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segunda-feira, 4 de abril de 2016

ZÉ GATÃO - O ACERTO DE CONTAS




Prometi a mim mesmo não falar hoje sobre coisas desanimadoras, mesmo que elas pesem sobre as minhas costas com muitas toneladas.

Fazer quadrinhos. Não precisa muito, o mais importante é ter uma boa ideia e colocá-la no papel, se você desenha, muito bem, se não, isto não tem lá tanta importância, alguém vai desenhar para você ou você pode até conseguir dar o recado com bonecos de palitinhos. Minhas primeiras HQs de artes marciais eram feitos com palitinhos, isto porque eu não me sentia seguro em desenhar pessoas e coisas.

Hoje dizem que consegui um bom nível no desenho, tenho álbuns bem caprichados por editoras de porte e mais dois nas mãos de editores que esperam um momento adequado para por na praça. Bem, pra ser sincero um deles ainda precisará ser avaliado, mas acho que chego lá. Sem contar as várias histórias curtas de Zé Gatão que somam um livro de muitas páginas se vier a público. E é sobre o felino que falaremos mais uma vez.


Uma imagem fala mais que mil palavras, dizem. Na impossibilidade de criar novas aventuras para o Gato, quando sobra um tempinho, cometo umas ilustrações, sempre com alguma ação bacana envolvida (pelo menos para mim). É uma forma de me manter conectado com o que penso ser uma das funções da arte: expurgar males. Sou obrigado a desenhar e pintar paulatinamente um pouco a cada dia (ou até, semanas).
Quis registrar esta cena quase em um passo-a-passo.


Fazer quadrinhos não é difícil, mas para mim é tarefa quase impossível. Me contradigo? Não! Como citei acima, basta ter uma boa ideia. Boas ideias eu tenho, sem modéstia, para o que me proponho a contar. Dar corpo a elas é que é a questão.


Necessito de tempo para ruminar a coisa. Escrever arcabouços de roteiros, reescrever, limar o que é excesso, tirar gorduras. Depois, contrariamente, fazer adições, desconstruir cenas e construir aleatoriamente e tornar no fim um produto coeso e palatável.


Ao desenhar uma página preciso namorá-la, ver o que serve e descartar o que é excessivo, redundante. Refazer cenas e situações.


Isso leva tempo. E tempo é o que não tenho.


Estou maturando uma história legal para Zé Gatão, um personagem que ainda não encontrou o seu lugar no mercado e talvez nunca encontre.
Mas primeiro preciso dar cabo de projetos já iniciados que por força das circunstâncias tive que engavetar. Sem contar que ainda não concluí minha participação no projeto NCT. Um passo de cada vez.


Mas eu gostaria muito de dar vida a essas novas aventuras - sim, é mais de uma!


Do jeito que a coisa vai, este país ruma para um abismo sem fim. Uma quadrilha se instalou no poder e não quer sair, é só ouvir as gravações, as delações, coisa de mafiosos! São elementos diabólicos que querem nos fazer crer à toda força que a mentira é verdade e a verdade é mentira! Exagero meu? É só olhar em volta e ver o resultado da roubalheira e da incompetência.

Se não houver um milagre divino e esta situação continuar, os sonhos que divido com vocês nunca sairão da minha cabeça.
Prometi não falar coisas desagradáveis e não consegui. Me desculpem.

Até a próxima semana, querendo Deus.










6 comentários:

  1. Tá brincando que tudo isso é feito com lápis de cor, Schloesser!? Nem no computador, faço algo parecido. Parabéns!

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    1. É sim, Carla, lápis de cor.
      Sem tempo pra dedicação integral a uma arte particular, tenho que fazer de pouquinho em pouquinho, as vezes fico semanas sem pegar nela, até que finalmente ela fica pronta. Com quadrinho também dá pra ser assim, só que é mais difícil e muitas vezes a gente acaba se perdendo e até se desinteressando.

      Obrigado e um abraço.

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  2. Que legal!
    Até eu fico impressionado com quem tem a capacidade de criar efeitos tão marcantes com lápis de cor ou até mesmo, com aquarelas e nanquim aguado.

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    1. Valeu, Anderson! Eu me amarro em lápis de cor, uma de minhas técnicas preferidas. Não curto muito pintura digital, tem um efeito legal e não deve ser fácil fazer, mas fica um efeito, sei lá, meio artificial. Mas respeito e havendo possibilidade, farei uns experimentos em photoshop.

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  3. Sendo eu um "artista digital", tenho que dizer que concordo que as coisas feitas artesanalmente tem um charme diferente, um "quê" a mais que eu não consigo fazer. E sobre seu demorado processo, não sei se fico feliz ou triste de ver as semelhanças com o que me acontece. O exemplo mais recente é uma arte do Gil Astro que eu terminei ontem, sendo que a comecei um ano atrás, mais ou menos. É assim mesmo. Se não insistirmos, os projetos não andam. Bola pra frente.

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    1. Everton, ainda pretendo dominar as cores digitais, se possível, mas jamais substituí-la pelas técnicas a óleo, guache, pastel e tudo mais. A arte tradicional tem aquele charme que para mim é insuperável.

      Quanto ao nossos projetos pessoais eles nunca podem ser abandonados, ainda que leve muito tempo para serem concluídos, pois eles são parte integrante de nós.

      Abraço.

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