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terça-feira, 28 de abril de 2015

NOITE NA TAVERNA (CENA 6)

Bom dia a todos.

Não tem jeito, apesar de toda a proteção, sempre aparece, cedo ou tarde, a porra de um vírus no computador. A mente que concebeu este tipo de coisa deve ser bastante diabólica (coloco no presente pois tal pessoa - ou pessoas - deve(m) estar viva(s) ainda). Imagino os criadores dos vírus de computador como piratas na antiguidade ou os pichadores em nosso tempo. Há quem diga que essas pragas são criadas pelas mesmas empresas que vendem os anti-vírus. Sei lá, não duvido de mais nada.

Aquelas mesmas porcarias de reclames no alto de cada página que abro apareceram assim, do nada. Entrei numa página qualquer domingo a tarde e meu anti-vírus comunicou uma ameaça e avisava que já a tinha removido. Depois disso voltaram as tais propagandas de produtos milagrosos e bundas oferecidas. Não vou nem esquentar a cabeça por hora pois preciso do PC para trabalhar e não tenho como reformatá-lo no momento.

A Escrava Isaura foi entregue. Ao que tudo indica será mesmo o último clássico que desenho para esta editora. Optei por trabalhar nela com um pincel mais grosso, com menos detalhes que normalmente coloco em artes assim. Quis uma personalidade mais forte para esta obra, nada de delicadezas, antes, um certo tormento.

Mas não chorem, tenho vários livros ilustrados ainda não mostrados aqui que darão o ar de sua graça no devido tempo, se o Todo Poderoso assim o permitir, como mais esta cena de Noite na Taverna.

Uma boa semana pra vocês.

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quinta-feira, 23 de abril de 2015

EDGAR ALLAN POE FINALMENTE CONCLUÍDO!!!



Acho que foi no fim de 2009 que o quadrinista e editor, Franco de Rosa, entrou em contato comigo e me perguntou se eu estaria disponível para fazer uma biografia em quadrinhos do poeta americano Edgar Allan Poe roteirizado pelo famoso Rubens Francisco Lucchetti. Naqueles dias eu dispunha de mais tempo e embora a vida nunca fosse mansa, fã do Poe, não pestanejei. Fiz uns esboços e não sei se falaram pra fazer média comigo mas fui eleito para a tarefa disputando com feras do naipe do Mozart Couto.
Prometeram um adiantamento em dinheiro para que eu metesse bala, uma quantia bem significativa que nunca veio. Isso porque a editora que o lançaria, uma das gigantes do mercado, passava por mudanças editoriais no período. Depois a tal editora, sei lá porque, desistiu do projeto e eu que já havia desenhado mais de 15 páginas, continuei desenvolvendo mesmo sem ter grana. Tinham pressa, pois queriam lançar o álbum em comemoração aos 200 anos de nascimento do Poe... e não aconteceu!

MAS PORQUE DEMOROU TANTO PARA FICAR PRONTA?
Três motivos:
1 - Trabalhos remunerados que me chegavam às mãos começavam a se acumular e tive que fazer inúmeras interrupções, algumas até de vários meses. Teve ano que mal peguei na história.
2 - O roteiro do Lucchetti tinha só 56 laudas, mas tantos detalhes contidos em uma única página, as vezes também em um único quadro, me fizeram estender uma página de roteiro para até 3 páginas de desenho, na maioria das vezes. Fiz isso para que a narrativa ficasse bem fluída para o leitor.
3 - A técnica que adotei, um lápis com subtons, se mostrou extremamente cansativa com o passar do tempo. Na boa, não farei mais quadrinhos longos usando este método.

Ao longo desses quase seis anos, muitas promessas foram feitas e nenhuma cumprida, houve bastante pressão para que eu não ultrapassasse um determinado número de páginas (queriam que ficasse com no máximo 80), o roteirista cogitou passar o roteiro para outro desenhista, depois voltou atrás e tantas outras coisas mais que nem vale a pena citar.

