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quarta-feira, 27 de março de 2013

IRACEMA ( 02 )



Já está se tornando hábito minhas segundas-feiras serem tormentosas, uma boa forma de começar a semana, cheio de adrenalina. Contudo, não vou relatar, sob risco de parecer repetitivo; pra piorar ontem a tarde não estava conseguindo acessar o blogger, só ontem a noite é que saquei que o problema era com o navegador que estava usando, porém ainda desconheço a causa do bloqueio pelo Chrome.

Mas hoje, cá estamos, Graças a Deus, para deixar com vocês mais algumas imagens para o clássico Iracema.
Bom dia a todos.


quinta-feira, 21 de março de 2013

DESCENDO LADEIRA ABAIXO.



Intervalo de trabalho exaustivo mas altamente compensador. Rola Eric Clapton no som. Eu aqui diante do monitor sem saber exatamente o que escrever, tantas coisas para recordar, dividir, mas sem a energia e inspiração para tanto.

Segunda feira última eu e Verônica levantamos muito cedo, na verdade era para termos levantado mais cedo ainda, mas cansados como estávamos (por termos ido dormir muito tarde - não por gosto, mas por hábito) não ouvimos o despertador tocar. Na verdade eu ouvi, como se ele estivesse a quilômetros de distância, lembro vagamente de vela desligando-o e ela não tem recordação disso. Ao acordar as 4:30 ela levantou assustada: "Meu Deus, vamos perder a consulta!"
Ela tinha um exame marcado, eu iria, como sempre, acompanha-la. Tomamos banho as pressas, o café da manhã frugal por causa do tempo e ganhamos a rua. No ponto, os coletivos lotados, o que nos interessava não aparecia. Os ponteiros do relógio correndo como se um cão louco estivesse em sua cola. "Se não chegarmos até o mais tardar 7:30 perco a consulta e daí só no mês que vem!" Disse-me ela. "Tô ligado, acho melhor pegarmos uma van até o Santa Genoveva e lá pegarmos o Jardim Catamarã, deve vir vazio e nos deixará quase no mesmo lugar." Falei. "Certo, então vamos logo." Respondeu ela.
Assim fizemos. O dia prometia chuva pesada. No ponto em frente ao tal do Santa Genoveva o ônibus não estava nem aí pra nossa agonia. Quando finalmente apareceu, veio lotado até a tampa. Estranho, não estávamos distante do terminal dele.
Os auto-carros cheios são assim, pessoas que passam se esfregando em sua bunda, não porque queiram, muitas vezes, mas é que não há outro jeito. Hoje todo mundo fala ao celular ao mesmo tempo, tornando a viagem mais insuportável, gordos dormindo nos bancos, bafos matinais, bolsas como se carregassem o mundo dentro lhe pressionando em cima de outras pessoas.
Na altura da praia de Boa Viagem, o trânsito empacou como se quisesse provar a São Paulo que não ficava muito atrás. Ao menos a vista era bonita, a praia com suas ondas procelosas infestadas de tubarões cabeça-chata estava magnífica aquela manhã. No horizonte, um céu lovecraftiano de nuvens negras e cinza-chumbo prometia tormenta. Era possível ver uma cortina de água como se fosse uma muralha prestes a se romper. Um espetáculo que só o Deus Todo Poderoso pode oferecer.
Como se o ônibus não estivesse lotado o suficiente, um batalhão de gente se apinhou na porta traseira, eram egressos de um outro que quebrara no caminho. O olhar de Verônica para mim dizia que iríamos perder a viagem. Pisquei um olho como quem diz, relaxa, não há nada que possamos fazer a respeito, vamos aguardar. Eu tinha esperança que o coletivo fosse esvaziar a medida que fosse avançando. Não esvaziou. Esperava que saindo do trecho beira mar ele fosse acelerar. Isto pelo menos se concretizou.
A chuva prometida pelos céus escuros, caiu em pontos isolados, como verificamos depois, felizmente não onde estávamos, senão atrasaríamos mais ainda.

