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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

AS MAIORES HQS DE TODOS OS TEMPOS ( TINTIN )


Bom dia pessoal, inauguro hoje o que chamarei de "AS MAIORES HQS DE TODOS OS TEMPOS", segundo minha ótica, é claro.

Com este pomposo título pretendo englobar não somente uma história em particular, mas personagens que protagonizaram grandes sagas e também séries que no todo se imortalizaram.
Eu não poderia começar com outro personagem que não fosse TINTIN. Não apenas por ser um dos ícones máximos da chamada nona arte, mas pela importância que ele teve em minha vida.

É bobagem eu querer biografar a vida de HERGÉ, seu criador, a web tem páginas e mais páginas que fariam com mais competência este trabalho. Antes é melhor relatar como ele entrou em meu mundo e deu cores mais vivas à minha infância.

Falei outro dia desses ao meu irmão, quando este personagem voltou à midia, não por causa do esperado filme de Jackson/Spielberg, mas por causa de uma notícia que o acusavam de racismo, que ao lado do liquidificador e máquina de lavar, TinTin figurava entre as grandes criações do homem. Digo isto sem nenhum exagero. As aventuras deste repórter belga e seu inseparável cachorro conseguem transmitir uma miríade de sentimentos dificilmente igualável em qualquer outro quadrinho. Suspense, intriga, humor e uma leve dose de melancolia em alguns momentos
TinTin entrou em minha vida no inicio dos anos 70 em São Paulo. Meus pais tinham uns conhecidos na Rua Maria Antônia, no centro, próximo ao Mackenzie. Minha mãe juntamente com minha avó nos levava (eu e dois irmão menores) para brincar numa pracinha - cujo nome agora não me recordo e que que ficava na Rua Major Sertório - junto com os filhos destes conhecidos.
Na tal praça havia uma biblioteca infantil onde pela primeira vez vi um exemplar da "Estrela Misteriosa". Aquela foi a primeira hq de TinTin que li e que reli muitas outras vezes posteriormente. Não é a minha preferida, mas foi a que mais me marcou. Aquelas cenas na "ilha", os cogumelos, a aranha gigante, uau... fiquei eletrizado!
A partir dali procurei tudo que me fosse possível ler do personagem. Não lembro bem, mas não havia na tal biblioteca muitos exemplares. Alguns outros em capa dura, eu encontrei na biblioteca do SESC.
As bancas de revistas do centrão exibiam álbuns de TinTin, algo totalmente inacessivel para um garoto pobre.

Por este tempo, exibiam na TV uma animação do repórter e seu cão. Creio que não era o mesmo desenho que viria a passar nos anos 90 na TV Cultura. Aliás, lamento saber que muito marmanjo que se diz leitor de quadrinhos só conheça o personagem por estas animações.

Ao aportar em Brasília em 1975, com um grande sacrificio comecei a comprar os volumes da Record, que possuo até hoje. Certa vez em 1978, uns primos nos visitaram vindos de Belém (eu estava de férias no Rio) e praticamente destruíram "O Templo do Sol", um dos meus tomos preferidos.

Confesso hoje que não sou fã dos primeiros álbuns, haviam situações por demais inverossímeis, "O cetro de Ottokar" começa a dar sinais de maturidade, se é que podemos chamar assim. Mas a obra ganha de fato uma dimensão, digamos, mais humana com a inclusão do Capitão Haddock no volume intitulado "O Caranguejo das Tenazes de Ouro".
Difícil julgar o melhor, mas meus títulos preferidos são "TinTin no Tibet" e "Vôo 714 para Sidney". São obras marcantes. Dispensam maiores comentários. Se você ainda não teve o privilégio de ler, não perca tempo e coloque-os na sua próxima lista de compras.

Um conhecido me disse certa vez que TinTin acabou no momento certo, pois "TinTin e os Píncaros" dava sinais de cansaço, começaram os closes nos personagens, e a obra perigava ficar comercial. Não concordo, Hergé tinha ainda muito chão pra queimar.
Ele deixou fragmentos de um volume inédito (Alpha d´Art) provando que ainda poderia continuar. Mas talvez tivesse mesmo parado no momento certo e sua esposa estivesse certa em impedir que outros dessem continuidade às aventuras. Como garantir que TinTin não viraria um pastiche?


Formou-se um império com um personagem de quadrinhos. Criou-se uma obra lendária que encantou gerações.
A mim ajudou a passar pela dura infância.
 


2 comentários:

  1. Fala, Eduardo! Tintin está tb na minha lista de quadrinhos imperdíveis e que fizeram parte de leituras na minha juventude. Incrível como suas aventuras são ao mesmo tempo simples e épicas, grandiosas...
    Bacana o cabeçalho novo do blog.
    Abração,

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  2. Olá meu brother,
    Realmente Tintin... putz, nem há mais o que comentar.
    Obrigado pelas palavras.
    Ando na correria por aqui e nem posso escrever muito.
    Abração.

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