Nesse meio tempo o Franco não fez mais parte do projeto, os contatos que o Lucchetti tinha acabaram sofrendo com a atual crise, o que coloca o Poe, talvez, no limbo mais uma vez, assim como vários outras obras em que trabalhei.

Mas o importante foi ter encerrado. Fechei com 160 páginas.

Olhando-as todas hoje, embora tenha bons momentos, me vem a forte tentação de retrabalhar algumas cenas, a maioria, na verdade. Mas não vou mexer, acho que cada arte reflete o momento da pessoa que a executa. Fica como está. Da minha parte, respiro aliviado. Claro, ainda falta elaborar a capa e outros detalhes, mas isto é o de menos. Penso nisso quando alguma editora começar a pós-produção.

Conforme a coisa for andando eu dou notícias por aqui.

Amanhã já é sexta, então um bom fim de semana a todos.


sexta-feira, 17 de abril de 2015

O TEMPO NÃO TEM PIEDADE.

Ouço Supertramp sem certeza do que escrever aqui, quer dizer, sei o que quero mas não sei como fazê-lo. Esta semana li um artigo sobre o Carlos Imperial e me reportei a um passado distante quando morei no Rio de Janeiro e logo me veio uma inspiração para mais algumas memórias, mas tinha (tenho) muito trabalho e a inspiração passou e é horrível quando isto acontece, fica a vontade de por pra fora o que está te incomodando mas não tem as palavras certas para tanto.

Bom, vamos começar pelo Supertramp até chegar ao Carlos Imperial.

Conheço a banda desde o anos 70 e foi no Rio, num dos piores momentos que lá vivi que a banda lançou um de seus melhores álbuns (na minha opinião), o Famous Last Words, para não muito tempo depois anunciar a saída do Roger Hodgson, o melhor compositor e a voz aguda do grupo.
O Supertramp, ao meu ver, é uma prova cabal de que nem tudo o TEMPO consegue embolorar. Claro, não são todas as músicas, é o tipo de grupo onde eu só aproveitava parte da produção num disco, as demais eu pulava a faixa, geralmente as compostas pelo Rick Davis, a outra metade criativa.
O vídeo postado aqui anunciava a minha decisão de abandonar a solidão vivida na Cidade Maravilhosa para retornar ao Planalto Central.


Meu tempo no Rio iniciava o período de abertura política no Brasil onde os milicos trouxeram de volta tipos como Leonel Brizola e tutti quanti e também marcava o princípio da proliferação da pornografia no país. Revistas mais ousadas começavam a aparecer nas bancas de jornais e os filmes brasileiros aos poucos iam apimentando suas produções com cenas de sexo explícito. Claro, os filmes mais vagabundos, as obras (se é que podemos chamá-las assim) de Walter Hugo Khouri e Arnaldo Jabor tinha uma pitada mais "intelectual".

Claro que um jovem como eu corria nos cinemas para olhar as gostosas no telão. Aldine Mullar, Matilde Mastrangi, que inclusive foi jurada do show de calouros do Sílvio Santos, eram algumas das beldades, em produções das mais rasteiras, que não me escaparam à vista.

Eu nunca fui com a cara do Carlos Imperial, uma figura onipresente nos programas do Bolinha, Chacrinha, Sílvio Santos e mais uns tantos. O cara fez de tudo um pouco (ou muito), foi jornalista, fez programas de rádio, colunista de revistas de fofoca, dirigente de futebol, político, compositor (é dele a Praça, interpretada pelo Ronie Von), envolvido com teatro, tv e cinema. Lançou para o mundo o Tim Maia, Roberto e Erasmo, Eduardo Araújo, Simonal, Elis Regina, Dudu França e vários outros.
Nunca suportei tipos que fazem o gênero cafajeste, que falam mal de uma pessoa em evidência para aparecer e desfilam com um time de mulheres pra dizer que é o tal.
Falam que o boato da cenoura que quase destruiu a carreira do ator Mário Gomes foi inventada por ele e difundida pelo Daniel Filho. Não duvido nada.