Descemos no ponto certo, mas a rua que procurávamos ficava mais longe do que eu imaginava. Com certo custo atravessávamos as ruas e avenidas de Recife correndo contra os segundos, Verônica em passo acelerado e tomando cuidado para não torcer os tornozelos nas calçadas mal pavimentadas e esburacadas. Nunca vou entender as mulheres com seus batons e saltos altos.

Chegamos com meia hora de atraso. Ela não fez o exame, mas não por causa do horário, mas sim porque o aparelho necessário para o procedimento estava com defeito. "Não ligaram para a senhora desmarcando?" Perguntou a atendente, sem graça. Minha vontade foi a de responder: "Ah, ligaram sim, é que a gente passeava pelas redondezas e resolvemos vir aqui para lhe dar bom dia!" Teríamos que ligar remarcando, mas só no mês seguinte. Então já sei que daqui a um mês teremos que repetir esta emocionante aventura.

A volta para casa não foi menos custosa. Os ônibus só passavam lotados, o primeiro que apareceu, vinha do outro lado da pista junto a um comboio e fingiu que não me viu dar sinal, passou batido. Como o seguinte demorava demais, pegamos um até o bairro próximo ao nosso, de lá uma van nos deixaria em casa. Aquele pelo menos não estava apinhado de gente.
Me sentei sem vontade de conversar, fechei meus olhos e comecei a matutar sobre o atual mundo em que vivemos. Desde que nasci e me entendo por gente sei que este é um vale de lágrimas, um labirinto onde não há saída, temos que passar por ele, queiramos ou não, o que aprendi é que temos que ser íntegros tanto quanto possamos e trabalhar duro. Os homens criaram mais labirintos ainda, nos viciaram em refrigerantes, salgadinhos, biscoitos recheados e coisas tais, agora surgem os especialistas (agora tem especialista pra tudo) e nos bombardeiam a cabeça dizendo que tudo faz mal, que causa câncer. Todos querem o conforto de andar de carro e comprar alimentos enlatados para não ter mais trabalho de colher feijões ou debulhar as espigas de milho, mas não querem o ar poluído pela fumaça das fábricas e dos veículos. O mundo está cansado. A natureza está exaurida, há pessoas demais. Até num bairro pacato onde moro, não se consegue um pouco de solidão, aquele momento a sós tão necessário à reflexão. Cheguei a pensar que se o planeta tivesse metade de sua população talvez fosse melhor. Mas será? Nos condicionamos a viver de uma forma que nos tornamos prisioneiros do monstro que criamos. Quem iria operar as usinas? As montadoras de carros? As fábricas de alimentos e de eletrodomésticos? A industria de entretenimento? A besta criada por nós cresceu a tal ponto que a humanidade atual não é suficiente para alimenta-la. Agora não vivemos mais sem internet, celulares e etc.
Mesmo que erradicássemos os desocupados, falo daqueles parasitas que sentem orgulho de serem assim, e os bandidos (leia-se assassinos, estupradores e tais) o planeta seria esta bagunça.
Niilista eu? Não, não mais. O evangelho de Jesus Cristo, assevera que este é um mundo de aflições, mas que tivéssemos bom ânimo, Ele tinha vencido o mundo.

Não liguem, meus queridos e queridas, minhas filosofias são risíveis, eu sei, então vamos às artes de hoje que a coisa é séria (bem, nem tanto), elas são detalhes de uma capa para o livro chamado "Uma Véspera De Reis" do Artur Azevedo.


