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sábado, 24 de julho de 2021

RELEMBRANDO GRAPHIC PADA ESPECIAL ZÉ GATÃO.


 Zé Gatão nunca teve uma casa fixa. Vejo certos personagens, como Asterix por exemplo, serem publicados por uma editora por anos a fio. Eu julguei que a Via Lettera editaria meus álbuns a medida que eles fossem ficando prontos, bem, esse era o meu desejo, mas sim, não fui campeão de vendas e os publishers, claro, não são mecenas, não têm nenhuma obrigação comigo ou qualquer outro autor. Isso demonstra também a fragilidade do mercado de HQs nacionais, mas não é disso que trataremos aqui. 

No ano de 2010 eu decidi retirar dos envelopes algumas histórias curtas que ia criando ao longo dos anos nos intervalos dos pagalugueis e oferecer a alguma editora pequena ou fanzine, sei lá. Uns tempos antes travei contato com um pessoal de Belém do Pará que formatavam uma revista chamada Quadrinorte. Foi combinado que uma das minhas HQS sairia na número 2, inclusive cedi uma ilustração colorida do felino para a capa. Bem, pra encurtar, houve um desentendimento entre os organizadores e a Quadrinorte foi definitivamente cancelada, não passou da número1, parece. Acreditem, é normal isso acontecer comigo.      

 Memento Mori e Daqui Para a Eternidade já estavam prontos desde 2003 mas não tinha a menor ideia de onde eu publicaria e nem estava mais pensando no assunto, mas a intenção de trazer ao público alguma das curtas ficou na cabeça. O amigão Nestablo Ramos tinha aparecido na Prismarte, uma revista feita na raça por uns artistas de Recife. Procurei o roteirista Leonardo Santana (por onde será que ele anda?) e propus ceder uma HQ do Zé Gatão para a Prismarte, só para ressuscitar o personagem. Ele levou a ideia para os outros membros da PADA e retornou com a novidade de lançar um álbum completo com as narrativas curtas do Felino, afinal, segundo ele, todos lá eram fãs do Gato. 

O plano era que a Graphic Pada fosse uma publicação periódica, sempre com um tema ou personagem de cada vez e o felino cinzento seria o primeiro. Infelizmente não foi assim, até onde sei só saiu Zé Gatão mesmo.

Foram editados apenas uns poucos exemplares, não sei o número exato mas certamente não chegaram a 100. Acabou muito rápido! De vez em quando o Milson Marins imprime mais alguns para vender nos eventos, mas é um material que poucos possuem. 

O Leonardo Santana teve a coragem de tentar um financiamento coletivo no Catarse para lançar uma edição mais caprichada. Não tive envolvimento direto por não ter tempo para fazer campanha, mas ele se empenhou. Entretanto, para provar que o personagem nunca foi popular, a meta não foi atingida e o gibi PADA permanece sendo o mais difícil de conseguir.  

Tenho orgulho desse álbum, é modesto mas as histórias, que fogem um pouco do padrão normal, são contundentes e divertidas, mas eu sou suspeito para falar, é lógico.

4 comentários:

  1. Alguns personagens tem muita história pra contar mesmo fora das páginas.

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  2. Me lembro do anúncio do Graphic Pada nas redes sociais

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    Respostas
    1. É um álbum legal, mas ficou muito restrito. Normal, foi feito por fãs para fãs numa tiragem bem modesta. Pra mim ok, eu não vi dinheiro (pra variar) mas estava louco para tirar as HQs dos envelopes. Talvez um dia seja relançado para um público maior com um acabamento mais caprichado. Será?

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