Certa vez, passando por Madureira fui até o cinema assistir alguma coisa e vi o cartaz de um filme intitulado "Mulheres, Mulheres", escrito, produzido, dirigido e interpretado por Carlos Imperial. Não haviam imagens no cartaz, apenas frases, lambedoras de saco, de celebridades da tv do naipe de Chico Anísio. Entrei pra conferir. Na verdade eu tava muito afim de assistir um filme de sacanagem brabo, mas sacanagem mesmo foi ver o Imperial com visual de Capitão Caverna, aquela barriga imensa, pau mole, fingindo que tava comendo todas aquelas gatas... e teve ainda um discurso gradiloquente sobre o orgasmo. Nunca tinha visto nada tão patético, filmes deste tipo tendem no mínimo a ser engraçados devido a direção capenga e a canastrice dos atores, mas aquele pretendia (me pareceu) se levar a sério.

Assistindo algumas entrevistas do cara hoje, ele parecia ser boa praça, com muitas histórias pra contar. Sabe-se lá se no convívio íntimo era um cara legal e só interpretou um personagem para se manter no foco das pessoas. Vai saber. Ele morreu aos 55 anos. Não lembro do fato ter sido badalado.

Relembro isso tudo para constatar que é bem possível que sem caras como o Imperial o cenário cultural brasileiro poderia ser bem diferente, para o bem e para o mal. O politicamente correto atual não o permitiria ser quem foi. Prova disso é o vídeo abaixo. Se a coisa foi como ele relata mesmo, mostra que a inconsequência dele não conhecia limites.




terça-feira, 14 de abril de 2015

NOITE NA TAVERNA (CENA 5)

Bom dia a todos.

Trabalhando a todo vapor, só passo por aqui, mais rápido que o Flash, para postar mais uma arte para vocês.

Beijos e abraços.




quinta-feira, 9 de abril de 2015

MAIS CENAS DA BÍBLIA 3 (AINDA INÉDITA)



A Bíblia 3 nunca viu a luz do dia. Verá ainda? Eu espero que sim.

Já fiiz postagens falndo a respeito do projeto Bíblia, se você não leu e tem curiosidade de saber do que se trata é só acessar o link abaixo para ler a primeira parte:

http://eduardoschloesser.blogspot.com.br/2011/01/biblia-01.html

Aqui, para ler a segunda parte:

http://eduardoschloesser.blogspot.com.br/2011/01/biblia-2.html

E este é para ler a terceira:

http://eduardoschloesser.blogspot.com.br/2011/05/biblia-tres-jesus-cristo.html

Hoje, mais umas cenas desta obra que espero ver publicada um dia, é só os direitos voltarem para as minhas mãos.

Abraços nos rapazes e beijos nas garotas.
Um ótimo final de semana a todos.




segunda-feira, 6 de abril de 2015

NOITE NA TAVERNA (CENA 4)

A Páscoa de vocês foi boa? A minha foi legal, apesar das apreenções destes tempos. Houve um peixe deliciosamente preparado pela minha sócia, Verônica.
Hoje, mais um desenho para o clássico do Álvares de Azevedo.


Recebi uma mensagem do meu amigo Luca, o escritor de alguns contos de Zé Gatão já postados neste blog. Vou reproduzír o texto aqui. Mostra que pessoas improváveis (por não lerem quadrinhos normalmente) se interessam pelo universo antropomorfo que criei.
Tem ainda uma análise que ele faz da HQ Pintura de Guerra, que criei numa outra vida.

