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sábado, 31 de dezembro de 2022

ADEUS 2022 E FELIZ 2023 !

 Boa noite a todos!

Pelo horário que marca aqui no meu notebook, daqui há umas duas hora e quarenta minutos o ano de 2022, pelo calendário ocidental, se despede. E para mim, não deixa saudades. Isso porque todos os anos após os eventos nefastos de fevereiro e abril de 2021, que roubaram as cores e o brilho da minha vida, serão iguais, com seus altos e baixos, mas sempre iguais. 

Não faço balanço dos eventos do ano aqui, apenas venho falar brevemente com vocês em respeito e gratidão por estarem sempre me prestigiando com suas visitas à espera de algum texto ou desenho. 

Foi um ano de lutas, como sempre, mas dessa vez mais cansado e um tanto mais calejado e, talvez, alheio a tudo. 

Queria ter concluído os projetos iniciados com os parceiros roteiristas mas não foi possível. RASTREADORES DE ALGURES faltando uma única página para fechar a primeira parte (queria ter consumado hoje mas os eventos desta manhã e tarde me impediram). O trabalho com o cineasta Claudio Ellovitch tarda mas segue firme e no momento compete com os roteiros do editor e roteirista Reginaldo Carlota (vem coisa forte por aí).  Mas felizmente Os Mitos Gregos para a Ciranda Cultural vão de vento em popa. TESEU E O MINOTAURO e OS DOZE TRABALHOS DE HÉRCULES já foram entregues e sigo labutando em DÉDALO E ÍCARO.

A despeito disso tudo, o dinheiro pago por esses empregos não é suficiente para sanar as minhas dívidas, boletos e juros são mais poderosos que meus esforços; minha saúde segue declinando, minhas costas parecem frágeis, tem dia que está ok e no outro quase não posso dobrar meu torço. Meus pés estão inchados e há uma fadiga mental e física onipresente provocada não só pelo excesso de trabalho mas pela pressão cotidiana.

No campo pessoal eu tive esperança que as 30 cópias (sim, só 30 cópias!) de ZÉ GATÃO-SIROCO fossem publicadas esse ano mas está provado que o caminho desse felino é forrado de pedras, cardos e abrolhos. Nada resta a não ser esperar.

Se há algo a acrescentar, eu diria que o ano de 2022 me convenceu de que o crime compensa e o mal triunfa. Isso é desalentador, mas os familiares que me restam e os poucos amigos que conto na minha mão direita estão bem, isso equilibra tudo e sou bastante grato ao nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. 

Dito isso, mais uma vez agradeço a todos que vem aqui para ler um pouco dos meus desabafos e ver meus desenhos e desejo de coração que Deus, no ano de 2023, os mantenham firmes e íntegros, com saúde e disposição para as batalhas que estão por vir e que proteja a seus familiares e amigos.

Rastreadores de Algures em uma agradável tertúlia entre uma aventura e outra. 

E gratidão aos que torcem e oram por esse pecador que vos escreve.

Beijos a todos e até o ano que vem!





quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

O NATAL DE 2022 E MAIS DESENHOS PARA UM LIVRO DIDÁTICO DE PORTUGUÊS NUNCA PUBLICADO


 Antes de mais nada deixa eu informar aqui que digito esse texto com uma violenta dor na região lombar; sim, mais uma vez um acidente besta e os que me acompanham há tempos já me leram nesta mesma situação, pareço ter os músculos dessa região fracos, ou isso ou devo ter algo errado entre as minhas vértebras, segundo suspeita de um preparador físico conhecido meu. Segundo ele eu deveria investigar; claro, mas cadê o dinheiro para consulta e exames? E o pior é que eu não posso ficar esticado na horizontal para repousar, tenho um prazo aqui se quiser ter dinheiro para janeiro. É a história de sempre, deixa pra lá. Talvez eu melhore logo, talvez não.

O desenhos de hoje fazem parte de uma série criada para um livro didático de ensino médio que nunca será publicado. Os dois foram feitos para se complementarem, um seria na página par e outro na ímpar. 

Pois é, o Natal, né? O que dizer sobre o Natal que eu já não tenha dito em anos anteriores? Aliás, nem lembro do que escrevi sobre esta data no ano passado. Posso afirmar que os natais dos quais lembro não foram lá muito felizes. Meu pai sempre dava um jeito de estragar tudo por coisas bobas, era do temperamento autocrático dele querer tudo da maneira dele, na hora dele em descompasso com minha mãe que queria cear na hora certa com todos ao redor da mesa. Havia em casa sempre que possível uma árvore de natal, uma mesa farta (ela sempre foi um primor de cozinheira) mas invariavelmente tudo acabava em alguma discussão que afugentava o espírito natalino. Por isso eu e meus irmãos nunca tivemos esse ânimo para comemorar ou dar a importância devida. 

Espremo o cérebro aqui e não lembro de muitos natais, mas não posso esquecer o do ano de 1974,eu acho. Passamos na casa do professor Abreu, um velho amigo do meu pai, com a família dele em Santana, SP. Recordo do clima de harmonia e uma certa paz estranhamente inédita.  Outro inesquecível foi no ano de 1987 em Brasília, por estar apaixonado por uma mulher que no ano seguinte me desprezaria. 

Os anos 1990 em São Paulo, claro, também, entre altos e baixos ficaram presos na memória mas não tem nenhum fato marcante, exceto talvez o do ano de 1998, onde depois de muito tempo conseguimos reunir toda a família, meus pais, todos os irmãos e minha filha. Verônica (na época, minha namorada) estava junto.

