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domingo, 9 de setembro de 2018

FAMOUS MONSTER E O MUSEU NACIONAL.



Abro esta postagem com meu mais recente Famous Monster: O Misterioso Caso do Doutor Jeckill e o Senhor Hide. A matéria prima para minha releitura foi o clássico filme de 1932 interpretado por Fredric March. No cinema tivemos boas adaptações da obra de Robert Louis Stevenson (se você não leu o livro, corra atrás) mas de longe, a de 32 foi a que mais me marcou embora eu lembre muito pouco deste filme, afinal eu vi na adolescência.
Ressalto que na minha página do Facebook esta arte foi a que menos teve likes e comentários, não sei porque. Coincidentemente vou perdendo o gás para outras homenagens, mas quero ainda fazer mais umas quatro ou cinco, acho que elas merecem.

De um modo geral estou totalmente sem inspiração para realizar as minhas artes pessoais, luto para fazer um pouquinho cada dia da nova HQ do Zé Gatão - a ser publicada de forma independente, se Deus quiser - e não está fácil. Penso que é uma fase passageira, talvez provocada pela aridez da vida nesses últimos tempos. Felizmente sou um profissional e continuo dando o meu melhor nas artes encomendadas, breve teremos novidades por aqui, incluindo um novo Zorro.

O PASSADO E A CULTURA VIRARAM CINZAS.

Estou de luto pelo povo brasileiro que aprecia história e cultura, o Museu Nacional do Rio de Janeiro incendiou e seus inúmeros itens, incluindo vasta biblioteca e pinturas, viraram cinzas. Nem sei bem o que dizer, tenho certeza que muitos escreveram sobre o assunto nos inúmeros meios de comunicação que a internet oferece hoje em dia e eu sou apenas um desenhista emotivo e ignorante. O que tenho a dizer são duas coisas:

1 -  Nem tudo foi ruim no período que morei no Rio de Janeiro. Vi bons filmes nos cinemas de lá e ia sempre à Quinta da Boa Vista em São Cristóvão. Eu chegava de trem, era fácil. Foi lá que beijei a primeira mulher que amei de verdade na vida, aos dezesseis anos, debaixo de uma chuva fina. Foi um beijo tímido, um encostar de lábios apenas, mas que me marcou até hoje.
Ir ao museu era uma constante e eu, muito mais que as ossadas dos dinossauros, me impressionei com as múmias que existiam ali, em particular uma, conhecida por Kherima, que dizem, já provocou alucinações nas pessoas. O que me chamava a atenção nela, era que seus pés não eram enfaixados. A última visita ao lugar foi no início dos anos 80 quando minha mãe e irmãos foram me visitar. Eu
sempre planejei voltar se uma oportunidade se oferecesse. Sempre que retornei ao Rio foi um tanto as pressas para visitar a filha e nunca tive ocasião. Agora nunca mais. Lamentável.
Li em algum lugar que o Museu do Louvre, em Paris, recebeu muito mais visitantes brasileiros que o Museu Nacional.
A Pinacoteca do Estado em São Paulo me trás boas recordações também, espero que não esteja entregue às traças como muitas casas de cultura Brasil afora.

2 - Raramente uso minhas páginas virtuais para pregar minha fé e inclinações políticas, as vezes não consigo evitar. Um amigo do Facebook me perguntou se eu não recebia convites para os grandes eventos de cultura pop do país por sofrer embargo das empresas sendo eu reaça de direita (palavras dele) e ser cristão. Respondi que não era nada disso, eu não era convidado por ser um total desconhecido de todos eles. As grandes figuras que são a nata deste meio nem sabem que eu existo e pra mim está tudo bem.
Contudo, hoje vou comentar aqui que acho que não é por acaso que o responsável pela manutenção do Museu Nacional é o reitor da UFRJ, um indivíduo que afirmou em vídeo que o MST pulsa cultura - e dá, assim, seu irrestrito apoio ao movimento - está ligado ao mesmo partido em que esteve vinculado o marginal que esfaqueou um candidato a presidência da república esta semana. Se não estamos nas mãos de uma quadrilha então não sei o que é. Desvio de verbas públicas e violência. Detenção de poder por todos os meios. Protegem bandidos e sacrificam cidadãos. Essas pessoas me lembram muito aquelas citadas em Isaías 5:20, 21.

Deixo com vocês um vídeo que mostra um pouco do que nós perdemos e que a maioria da população brasileira nem sabia que existia. A TODOS VOCÊS, UM GRANDE BEIJO e obrigado por me visitarem aqui!





















 

5 comentários:

  1. O Médico e o Monstro inspirou e influenciou muita coisa, tipo a criação do Hulk. Nunca li e nem vi o 1º filme.

    Neste país, é relativo a noção (muitas vezes torta e cretina) do que é cultura.
    O "povão" "em geral" só diz que artista é quem aparece em novelas ou programas de auditório. Que nem aqueles(as) que se dizem democráticos, mas não reSpeitam nossas preferências, tipo essa cambada de rotweillers infernais do Facebook, que se confrontados ao vivo, não passam de cachorrinhos movidos a pilha. Sempre assim!
    Não é a toa que o governo demora muito pra pagar até quem não é famosão chamado pra participar de feiras ou eventos públicos. Eu ouvi falar muito disso por fontes confiáveis.
    Depois, querem reclamar da marginalização, da "burrificação" da nação, do sucateamento da cultura... e a culpa seria de QUEM ou DO QUÊ?!

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    1. O livro é ótimo! Leia! O primeiro filme também não vi, o que me inspirou a fazer esta arte foi o segundo (creio) e acho que é o mais famoso.
      Sobre suas outras colocações eu concordo, nada a acrescentar.

      Grato por seu comentário, abraço!

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  2. Rapaz, que tristeza me deu esse vídeo do museu! Você ainda teve a sorte de conhecê-lo. Eu, nem isso. Já tenho uma lista de museus a conhecer e revisitar antes que peguem fogo. Parabéns pela ilustração!

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    1. Acho que você já conhece a Pinacoteca do Estado, Carla, se não teve ainda este prazer, não perca oportunidade, recomento o século 19 do lugar, onde se concentra a maior parte das pinturas do Almeida Júnior, na minha opinião, o maior pintor brasileiro que já existiu, não tanto pela técnica - que era soberba - mas pelos temas. Recomendo também o Museu de Belas Artes no Rio (século 19 outra vez).

      Obrigado por sua visita e comentário!

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  3. Para muito além do terror em si, a história de Jeckyll e Hyde sempre me fascinou porque canta a pedra: não podemos abrir mão do Mal que nos habita em nossa jornada terrena, ele é o contraponto que faz o Bem fazer sentido. Não entendo a pouca aceitação (na forma de likes) desse desenho. Ficou excelente!

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