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segunda-feira, 17 de agosto de 2015

NADA NOVO.


Agosto vai indo embora, as chuvas diminuem, os ventos começam a se acalmar, o calor, tal qual aquele indivíduo inconveniente que te chama no portão para vender algo que você não necessita começa a ficar frequente ameaçando dominar o clima por completo. Dá até medo, pra falar a verdade.

Hoje pela manhã eu e Vera fomos até o banco para tratar de um negócio delicado. Um grande amigo meu depositou uma certa importância por uma futura arte na minha conta e parte deste dinheiro foi sacado de uma agência em São Paulo. Nós não sacamos (não estamos em Sampa!). Quem foi então?
Muito provavelmente meu cartão foi clonado. A agência não pode ajudar por enquanto. Fui orientado a fazer um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima e redigir uma carta ao banco solicitando o ressarcimento da importância que me roubaram, para ser analisado. Como se eu já não tivesse dores de cabeça suficiente, PUTA QUE PARIU!

Falando de assuntos mais aprazíveis, não há novidades sobre Zé Gatão, só que esses dias bateu uma vontade muito grande de criar novas aventuras, hqs coloridas, só pra desabafar mesmo, nada de sagas longas, sem aquela ambição de publicar; o que me impede é que tenho que concentrar minhas energias e tempo nos atuais livros de anatomia que preciso produzir, além é claro de terminar a história do NCT.
Espero que esses desígnios não se desvaneçam da minha mente como aconteceu tantas vezes no passado. A pergunta que fica é: porque não ressuscitar as velhas concepções? Sei lá, acho que na minha cabeça os propósitos cristalizaram, cada projeto faz parte de seu tempo, compreende um momento específico, uma vez passada aquela fase não faz muito sentido insistir em algo que já não me anima. Por exemplo, tem uma saga que imaginei no princípio dos anos 2000 chamada O Guardião Da Muralha Dourada, onde Zé Gatão e mais dois ou três felinos vão atrás de um tesouro fabuloso e se deparam com mil perigos e traições, enfim, um misto de Tesouro de Sierra Madre com Indiana Jones. Parece bacana dando esta sinopse, mas na minha concepção o Felino amadureceu, este tipo de narrativa já não faz mais parte da vida do personagem, não depois dos eventos de MEMENTO MORI.

O Gato, ainda a conta gotas, vai ganhando leitores. O amigo virtual Anderson Marques Ferreira do Rio Grande do Sul (foto abaixo), recebeu o álbum branco em casa e aprovou. Bacana, hein!



Todavia ainda continuo sendo ignorado pela mídia especializada. DAQUI PARA A ETERNIDADE não foi comentado por nenhum site ou blog voltado os quadrinhos. Pra falar a verdade já estou acostumado.

Mas nem tudo é silencio, o premiado diretor de cinema Claudio Elovitch (foto abaixo) fez um comentário legal no Facebook o qual reproduzo na íntegra em caixa alta. Valeu Claudio!

Fico por aqui desejando a todos uma semana produtiva.


"É UM TRABALHO ÚNICO, TANTO NA QUALIDADE DO ROTEIRO E DOS DESENHOS QUANTO NA ALMA QUE ESTÁ POR TRÁS DELE. ENQUANTO A MAIORIA DOS LEITORES DE HQ FICAM PROCURANDO PELA MESMAS COISAS NO ESTILO MARVEL/DC, NEM SE DÃO CONTA QUE EXISTE ALGO REALMENTE ORIGINAL REALIZADO AQUI MESMO NO BRASIL. O ZÉ GATÃO É PORRADA COM INTELIGÊNCIA E SENSIBILIDADE. CRIA CURTO-CIRCUITOS NAS EXPECTATIVAS E NOS CLICHÊS."
















6 comentários:

  1. Cartão clonado? Que bosta!

    De nada, pelas fotos. Haha!

    Concordo com o Claudio Elovitch... há Hqs bem diferentes dos requentados comics importados e traduzidos. Muitos não valorizam ou nem têm noção do qual sofrido os autores nacionais tentam bancar material próprio.

    O título do livro (Daqui para a Eternidade) me lembra de uma música do Giorgio Moroder. Coincidência?

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    1. Poxa, não agradeci pelas fotos? Foi mal!

      Legal que vocês reconheçam que meu universo antropomorfo não bebe da mesmice de muitos quadrinhos atuais (ou do passado).

      Com certeza é coincidência, pois nunca ouvi falar de uma música do Moroder com este nome. Mas não é um título difícil de se imaginar, tem um tom de filme épico. Aliás, o Giorgio Moroder sumiu, nunca mais ouvi falar dele.

      Abraço.

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    2. Mas, você já me agradeceu por e-mail. Eu li.

      Existem 2 versões de From Here to Eternity, tirando uma regravação que saiu num disco da CID/Square, em 1979.
      E sobre o Moroder, li que o velhão continua produzindo. Vou escrever sobre ele. Aguarde!

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    3. Legal, vou procurar no Youtube e dar uma conferida. Lembra que comentei que uma das versões que vi de Metrópolis era colorizada por computador? Nesta versão a trilha era assinada pelo Moroder, tinha Freddie Mercury, Bonnie Tyler e outros.

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  2. Concordo com o "PQP!", Schloesser. Acho o cúmulo as pessoas se esforçarem pra ganhar a vida e aparecer um filho da mãe pra roubá-las. Claro que, no fim das contas, o banco vai devolver o que é seu, porém o desgaste emocional é grande. Gostei muito de ver que o Zé Gatão continua conquistando novos leitores e que você já tem novos rumos pro personagem. Parabéns!

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    1. Isso mesmo, o pior é o desgaste emocional nisto tudo, Carla! Atualmente cada centavo conta, não é fácil a concentração para o trabalho no meio desse caos, criar arte não é como fazer massa de pão, e olha que imagino que até pra isso a pessoa deva estar centrada! Cada revez unido forma um gigante que tenho que derrubar. Mas com a graça de Deus eles vão sempre ao chão, eu não desisto e isso não tem nada com ser brasileiro.

      Bem, eu planejava continuar criando aventuras para o Zé Gatão, mas como eu disse, se vier a público será lucro, se não for, eu pus pra fora os meus fantasmas como foi no passado, antes de entrar nesta angústia de publicar a qualquer custo. Só preciso encerrar certos compromissos e mando bala, se o Todo Poderoso permitir. Vamos ver.

      Obrigado, se cuida e um abraço.

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