 




segunda-feira, 18 de março de 2013

quarta-feira, 13 de março de 2013

ROTINA

Minha vida tem se resumido à prancheta e ocasionais idas ao mercado, padaria e consultórios médicos para checar como andam uns probleminhas de saúde que não dão sinais de melhora. Sabem, depois dos 40 a máquina começa ranger aqui e acolá, e já estou com 50, embora insista em dizer que minha cabeça ainda é a de um moleque. Isto torna o fardo do envelhecimento mais leve? Apesar de tudo ainda consigo malhar pesado, mas as vezes me pergunto o que quero provar com isto. A maioria vai dizer que o que importa é o espírito jovem e todas essas coisas bonitas que na hora da verdade não querem dizer porra nenhuma. Bom, acho que estou mais azedo hoje que de costume, cansado talvez, querendo alguma novidade boa, uma viajem de alguns meses pra algum lugar bonito, fresco, com alguma grana pra gastar. Rapaz, seria ótimo! Mas qual o quê, devo amargar o meu exílio até o dia que o Todo Poderoso quiser, eu de mim mesmo não posso fazer mais do que já tenho feito.
Ouço alguns colegas de profissão dizer de boca cheia que estão fartos e vão parar de prestar serviços pra sanguessugas, estão de saco cheio de trabalhar pra encher os bolsos de editores milionários, chefões que choram as pitangas quando o artista pede um aumento no valor das ilustrações, mas estão sempre trocando de carro, comprando impressoras importadas, viajando pra praia com a família, expandindo seus negócios. Se estes desenhadores tem outras opções, não me mostraram o caminho das pedras, se eles tem alternativas pra fugir dos exploradores, sorte deles pois eu não tenho.
Outro dia estava trocando ideias pelo Facebook com o Sebastião Seabra e ele falava do mercado editorial brasileiro com muita revolta. Ele está certo, mas o que eu posso fazer? Até hoje não consegui cobrar um valor de mercado pelos meus desenhos, sempre sou obrigado a fechar acordo com um preço um terço do que na realidade valem. Se não faço isso não consigo trabalho e não boto comida na mesa. Os dias não andam bons, embora o governo queira passar outra impressão.

Well, o teor da postagem mudou sem que eu percebesse, era pra eu falar sobre a velhice, de bandas boas que não existem mais como o Fleetwood Mac, em como a vocalista Stevie Nicks continua bonita apesar dos anos pesarem sobre seus ombros. Bem, está dito, mas não da forma que eu queria. Quem sabe um outro dia.
Pra fechar este texto melancólico, um desalentado rabisco com caneta bic.
So long.



segunda-feira, 11 de março de 2013

IRACEMA ( 01 )




Foi legal ilustrar "Iracema, A Virgem Dos Lábios De Mel", apesar de ser um livro insuportavelmente chato (opinião minha, claro). Pude sair do lugar comum, que é desenhar "pessoas conversando"- na maioria das vezes - para delinear índios, ainda que estes também passem boa parte do tempo confabulando, mas são silvícolas, então já mudo de rotina.


Pra ser sincero não fiz pesquisa, quis ilustrar este tomo baseado em minhas memórias, pois no passado busquei muitas referências para pintar alguns dos nossos selvagens.


Vale lembrar aqui que as imagens que vocês estão vendo são minhas artes originais antes d´eu fazer "reparos" a pedido da editora. Tive que tampar alguns peitos e bundas para não escandalizar a garotada.


Outras cenas chegarão oportunamente.

sexta-feira, 8 de março de 2013

PEDAÇOS.



Procurava desesperadamente umas artes antigas para pra uma republicação quando dentro de um envelope achei estes desenhos totalmente esquecidos. Logo me veio à memória a época que os fiz, foi a mais de 10 anos, morávamos neste período na SQS 411, em Brasília. Um ano antes eu havia realizado algumas histórias eróticas para algumas editoras de São Paulo, pagavam um preço bem razoável e muito me ajudaram naquela fase pois foi quando eu e Verônica passamos a morar juntos. Sempre foi a intenção do Franco de Rosa juntar todo aquele material e mais algumas hqs que permaneceram inéditas num único e bem acabado álbum.
Em 2003 isto quase virou realidade com ele a frente da finada Opera Graphica, me pediram alguns desenhos para ilustrar as matérias que seriam incluídas no compêndio. Então fiz estes estudos de cangaceiros e criaturas do período pleistoceno, nada muito elaborado, lápis sobre um cartão que eu tinha em casa. Existem outros mas não tenho ideia de onde possam estar. Não sei se enviei com outras artes para São Paulo, se ficaram comigo....o livro nunca saiu, é claro, mas o Franco insiste que ainda vai coloca-lo na praça.
Bem , independente do que aconteça, fica aqui o registro de mais um bom tempo que voou.





