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domingo, 25 de dezembro de 2016

FELIZ NATAL!

É natal de 2016.

Sinto-me em paz esta manhã. Antes de ligar o computador rabisquei este pitbull enquanto matutava umas ideias para uma próxima aventura de Zé Gatão. Levei uns dois minutinhos no processo.


Nem preciso me perguntar porque continuo criando novas narrativas do felino, é porque algo em mim (um algo inexplicável) exige que eu faça, é como aquela válvula da panela de pressão, uma medida de segurança contra a loucura, é o único motivo, pois pensar que meu trabalho autoral seja aceito pelo grande público é algo quimérico. Tanto assim que a campanha lançada no Catarse naufraga em meio ao mar encapelado do descaso. Só mesmo um milagre para que atinjamos a meta proposta para que aquele álbum seja republicado com um melhor acabamento gráfico. Pra ser bem sincero, nem me importo mais, com Zé Gatão já provei a mim mesmo as minhas capacidades como ilustrador e contador de histórias. Cinco álbuns (três deles publicados por editoras com forte nome na praça) não é para qualquer um. Fiz o que tinha que fazer.

Mas o legal mesmo na campanha foi ver as artes que fans e colegas de profissão fizeram para ilustrar as postagens de divulgação. Muitos talentos dando sua visão do personagem como podem constatar na galeria abaixo. A cada um dos artistas, a minha sincera gratidão.

Carlos Eduardo Cunha

Everton Veras

Marcelo Morgolfin

Marcelo Morgolfin

Verônica Saiki

Cayman Moreira

Glaydson Gomes

JC Juncom

Marcio de Macedo

Rom Freire

Erik Blake

Daniel Arcos
Mira Verner

Desejo a todos um excelente dia de Natal e que 2017 seja um ano melhor para todos, com muitas alegrias e realizações. Sejamos otimistas, fortes e trabalhadores.

UM GRANDE BEIJO A TODOS e até o ano que vem!

domingo, 18 de dezembro de 2016

A ESCRAVA ISAURA ( CENA 1 ).


Hoje o dia amanheceu nublado. Bem atípico nesta época do ano, pelo menos aqui no Jaboatão. Depois o sol brilhou com intensidade. Ontem não foi diferente, caíram duas chuvas poderosas e barulhentas que duraram poucos minutos, uma de manhã, outra a tarde. Nas duas ocasiões faltou energia elétrica. É horrível ficar sem luz. Meu trabalho que está sempre atrasado tornou-se mais moroso ainda. Aproveitei o tempo livre para ajudar a Verônica a fazer uma torta de banana. Ficou uma delícia!

Hoje minha rotina foi esquisita, trabalhei na HQ atual e parece que eu me movimentava em câmera lenta. Pensei: tenho que atualizar o blog, mas para falar o quê? Quando estou agoniado com um prazo apertado minhas ideias embotam. As horas passaram e a tal página ainda não foi concluída, mas não dormirei enquanto não acabar, falta pouco, o último quadro da página 14 é o mais detalhado; fiz uma pausa para escrever aqui e comecei sem saber o que falar ou o que mostrar.

A Escrava Isaura foi o último livro clássico que ilustrei para a Editora Construir, eu selecionei algumas imagens para exibir a vocês mas pretendia fazê-lo apenas a partir de janeiro do próximo ano. Resolvi antecipar mais pela falta de assunto do que qualquer outra coisa. Para esta história eu procurei usar apenas pincel, fazer um traço mais sujo.


Quando estamos diante de uma pessoa e não temos o que dizer, falamos sobre o tempo, foi como comecei esta postagem. Mas a minha falta de inspiração tem mais a ver com a pressão do trabalho, não fosse isso eu seria bem tagarela, vocês sabem.

Boa semana a todos.

domingo, 11 de dezembro de 2016

DISCOS QUE ME MARCARAM ( QUEEN - NEWS OF THE WORLD )


Nestes dois últimos meses tenho me concentrado em uma história em quadrinhos encomendada e o prazo vai chegando ao final, eu como sempre estou atrasado, nunca consigo manter um ritmo. Por conta disso algumas postagens vão sendo adiadas, como esta série que me propus: falar sobre obras que me marcaram (filmes, livros, discos, hqs e etc).

Hoje vou comentar sobre uma das minhas bandas favoritas: Queen!

Em 1977 eu era viciado em Beatles, não ouvia mais nada, sem grana pra comprar os LPs (só tinha uns dois ou três discos do Fab Four) o que me restava era gravar fitas cassetes na casa de amigos que tinham mais recursos que eu. Meu gravador para reproduzir as músicas era uma bosta, ele vivia faminto e devorava as minhas fitas quase sempre.

Eu frequentava a casa de um amigo de colégio conhecido como Helinho, um grande cara, bem diferente dos imbecis a que estava acostumado em salas de aula, nossos papos sobre os mais diversos assuntos duravam horas. O foco principal era na maioria das vezes sobre música, ele era uma espécie de enciclopédia no assunto. Ele morava na SQN 306 e seu pai era militar, a casa dele cheirava fortemente a cachorro, eles tinham um poodle e não deviam perceber o aroma canino que se espalhava pelos aposentos. Nada disso importava, entretanto, eu estava sempre lá, no quarto dele, enchendo o saco, ouvindo-o falar sobre rock, tinha centenas de discos e posters de bandas colados na parede. Ele era bom percussionista, fez parte da banda Obina Shok e chegou a excursionar com Gilberto Gil, alguns anos mais tarde.


