sabadão incomum aqui no Jaboatão, mormaço, muitas nuvens no céu, algumas gotas constrangidas de chuva, como aquelas pessoas que tentam animar uma festinha morna, sem sucesso. É feriado, dia dos mortos, ou para ser menos lúgubre, dia de finados. O dia em que minha avó materna estaria completando anos, se estivesse viva. Ouve um tempo em que eu não conseguiria sequer escrever estas palavras sem verter lágrimas, mas o tempo, inexorável, fechou esta ferida, deixando no lugar uma feia cicatriz.

Esta postagem era para ter sido feita ontem, mas tive que ir à sede da editora para assinar um monte de papéis e conversar sobre alguns novos projetos, e o que era pra ser uma coisa breve, acabou por me tomar a tarde inteira. Ouve uma chuva caudalosa, bem incomum para esta época do ano. O metrô lento e lotado, mais um trânsito arrastado e uma fila do caralho para pagar uma conta na lotérica, só me permitiram chegar em casa de noite, fatigado, faminto e louco por um banho. Sabem, detesto o dia em que não produzo nada. Contudo, sempre levo meu sketchbook aonde quer que vá, desta feita, mesmo em movimento consegui rabiscar algumas bobagens.

Antes de dormir tentei relaxar lendo ao "Juiz Dredd - Origens", especial que a Mithos lançou com o policial mais fodão de Mega City Um, que um amigo me emprestou. Muito, mas muito bom! Pena que este terá que ficar fora da minha coleção, caro demais pro meu bolso, que atualmente anda em recessão.

A arte de hoje é a terceira personagem de um game. Fechamos esta série.

Bom fim de semana.


A VIDA E OS AMORES DE EDGAR ALLAN POE COMENTADO PELO ESCRITOR E POETA BARATA CICHETTO

 O livro que tive o prazer de trabalhar ao lado do ficcionista Rubens Francisco Lucchetti intitulado A VIDA E OS AMORES DE EDGAR ALLAN POE, ...