quarta-feira, 6 de março de 2013

RABISCOS A NANQUIM.


É comum sobrar um pouco de nanquim no recipiente toda vez que vou executar uma arte a bico de pena. Para não desperdiça-lo, pego um pincel e começo a rabiscar sem pensar muito. O que vemos hoje é resultado de uma destas brincadeiras. Tenho uma porção desses desenhos aqui, inclusive uma historinha de luta (tipo MMA) de Zé Gatão todo de pincel grosso e quase sem esboço, preciso concluí-la, inclusive. Aos poucos estas "artes" vão dando as caras por aqui.


Espero que vocês esteja tendo uma boa semana, porque a minha, pra variar, está complicada.

segunda-feira, 4 de março de 2013

EXPOSIÇÃO SANSÃO TAMBÉM FAZ 50 ANOS.

A alguns dias atrás um amigo meu, que trabalha como roteirista para diversas publicações do Maurício de Souza, me ligou para me falar dos 50 anos que a Mônica completa em 2013, as comemorações diversas que se darão e por aí vai. Os tais festejos começam com uma exposição focada no Sansão, o infeliz coelho da Mônica. Evento idealizado por um velho conhecido, o cartunista JAL, que segundo soube, atua também como relações públicas do Maurício.
Meu amigo sugeria que eu participasse, que seria legal e assim por diante. Relutei por três motivos: 1 - tenho pouco tempo atualmente. 2 - ando com a mente embotada, afinal, uma exposição assim, com tantos cartunistas, requer muita criatividade e humor. 3 - estou afastado deste universo do Maurício de Souza a muito tempo.
Mas agradeci ao meu camarada a lembrança, sugestões e incentivo. Fiquei pensando no que poderia fazer.
Gosto as vezes de brincar com as tintas fazendo uma releitura de obras clássicas. O próprio Maurício de Souza já expôs uma série de pinturas legais emulando artistas do passado com seus personagens.
A primeira coisa que me veio à mente foi criar um Baco bem ao estilo Caravaggio (o atual pintor barroco da moda) só substituindo o personagem pelo coelho azul. Mas aí teria dois problemas: seria esta uma imagem tão conhecida a ponto de ser reconhecida pelo público médio? A figura do Baco seria adequada? Matutava estas questões quando bati um papo com meu irmão naquela mesma tarde, ele sugeriu que ao invés de Caravaggio eu poderia fazer o Van Gogh. Ótima ideia, só não sabia se poderia imitar o estilo delirante do pintor holandês. Gosto de desafios. Como o prazo para envio era curto, parei tudo o que estava fazendo e trabalhei na manhã seguinte cometendo a ilustração que vocês conferem hoje.


Ela foi bem recebida. Tanto que foi usada para ilustrar a postagem do blog Gibizada como mostra este link:
http://oglobo.globo.com/blogs/Gibizada/posts/2013/03/02/parabens-monica-488317.asp#.UTJ1Oks82bw.twitter


A VIDA E OS AMORES DE EDGAR ALLAN POE COMENTADO PELO ESCRITOR E POETA BARATA CICHETTO

 O livro que tive o prazer de trabalhar ao lado do ficcionista Rubens Francisco Lucchetti intitulado A VIDA E OS AMORES DE EDGAR ALLAN POE, ...