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segunda-feira, 30 de junho de 2025

DESENHANDO PALAVRAS.

 


 A primeira vez que uma centelha começou a arder no cérebro instigando-me a publicar alguns dos meus textos foi quando um amigão de Brasília (médico dos bons, colecionador de quadrinhos, book arts e artes originais) chamado André Gonçalves de Araújo leu um conto meu (acho que era sobre o Ed Palumbo) e me disse para editar em livro. Como nunca considerei o que faço em termos de escrita algo além de redações de quinta série, não levei a sugestão a sério. Onde alguém ia se interessar em publicar?

O tempo passou e eu continuei, como de costume, a escrever minhas redações de quinta série aqui e ali, sempre com o mesmo objetivo do qual as HQs me serviram, contar uma história e de quebra tentar - sim, tentar - expulsar algum demônio interior. Essas veleidades eram só para mim e para os leitores do meu blog e nem sei dizer se todos liam, afinal, eu só recebi retorno de uns poucos ao longo desses anos. 

Vocês sabem, meus textinhos (bem como as HQs do Zé Gatão) refletem um pouco daquilo que me causa perplexidade, nem tudo, obviamente, é biográfico, mas de um modo geral o que escrevo e desenho de alguma forma é o resultado do que me atinge em algum grau e eu tento rebater de volta na forma de traços e letras. Ah, mas é assim com todos os que se auto expressam através das artes, diriam alguns. Não sei dos outros, só posso falar por mim. 

A tal centelha, com o passar do tempo acabou virando uma fogueira e comecei a pensar seriamente em reunir e publicar os contos que cometi ao longos desses 15 anos de blog, só que eu não tinha a menor ideia de como fazer isso, o primeiro pensamento foi fazer por conta própria uma tiragem mínima, mas me faltava, como sempre, os recursos financeiros.   

Bem, o caso é que minha parceria com o Barata Cichetto já me rendeu a realização de alguns sonhos, digo sonhos por que essas publicações não estavam na minha pauta num primeiro momento, seriam coisas a serem resolvidas quando eu estivesse com uma boa grana para me dar esses presentes, o que até agora não aconteceu. Assim como ZÉGATÃOVERSO e o CRAZY SKETCHBOOK, temos agora o DESENHADO PALAVRAS, meu primeiro livro em prosa impresso em um belo volume (bem, intuo que assim seja pois ainda não tenho meu exemplar em mãos, mas alguns compradores já deram testemunho de que está muito bom!).

As palavras a seguir são do próprio editor, Barata Cichetto:

 

"Desenhando Palavras, de Eduardo Schloesser
Pelas mãos de um artista que sempre desenhou com tinta, agora surgem linhas traçadas com palavras.
Depois de uma trajetória intensa nos quadrinhos — marcada por ousadia, crítica, erotismo e beleza — Eduardo Schloesser abre mais uma janela de sua criação com o livro Desenhando Palavras.

São contos que nasceram no blog do autor, agora reunidos em livro, com um detalhe especial: os comentários originais de leitores da época foram preservados, sem edição ou filtros — como rabiscos nas margens de um caderno íntimo.

A edição é da BarataVerso Editora, e este é o terceiro livro que temos o prazer de publicar do autor. Antes dele, vieram ZéGatãoVerso e o monumental Crazy Sketchbook de Eduardo Schloesser, nossa edição de luxo que virou referência entre editores de HQ no Brasil.

Com Desenhando Palavras, Eduardo reafirma que seu traço vai além da imagem: é gesto, pensamento, emoção. Cada conto é um desenho — e as palavras, o próprio grafite.

🖋 Com ou sem o “com”, o importante é que essas palavras desenham o que há de mais humano em nós.

Já à venda — com edição caprichada, diagramação diferenciada e aquela curadoria que só a BarataVerso entrega."

Interessados podem comprar pelo link:

https://poeturaeditorial.com.br/produto/eduardo-schloesser-desenhando-palavras/ 

Sim, claro, os contos já estão expressos aqui no blog, porque pagar pelo livro então? Como bem disse meu amigo Daniel Lúcio, a experiência de ter um tomo impresso em papel nas mãos com todas as histórias reunidas é algo totalmente diferente e único.

Por hoje é isso, amigos e amigas. Fiquem bem!  

 



5 comentários:

  1. "Por que pagar por um livro de contos se os contos estão no blog?"
    Fizeram isso com O MÍNIMO do Olavo, e agora essa obra, que nunca mais será reimpressa, está valendo seu peso em ouro. Te desejo o mesmo com Desenhando com Palavras, breve na minha estante com a ajuda de Deus.

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  2. Creio que não preciso comentar sobre a obra em si, pois o Eduardo já as declinou aqui. Então quero apenas salientar que a cada dia cresce mais minha admiração por esse artista multitalentos, e que se tornou rapidamente um grande e especial amigo! Vamos em frente. E eu, através da MENOR EDITORA DO MUNDO, a BarataVerso Editora, sempre estarei pronto a publicar os trabalhos de Eduardo Schloesser. Outros virão!

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  3. Começo minha digressão, afirmando que o tempo do Homem, não é o tempo de Deus! Na hora devida ele sempre provê! Mas também é dito: "FAÇA A SUA PARTE QUE EU FAREI A MINHA!" Dito isto, Eduardo Schloesser teve a oportunidade de ver um de seus muitos sonhos "improváveis" realizados por nunca ter parado de escrever, mesmo sem saber onde este ato de contar histórias em prosa, o levaria! Daí, surge em seu caminho o POETA, ESCRITOR E EDITOR BARATA CICHETTO! Para ilustrar, faço eu, a seguinte analogia! Eduardo Schloesser planta as sementes em searas rudes, áridas! O sol inclemente mata muitas, bem como os temporais! Verdadeiros aguaceiros! Ainda assim, algumas sementes resistem e germinam! Frutos mirrados e de sabor meio amargo! Então surge o Jardineiro Barata! Ele amanha a seara com amor, carinho e determinação! A terra dura e quase infértil reage! Brotam cardos e abrolhos, mas o Jardineiro Barata não se submete aos caprichos do solo ingrato! Sabe o valor das sementes plantadas por Eduardo Schloesser! Ele não desiste! Batalha firme até que adubadas pelo fertilizante natural POETURA do vendedor de sonhos LUÍS ROXO, as pequenas sementes produzem bons frutos! Bem maiores e bem mais doces, embora que no final tenham um gostinho ainda meio amargo no céu da boca! Parabenizo a vitória destes três baluartes do LIVRE PENSAMENTO! E me alegro pela honra de estar junto a eles para comemorarmos mais esta vitória!

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    Respostas
    1. Obrigado pela referência a mim. Creio mesmo que minha função seja mesmo a de JARDINEIRO. Daqueles que não se conformam com as flores plantadas que murcham ou não crescem, mas mesmo assim insiste, contra as tempestades e sol que torna o solo árido.
      Apenas uma ressalva: Luís Roxo já há algum tempo deixou a sociedade na Poetura, sendo assim, essa publicação nada tem a ver com ele.

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  4. Pelo que pude ver das outras publicações vindas dessa parceria Schloesser e Barata, será um material de boa qualidade que vai mesmo valer a pena!

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DESENHANDO PALAVRAS.

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