Foi o Hélio que me apresentou ao Queen. A primeira coisa que me chamou a atenção foi a capa, do disco. Aquele robô (arte pintada por Frank Kelly Freas, um dos medalhões das artes de si fi das antigas), me causou poderosa impressão. Ao ouvir o disco fui como que agarrado pelas bolas; o lado A começava com a poderosa We Will Rock You (eu nunca tinha ouvido nada parecido!) e já emendava com a melódica We Are The Champions. Foi amor à primeira audição. Não lembro mais como consegui comprar o meu disco, mas em casa eu não ouvia outra coisa, o quarteto de Liverpool acabou ficando em segundo plano. Spread Your Wings era a minha predileta do LP.

Não demorou para eu ter todos os discos da banda, o meu preferido é o A Day At The Races, mas sobre ele talvez eu fale um outro dia.

Tenham todos uma ótima semana.


domingo, 4 de dezembro de 2016

54 ANOS.



Rafael Anderson


Todo ano eu luto brava e desesperadamente para que o cinco de dezembro não chegue, mas sou sempre derrotado de forma vergonhosa. Não tenho como evitá-lo e se possível fosse eu não me lembraria, o dia passaria despercebido e eu ficaria bem. A sensação de tempo passando veloz é algo estranho, O tal dia cinco arromba a porta e avisa que o fim está cada vez mais próximo.

Eu nunca gostei do meu aniversário, não sei explicar bem porque, acho que já falei isto aqui, me sinto como se meu lugar não fosse esta terra, é como se nossa nave tivesse dado pane e eu, meus pais e irmãos tivéssemos sido obrigados a nos exilar aqui. Ao menos eles parecem ter se integrado bem a este mundo.

Também nunca fui de comemorar aniversários. Para isto é bom estar cercado de amigos e ao longo de minha vida eu nunca tive muitos. Culpa minha, talvez, sou fechado demais - ou seletivo em demasia.
No dia 5, quando solteiro eu dizia para minha mãe não fazer nada especial, gostava de sair sozinho e ir ao cinema, comer algo num lugar do meu agrado, estar a sós com Deus. Me lembro de certa vez ter ido ao Parque da Cidade em Brasília em 1988. Eu estava péssimo por causa do rompimento com uma namorada e fiquei recluso num canto do parque, sentado na grama, sentindo o sol, cercado de árvores, era de manhã e o local estava deserto, comecei a falar com meu Criador. De algum lugar veio um cara e eu só percebi quando ele já estava bem perto. Porra, pensei. "Ei, cara, cê é crente?" perguntou ele. Nunca gostei deste rótulo, mas respondi que era. Ele se sentou do meu lado e começou a falar de seus problemas, disse que precisava de oração. Conversei com ele, orei por ele e ele se foi satisfeito. Voltei para casa e minha mãe que nunca atendeu meus pedidos fizera uma bela lasanha para o dia não passar em branco. Sou um cara abençoado e resmungão.

De uns 15 anos para cá tenho sentido vontade de comemorar meu aniversário. Mas agora parece tarde. A família e os poucos amigos estão longe, dispersos.

Este ano se fosse possível eu reuniria alguns amados para estar comigo amanhã para comer beber e nos alegrarmos. Além da minha esposa e seu irmão Fellipe, minha mãe, meus irmãos com suas esposas e filhos, claro, eu queria que minha filha Samanta estivesse junto. Não vou citar nomes, mas eu convidaria um amigo de infância, o editor da Devir, um cineasta independente, uma poetiza de Piracicaba e seu marido, o criador do Zoo, uma querida que mora na Alemanha, um artista brasileiro que mora na Suíça, um amigão de Val Paraíso, um roteirista aqui de Recife e um amigo que mora em Ceres, Goiás. Seria muito legal reunir esta turma e vê-los se entrosarem. Não será possível, mas os trago em meu coração, sempre.

Falei para a Verônica que não precisa fazer nada especial amanhã, mas ela é como minha mãe, nunca me atende nestas ocasiões, então vou relaxar e comer, beber e agradecer a Jesus por mais este ano.

Por conta da campanha no Catarse (que está estagnada, ou a turma está sem dinheiro ou meu trabalho não é tão popular quanto eu pensava) tenho recebido fanarts de um bocado de gente talentosa.

Acima e abaixo alguns para a galeria.

Um beijo a todos e nos falamos de novo na semana que vem, se Deus quiser.

Lorde Lobo

Adriano Sapão

Gerso Witte

Luciano Félix

Mauro Barbieri

Sandro Marcelo

Ton Marx

Walter Júnior

Alexandre Vegh

Elton Ellon


A VIDA E OS AMORES DE EDGAR ALLAN POE COMENTADO PELO ESCRITOR E POETA BARATA CICHETTO

 O livro que tive o prazer de trabalhar ao lado do ficcionista Rubens Francisco Lucchetti intitulado A VIDA E OS AMORES DE EDGAR ALLAN POE, ...