"Velhão,
O que começou timidamente em fevereiro de 2014 está parecendo que vai render alguns frutos em 2015. Trata-se do nosso felino taciturno! Cismei em publicar Cloaca dos Mares no Face para as pessoas da minha lista lerem. Antes fiz uma introdução do personagem, do seu criador e da trajetória de ambos. Teve retorno com alguns comentários e curtições. Então publiquei o primeiro episódio do longo conto. O retorno foi pífio! Resolvi publicar toda a saga para minha prima do Rio de Janeiro. Dividi a trama em 15 partes e fui publicando paulatinamente até o Gran Finale! Minha prima amou e se tornou fã incondicional do felino sorumbático! Com isto, animei-me a publicar outros contos exclusivamente para ela. O retorno foi auspicioso! Então me  veio outra cisma! Publicar o excelente conto do meu brother Eduardo  Schloesser, criador do Zé Gatão...! Denominado Mundo Cão! Sucesso! Minha prima amou e até o compartilhou! Resolvi então fazer outra experiência! Fiz outra breve introdução de criador e criatura e enviei MUNDO CÃO para um querido amigo chamado Bruno. Um cara muito gente boa, músico. Tem uma banda que se apresenta na cidade. Ele vibrou com a trama e os desenhos e pediu mais! Hoje 03/04 mandei a ele Néctar, Ambrosia e Fel que além de ser um dos meus contos preferidos, trata de música, DJs, bandas e shows! Coisas que fazem parte da realidade deste nobre amigo!
Bem, meu velho...sei que possivelmente tudo isto não redundará em ganho financeiro pra ninguém. Ao menos é mais uma tentativa de divulgar o personagem. Só isto me conforta e dá sentido ao nosso trabalho e ao nosso esforço conjunto que de alguma maneira mantém o felino visível mesmo que de maneira restrita, como aliás sempre foi a trajetória dele. O underground do underground!

Lucão."


"Pintura de Guerra tem um idealismo que hoje sabemos que é puro sonho. Não importa quem esteja no poder. Direita, Esquerda.Centro-esquerda, Centro-direita, Terceira Via...! É tudo farinha do mesmo saco querendo se locupletar e aproveitar as benesses do poder. o resto que se foda. O tigre representa a Utopia raivosa que reage com violência às injustiças do mundo, Zé Gatão é a desilusão, o ceticismo, a visão nua e crua da vida...com certa ilusão e muitas dúvidas e incertezas em relação à sua vida pessoal o que torna sua existência vazia e caótica. Duas figuras equidistantes como vinagre e azeite. Impossível que fossem aliados! Uma bela aventura.
Luca."


quinta-feira, 2 de abril de 2015

POE, NOVA INTERRUPÇÃO.


A Escrava Isaura chegou, graças a Deus, o que justifica o título desta postagem. Priorizar é preciso, afinal, minhas contas já estão se acumulando e o dinheiro que será pago por este livro não dará conta de tudo, mas é o que tenho em mãos por enquanto.


O velho projeto Poe, que já entra no sexto ano de produção, terá que aguardar eu terminar de ilustrar a saga da escrava branca. Este é o principal motivo pelo qual a biografia em quadrinhos do autor de O Corvo demora tanto chegar ao público, ele, por enquanto, não me rende um único centavo e eu preciso sustentar minha família. Para desespero do roteirista R. F. Lucchetti, levarei mais um tempo até desenhar as últimas páginas e finalizá-las. Conciliar as duas atividades é impossível sem comprometer a qualidade de ambas, não tenho mais trinta anos.


Escrava Isaura, lembro bem da novelinha global que fez tanto sucesso com Lucélia Santos e Rubens de Falco; naqueles dias em que eu era adolescente nunca pude imaginar que um dia eu ilustraria o livro. Como o tempo passa!

Este ano não teremos aquele peixe no almoço com a sogra e meus cunhados, nem ovos de chocolate, devido a tragédia que se abateu sobre a família da Vera a pouco menos de um mês, mas a você que comemora a Páscoa, desejo muitas alegrias.

Se Deus permitir, nos falamos de novo na próxima semana.

A VIDA E OS AMORES DE EDGAR ALLAN POE COMENTADO PELO ESCRITOR E POETA BARATA CICHETTO

 O livro que tive o prazer de trabalhar ao lado do ficcionista Rubens Francisco Lucchetti intitulado A VIDA E OS AMORES DE EDGAR ALLAN POE, ...