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sexta-feira, 28 de março de 2025

UNBOXING DO CRAZY SKETCHBOOK POR LEANDRO LUIGI

 As tempestades que assolaram minha vida nesta última semana deram uma trégua, mas deixaram em minha alma um céu nublado, de brumas negras e ar pesado. Vão se abrir para que passe por elas os raios do sol? Há de ser, por hora, ainda permaneço recolhido qual um caracol em sua concha.  

Meu Crazy Sketchbook está caminhando como eu sempre imaginei que seria. Conforme dito nas lives que participei recentemente, principalmente a do canal Milhas e Milhas, eu intentava publicar às minhas próprias custas uma edição limitadíssima e vender nos possíveis eventos onde eu me encontrasse, mas nunca consegui os recursos para tal. 

Por um desses felizes encontros do destino cruzei com o genial poeta Barata Cichetto (o talentoso Celso Moraes F. foi a ponte) e essas edições improváveis ganharam vida em impressões de alta qualidade voltadas para um público seleto. Começamos com o ZÉGATÃOVERSO (que breve estará fora de catálogo) e agora temos o Crazy Sketchbook. Bem sei que não será sucesso de vendas, não há audiência para isso em nosso país, é um livro caro, com desenhos de cunho muito pessoal e vivemos, agora mais que nunca, uma economia de merda. Mas aos poucos ele vai sendo adquirido por aqueles amantes do meu traço, e gente de peso, como o lendário editor Leandro Luigi Del Manto que fez a gentileza de gravar esse unboxing revelando um pouco mais do conteúdo.

O vídeo no Instagram dele está cortado mas aqui você pode vê-lo na íntegra. Enjoy:

 

Interessados podem adquirir neste link:

https://poeturaeditorial.com.br/produto/crazy-sketchbook-de-eduardo-schloesser/  

Obrigado Senhor Deus, obrigado Barata, obrigado Leandro!

sábado, 22 de março de 2025

CRAZY SKETCHBOOK JÁ É UMA REALIDADE, MAIS UM SONHO REALIZADO

 Amadas e amados, boa madrugada!

A tempestade que vez ou outra assola minha vida há cerca de uns 30 anos voltou esses dias. Isso trás uma depressão colossal, mas não é sobre isso que vou falar aqui.

Sabem, temas para postagens nesse nosso espaço até que não tem me faltado, o que não possuo é tempo, aquele momento de sentar e colocar para fora o que me vai na alma. Certo, certo, tempo se arruma, sim é bem verdade, porém, nem tanto, não sou do tipo que faz por fazer, só para cumprir uma agenda, tenho que me concentrar e com as ideias organizadas expor o que vai no íntimo. 

O ruim disso é que conforme o tempo passa, muitas das concepções se perdem na agitação e pressões do dia a dia. Bem, não é novidade na minha vida e vamos em frente, o que der pra desfiar aqui será feito, o que não for possível, paciência.

Conforme o título de hoje trai, o meu projeto Crazy  Sketchbook, que no passado tantas vezes descrevi aqui como uma meta a ser atingida, já está impresso e sendo vendido no site da Poetura. Ainda não tenho ele nas mãos, mas pelo que vi na internet, superou todas as minhas  expectativas. Os interessados podem  acessar este link: https://poeturaeditorial.com.br/produto/crazy-sketchbook-de-eduardo-schloesser/

Muito do que eu teria pra falar aqui já foi debatido numa live que eu e o poeta/editor Barata Cichetto fizemos no canal Milhas e Milhas do amigão Cássio Witt e pode ser assistido abaixo.

 


E teve o vídeo com o unboxing que o Barata fez assim que ele recebeu os primeiros exemplares da obra.


 

Então é isso. Meu obrigado ao Barata.

Mais um sonho realizado, graças a Deus (por tudo dai graças, diz a Palavra).

Se cuidem. Até a próxima! 

 


domingo, 9 de março de 2025

HÉLIO DO SOVERAL, A REVISTA KUNG FU E 1975, O ANO QUE PARECEU ETERNO.

 Boa noite,  amados e amadas!