Os últimos natais tem sido mais frios. Por esta razão é que ao lembrar daqueles anos passados, apesar de momentos sofridos, eu me dou conta do quanto eu fui feliz (e eu tinha consciência disso) pois eu, meus pais, meus irmãos, estávamos todos juntos, éramos jovens e havia muita esperança em algo intangível, algo que nem mesmo sabíamos o que era, mas estávamos dispostos a lutar por ele. Esse algo, era possivelmente um trabalho, viver dignamente dele, formar família, ter um lugar na sociedade e fazer a diferença. Os anos avançaram e cada um de nós tomou algumas decisões erradas e pagamos o preço por isso, mas sempre lutando para não esmorecer e não nos acomodarmos a uma situação desconfortável. Algumas contendas vencemos, outras perdemos e assim é a vida.

Hoje, claro, não é mais possível eu ser feliz (digo, plenamente dentro do possível), ou ter um Natal feliz, pois neste quebra cabeças da minha existência faltam duas peças muito importantes, peças centrais que não podem ser repostas: minha mãe e meu irmão. A ausência deles torna, como já asseverei aqui, a vida sem cor nem sabor. 

Mas mesmo insossa e em preto e branco há uma vida a ser vivida (não tenho escolha) e lembro do que minha mãe me disse certa vez, é o aniversário do Salvador do mundo, mesmo que a data não tenha sido exatamente o dia 25, foi a data escolhida pelos homens e portanto, deve, sim, ser comemorada. Pouco importa que a maioria nem se dê conta disso e use a data para alavancar o comércio, é o momento em que, quem pode, se reúne com amigos e familiares. Concordo com ela, eu brindo a Ele no meu silêncio e na minha solidão (falo da solidão da minha alma individual, lógico, fisicamente, Verônica está sempre ao meu lado), minha oração a ELE é sempre de gratidão por tudo e pela promessa que ELE fez de que eu nunca estaria só e nada me faltaria, juramento esse, eu sei, sempre cumprido apesar de todas as minhas falhas.

FELIZ NATAL A TODOS VOCÊS! 

Obrigado a todos pela gentileza de vir aqui e ler as coisas que escrevo.

Até a próxima!






  

terça-feira, 13 de dezembro de 2022

ARTES ESQUECIDAS ( 1 )

 Boa tarde a todos!

Sim, é isso mesmo, eu demoro a vir aqui e gostaria que esse nosso encontro fosse semanal, mas está difícil! O motivo, lógico, é sempre o mesmo: trabalho, trabalho e trabalho. Só parando para comer, tomar banho, dormir (pouco, devo acrescentar) e eventualmente ir à rua para comprar algo ou pagar algum boleto. Agora sei como o mestre Jack "the king" Kirby se sentia ao trabalhar diuturnamente em suas páginas de diversos projetos para sustentar sua família. Sei disso porque li uma biografia dele em quadrinhos faz um tempo. Pelo menos imagino que ele ganhava melhor que eu por sua rica produção. Ele acabou tendo um infarto que encerrou sua prodigiosa carreira aos 76 anos; terei eu o mesmo fim? Fui informado que as chances de sofrer um ataque cardíaco é maior em pessoas que trabalham muitas horas sentado. Noto meus pés inchados e escuros....essa tristeza que teima em me acompanhar todos os minutos do meu dia (e noite). Ah, sei lá, tanto faz.

Como se não bastasse eu estar comprometido com três projetos simultâneos, acabei arrumando mais um cliente para poder dar conta das minhas despesas, mas não consigo acelerar o processo, então as contas chegam mais rápido do que os pagamentos por minhas páginas de quadrinhos e os juros, como bolas de neve, sempre me colocam no fim da fila. 

Isso não seria problema se o preço por página fosse alto, mas é inútil falar sobre isso, as seis décadas recém completadas no último dia cinco me lembram de que certas coisas nunca mudam.

Bem, é isso, a boa notícia é que tem material desenhado por mim para ser publicado em algum tempo no futuro: Rastreadores de Algures (primeira parte quase no fim), o projeto que envolve cinema (na metade), Os Mitos Gregos (devagar e sempre) e esse novo que o editor e roteirista pede segredo. A má notícia é que meu último trabalho pessoal - Zé Gatão Siroco - continua no limbo, nenhuma notícia por parte da Atomic. Continuo aguardando. 

A borrasca que de quando em vez teima em naufragar a minha nau deu uma trégua, mas as nuvens negras continuam no horizonte.

Bem, falemos de uma novidade bem velha: eu procurava alguma coisa que agora não lembro mais em uns envelopes antigos e me deparei com um material que tinha me esquecido totalmente. No período que ilustrei os clássicos da literatura brasileira para a Editora Construir (antes que alguém me pergunte, eu respondo: NÃO! A editora nunca mais entrou em contato para falar sobre os 23 tomos restantes nunca publicados!) fiz também várias ilustrações para um livro didático de português.

Segundo os editores, esse livro foi abortado (por sei lá que motivo) embora eu tenha sido pago pelos desenhos.

Gosto bastante desses traços, são mais soltos, cartunescos. Uns eu mesmo desenvolvi a partir dos textos, outros foram sugeridos pelos professores. Na verdade não lembro mais dos detalhes nem o que cada ilustração remente a quê, mas depois de tantos anos acho que posso publicar aqui.

Pretendo fazer breves postagens divulgando alguns deles futuramente.

A primeira é esta que mostra dois ícones da televisão. Conseguem identifica-los?

Beijos a todos e até a próxima!










A SAUDADE É MAIS PRESENTE QUE NUNCA

   No momento que escrevo essas palavras são por volta das 21h do dia 21 de abril. Hoje fazem três anos que o Gil partiu, adensando as sombr...