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domingo, 13 de julho de 2025

MAIS UM POUQUINHO DE FILOSOFIA BARATA

 Agora a pouco eu observava a minha estante de livros e me detive diante de uns velhos companheiros que me acompanharam muito durante os anos 90, os álbuns do Moebius, não as HQs mas os book arts. Retirei-os de lá para matar a saudades e ao folhear eu me impressionava com a diversidade de temas; o desenho, o básico, está sempre ali, mas as técnicas, impressionantes, sejam na pintura ou mesmo as finalizações a nanquim são surpreendentes a cada vez que meus olhos captam os detalhes. Incrível! Parece que o homem viveu mil anos para produzir tudo aquilo. 

Eu tive a minha fase Moebius, além de tentar obter tudo já feito por ele, eu procurava, cá do meu jeito, criar cenários e formas que produzissem os sentimentos dos quais eu era envolvido cada vez que me deparava com sua arte. Foi um tempo que durou pouco, minhas metas, meus temas nas ilustrações e quadrinhos eram outras, mas foi um bom estudo para meu desenho e creio que existe um pouquinho dele - ainda que imperceptível - nos meus traços.

Outro ponto que destaco -e aí entro no cerne do que quero transmitir nesta postagem - são os álbuns em si, digo os tomos físicos, tamanho grande, capa dura, bom papel, ótimo equilíbrio entre texto e imagem, volume de páginas para ninguém botar defeito embora não fossem aquele exagero. Os tamanhos variam, afinal são de editoras diferentes, uns em língua inglesa e outras espanhola (as quais prefiro). Suei muito por cada um, lembro que na época eu guardava cada centavo para comprar e sempre pedia ao livreiro para guardar para mim.

Parte da minha modesta coleção.

 

É com tristeza que noto que não temos isso no Brasil, ainda que para um público restrito e mais abastado. Não sei dizer se é desinteresse das pessoas (não duvido), não estou por dentro do mercado para afirmar, o certo é que se eu procurar por um álbum do Amigo da Onça numa bela edição capa dura não vou encontrar. Talvez nem mesmo dos irmãos Caruso. 

Tá, Edu, mas a Devir lançou tudo dos Piratas do Tietê em três volumes em capa dura uns anos atrás, diriam alguns; sim, verdade, assim como também reuniram todo o material do Ângelo Agostini num belo e caudaloso livro, mas são exceções, não regra.

Eu tenho centenas de ilustrações, frutos de labor em 40 anos no mundo das artes gráficas no Brasil, muitas delas (numa era onde não existia scanner) nunca voltaram das editoras, na Escala a regra era não devolver os originais aos autores, algumas extraviaram, outras foram encomendas particulares cujo clientes não tenho mais contato, digitalizei o que pude mas se encontram em HDs que não abrem mais. 

Pensei em aproveitar essa minha associação com o Barata Cichetto e lançar um art book pelo selo dele, o Barata Verso, com o melhor da minha produção (o que tenho em mãos logicamente), um livro legal com capa dura, bom papel, num formato grande e tal. Sei que vai ficar um produto caro, mas geralmente o que é bom é caro mesmo, mas será que haverá quem compre? Temos um público, ainda que reduzido, que curte livro só com ilustrações? Lembrando que isto não é para agora, é plano futuro.

O Crazy Sketchbook foi algo que me surpreendeu, claro que não vendeu horrores, longe disso, mas foi além do que eu imaginava. Estagnou, mas para um novo interessado sempre haverá um lugar onde procurar (pelo menos enquanto eu e o Barata estivermos vivos).

Mas me digam aí, acham que vale a pena sonhar com isso? Haverá procura para um tomo assim? Este blog antigamente tinha comentários de muitas pessoas que me eram desconhecidas, hoje só os chegados dão retorno.  Mas continuo aqui, postando sempre que tenho vontade de comunicar algo.

Aguardo o feedback de vocês.

Deus abençoe a todos!    

 

 

 

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quinta-feira, 10 de julho de 2025

ZÉ GATÃO NA LOJA VIRTUAL SGN

 Aquela velha tempestade que insiste em me fustigar de tempos em tempos retornou no final da semana passada com uma intensidade que há muito eu não via. Nessas horas eu meio que desespero da vida e surge a velha tentação de procurar "um caminho mais fácil"; tais coisas trazem, junto às perdas irreparáveis, um desgosto pela existência. Tudo parece não ter sentido algum e vem a tentação de perguntar ao CRIADOR o que eu ainda estou fazendo aqui? Talvez o propósito maior é não deixar a Verônica carregar essa pesada cruz sozinha. E por ela vou resistindo a toda essa injustiça (sim, porque é injusto!).

Mas vamos em frente, nem tudo é só dissabor apesar de eu ainda não ter nenhum novo cliente e consequentemente nenhum dinheiro para pagar os boletos que chegam como ventos impetuosos escancarando portas e janelas. Ao procurar em meio às minhas caixas - fechadas há mais de 20 anos - por um item específico, me deparei com um pacote contendo várias unidades do primeiro álbum do ZÉ GATÃO, conhecido como Cidade do Medo ou Álbum Branco. Este tomo estava sumido há muitos anos, sendo encontrado apenas nos sebos da vida. Esta "descoberta" é quase como um relançamento pois estão "zero bala", como dizem.


 O poeta e editor Barata logo me propôs colocar à venda na internet e assim dei carta branca a ele e agora os produtos Zé Gatão disponíveis poderão ser encontrados na Rede SGN de Quadrinhos.

Como podem ver abaixo, as boas palavras sobres os produtos me lisonjeiam:


    


 

Vamos ver se surgem novos leitores, acho que os da antiga e conhecem, compreendem o meu trabalho, já possuem tudo.

O Link para os interessados são: https://redesgn.lojavirtualnuvem.com.br/produtos/ze-gatao-a-cidade-do-medo/  

https://redesgn.lojavirtualnuvem.com.br/produtos/zegataoverso/ 

Beijos a todos e fiquem com DEUS! 

ZÉ GATÃO, O RETORNO DO GUERREIRO, PARTE 1

 Boa tarde a todos! A campanha no APOIA.se que envolve os álbuns MEMENTO MORI e DAQUI PARA A ETERNIDADE, me causou surpresa e segue de vento...