Ontem eu li um ótimo texto no Barataverso, escrito, claro, pelo poeta Barata Cichetto sobre o Hélio Do Soveral, um gênio que quase ninguém conhece. A história que vou contar hoje tem, lógico, a ver com ele, mas não é exatamente sobre ele, para conhecê-lo um pouco melhor acesse aqui: https://barataverso.com.br/a-maquina-de-misterios-de-helio-do-soveral/

Como diz parte do título desta postagem, 1975, ano que eu e família aportamos na Capital Federal (tem montes de textos sobre isso aqui no blog) foi um tempo onde aconteceram tantas coisas que pareceu perene. Neste ano, logo  depois que deixamos o Brasília Palace Hotel, fomos morar na SQN 104. Não foi uma adaptação fácil, na verdade foi supliciante, no colégio sofri muito bullying (alguns realmente violentos), não raro eu chegava com lábios cortados e olhos roxos em casa, eu dizia para meus pais que eram acidentes ocorridos durante o recreio ou quedas de bicicleta, desde cedo, algo dentro de mim dizia que eu só poderia contar comigo mesmo para resolver meus problemas, ser surrado na escola não era muito diferente de ser surrado pelo meu pai, então, como eu poderia esperar proteção dele? Essa situação possivelmente me fez interessar por artes marciais, eu era fanático por Bruce Lee e pela série Kung Fu com David Carradine. Eu acompanhava as HQs do Mestre do Kung Fu escritas e desenhadas pelo Jim Starling (mais tarde pela dupla Doug Moench e Paul Gulacy), Shang Shi era o máximo! Eu lia  aquelas histórias como se estivesse vendo um filme, murmurava sons de música e criava sonoplastia com a boca nas cenas de ação. Provavelmente, no lar, deveriam achar que eu tinha algum retardo mental (minha mãe dizia que eu vivia no mundo da lua). No isolamento do quarto eu repetia os movimentos que via na série de tv e nas histórias em quadrinhos, fazia flexões e abdominais à exaustão, vivia suado, tudo para ver se eu ganhava autoconfiança. Um tempo depois eu entrei numa academia de karate por breve período, mas isso já foi relatado aqui e não vem ao caso agora.

Certo dia, não lembro como, infelizmente minha memória não me ajuda, fazem uns 50 anos, já, caiu uma revista chamada Kung Fu no meu colo, eu tinha 12 para 13 anos. A revista era da Ebal e no início continham quadrinhos gringos do Shang Shi e de outros personagens mesclados com matérias sobre filmes de artes marciais. Claro que eu não sabia disso na época mas a Ebal perdeu o direito de publicações do Mestre do Kung Fu e para preencher a lacuna surgiram histórias de um certo personagem chamado Kung Fu, ele tinha as características do Kwai Chang Kane e eram escritas pelo Hélio do Soveral. Fiquei fascinado por aqueles quadrinhos, não lembro mais os nomes dos desenhistas que se revezavam naqueles conteúdos, mas o Soveral era constante (na verdade ele assinava com um pseudônimo) o nome dele mesmo eu só vim saber um tempo depois.

Na revista Kung Fu havia o anúncio de números atrasados, valor e endereço para onde os interessados deveriam enviar o dinheiro, era só recortar aquele cupom e enviar e tal e tal. Não lembro se havia uma conta para depósito, sei lá, tampouco recordo de como consegui grana, acho que fui juntando o dinheirinho para o lanche na escola e por fim, com pena de cortar o cupon e aleijar a revista, eu copiei o tal, coloquei junto com o dinheiro num envelope e mandei para a redação da Ebal. Logo em seguida me bateu o arrependimento, e se algum funcionário dos correios abrisse o envelope e ficasse com o dindim? Ou alguém mesmo da editora? Eu estava seguro de  que seria roubado e pior: não receberia as tão ansiadas revistas. Por um tempo que não saberia precisar, certo dia nublado (isso eu lembro bem, fazia frio) recebi um pacote contendo as edições que eu havia perdido e não eram poucas. Devorei tudo em questão de dias. Os desenhos eram bons, uns melhores que outros, mas as tramas, ah, essas sim eram o diferencial, muito bem urdidas, Soveral era um escritor genial!

Muitos anos mais tarde eu soube um pouco mais sobre esse incrível ficcionista, li alguns livros de bolso escritos por ele, soube de suas novelas de rádio (algo que sempre me encantou. Ei, isso pode ser tema de uma postagem, né não?). O episódio 58 intitulado "Um Caso Fora de Série" é fantabulástico!

O texto do Barata me encheu dessa onda de nostalgia e eu quis dividir com vocês esse período da minha infância onde uma vez mais a arte, os quadrinhos, me ajudaram a atravessar e ao invés de trazer recordações amarulentas, produzem saudades.

Se não me falha a memória essa foi a minha primeira revista Kung Fu.



Foto do Soveral que "roubei" do Guia  dos Quadrinhos.


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   

 

 

 

ALEATÓRIAS CHEGANDO!!!!!

   Buenas muchachos e muchachas! Cá estou, o desenhista cada dia menos inspirado e cada vez mais insípido (ah, vá, não digam que não percebe...