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segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

ARTES NÃO MAIS ESQUECIDAS

 Amadas e amados, boa noite! Hora de atualizar esse blog, embora eu não tenha a mínima ideia do que vou escrever aqui. Ao sentar diante do computador eu planejava falar apenas sobre um telefonema que recebi hoje cedo, a partir daí outros pensamentos podem surgir. Aliás, me veio um agora, mais cedo, meu cunhado caçula me perguntou de 1 a 10, qual seria o meu nível de ambição. Eu respondi que seria 5. Mas pensando bem, acho que é 2. Já falei sobre alguns sonhos sepultados em um post intitulado O Sonho Morto ( https://eduardoschloesser.blogspot.com/search?q=sonho+morto ). A verdade é que quando perdemos o amor verdadeiro o que sobra são as paixões e essas são voláteis. Perder a minha mãe e meu irmão tornou todas as outras coisas pequenas demais para que eu me importe. Por exemplo, muito da minha vida profissional - e sentimental também, claro - se foi quando meu HD externo, que não era tão antigo assim, deu pau recentemente. Nele, além de músicas e filmes raros que desperdicei boa parte do meu tempo garimpando, vídeos curtos que não estão mais na rede, ilustrações digitalizadas que já não estão em meu poder pois tive que vender para por comida na mesa, artes que foram encomendadas e cujo os originais, é lógico, foram para quem pagou por eles, fotos antigas da família e etc, desvaneceram. Naquela antiga vida onde haviam cores e sabores eu teria ficado muito chateado, mas agora, embora ainda seja frustrante, o peso não é tão grande, pois possuo o senso das proporções. Ao  responder ao meu cunhado, eu disse que a minha maior meta hoje em dia é batalhar para comprar um imóvel para a Verônica, dar a ela meios de existir dignamente caso eu venha a faltar. Ela sempre alimentou o sonho de um dia conhecer Portugal, então vamos batalhar para que isso aconteça. De resto, sigo trabalhando como posso, com as forças que me restam para ter um teto sobre nossas cabeças e fazer as refeições diárias necessária à nossa sobrevivência. E olhem, posso afianças a vocês: está cada dia mais difícil. Pra piorar, hoje não consigo mais fazer além de uma página de quadrinho ou uma ilustração completa por dia. Antes, com a devida pausa, eu conseguia duas, agora não dá mais, a mente parece não comandar os membros, se arrisco, como sempre tento, a arte sai uma merda. Então, sigo no meu ritmo. Por exemplo, concluí agora a pouco uma página para os Mitos Gregos, descanso um pouco redigindo esse texto, a ideia é voltar ao lápis e fazer o layout de nova prancha ou algum desenho mais simples. Vamos ver.

Gostaria muito de voltar aos meus projetos pessoais, dar continuidade ao que falta da série "Famous Monster", por exemplo, ou iniciar uma nova HQ própria, mas é humanamente impossível nesse atual estagio de luta pelo pão de cada dia. O Famous Monster eu vou tentar, um pouco cada dia, até que os quatro últimos estejam finalizados, acho que consigo. 

Mas falemos sobre o telefonema que recebi pela manhã. Eu ainda esfregava os olhos e me encaminhava ao banheiro para aliviar a bexiga quando a Vera me chamou dizendo que a ligação era da Editora Construir, aquela para a qual eu ilustrei 45 clássicos da literatura brasileira e mais uns tantos infantis. Boa, pensei, vão me dizer que os vinte e tantos livros com meus desenhos que ficaram inéditos finalmente foram (ou serão) publicados, ou então vão me oferecer algum trabalho. Nem uma coisa nem outra.

Lembram que em minhas últimas postagens eu comentei que os desenhos debutando aqui nunca seriam publicados pois os livros para os quais eles foram feitos foram abortados? Pois é, ressuscitaram o projeto. Claro que não ganho nem mais um centavo com isso, mas os contratos assinados há mais de dez anos foram perdidos (acho) e terei que assinar de novo, por isso entraram em contato. 

Então é isso, livros didáticos de Português e Sociologia do ensino médio com esses traços que vocês previamente viram aqui sairão da obscuridade em breve.

Com isso não sei se posso continuar mostrando-os. Talvez, uma ou outra vez, mas o nome das postagens não poderão mais ser conhecidas como ARTES ESQUECIDAS.

Ah, perguntei sobre os 22 clássicos que não publicaram e a resposta foi: aquele projeto morreu, não darão prosseguimento. Pena, o que criei para aqueles livros tem muito da minha alma naqueles delineamentos.

Fiquem todos com Deus!    


4 comentários:

  1. Eventualmente o tempo toma muito do que temos, em alguns casos, até as memórias. Mas, enquanto isso ainda existir, você não perde o que importa.

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  2. Acho que nunca te perguntei... pra fazer arte-final de suas hqs e ilustrações desenhos, costuma usar canetas descartáveis, pincéis ou bico de pena?
    Eu uso canetas. Já experimentei pena, mas não fui adiante pra não arriscar escorrer ou pingar nanquim no papel

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    Respostas
    1. Caro Anderson, desculpe a demora em responder, vida muito agitada aqui.
      Bem, olha, Já usei de tudo no passado. Comecei com o bico de pena, até tive bons resultados, mas os traços demoravam muito para secar e isso atrasava meu trabalho. Depois usei as canetas nanquim recarregáveis (custavam o olho da cara!), mas depois de um tempo entupiam, então comecei a usar as descartáveis e apesar de serem caras também, tenho me dado bem com elas. Para áreas com muita quantidade de preto e para traços mais grossos eu uso pincel.

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