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quarta-feira, 14 de agosto de 2013

MY CRAZY SKETCHBOOK ( 02 )



Sabem o que gosto de fazer quando não estou fazendo nada? Desenhar monstros. Sério, nada me relaxa mais do que pegar meus caderninhos (que tenho a pachorra de chamar de sketchbooks), empunhar a caneta e rabiscar meus monstrinhos. Os lovecraftianos são os mais divertidos. Começo de um ponto qualquer, geralmente no canto superior esquerdo da página e vou riscando sem pensar demais no que vai sair, aí vou agregando uns detalhes aqui outros acolá e no fim sai umas coisas esquisitas, desenhos que normalmente não mostro pra ninguém, afinal, só interessariam a mim mesmo. Tenho montes de caderninhos de rabiscos, cheios de desenhos despirocados. Quase sempre trabalho neles em pé, geralmente em filas de bancos. Parei de desenhar em coletivos em movimento, os solavancos não me permitem um traço preciso, embora precisão não seja uma ambição em artes assim, mas não vamos exagerar. As vezes crio coragem e coloco alguma coisa aqui.

Acho que a ideia de um caderno de esboços surgiu para o artista colocar no papel aquele imagem que lhe surgiu na mente e pode desaparecer se ele não registrar naquele preciso instante. Ou congelar na folha aquela cena pitoresca que ele sorrateiramente observa. Ou ainda, tracejar uma arte em desenvolvimento na sua cachola e ele precisa visualizar naquele momento, esperar para chegar ao estúdio pode ser fatal e a cena diluir-se para não mais se materializar na sua imaginação...qualquer que seja o motivo, não é exatamente o meu caso, estes desenhos eu faço somente para relaxar, nada mais. Me divirto fazendo isso, sai muito naturalmente. Claro, não faço somente monstros, tem bárbaros, heróis, pequenas batalhas, muitas figuras femininas, cenas eróticas, animais, confusão...bem, falando assim deixo transparecer que eles tem uma importância muito grande. Pra mim, tem sim. Não importa se é uma pintura ou um sketch, tenho apreço igual por cada coisa que faço, embora nunca fique inteiramente satisfeito com minhas criações. Parece-me as vezes que nunca atingirei o ponto, nunca encontrarei a nota certa. Se um dia conseguir, a busca terminará? 


6 comentários:

  1. Pai do Céu! Como é que pode alguém desenhar desse jeito? Nem consigo imaginar como esses desenhos poderiam ser melhorados. Pra mim, estão perfeitos. Parabéns!

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    1. Poxa, Carla, ganho meu dia com teus comentários. Fico até vermelho.
      Considero estes desenhos meros rabiscos saídos de uma mente na maioria das vezes febricitante. Mas fico feliz que você goste.
      Muito obrigado e vamo que vamo!

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  2. Monstros realmente horripilantes, Eduardo. E se você diz que eles o relaxam, quem sou eu pra contrariar, kkk...
    Mas é isso mesmo, o caderninho de rascunhos é muito importante. Depois que comecei a desenhar de observação aprendi muito rabiscando. E os meus também não são verdadeiros sketchbooks ou "moleskines". Improviso com cadernos de desenhos e encadernações tôscas. Mas o que vai nas folhas é o que vale, certo?
    Um grande abraço,

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    1. Quanto mais horripilantes mais divertidos de fazer, Gilberto, não sei dizer porque.
      Estes, ao lado dos quadrinhos que gosto de fazer, são os que eu diria "autênticos", pois não tenho que me preocupar em agradar ninguém a não ser a mim mesmo.

      Notei mesmo um avanço no seu traço, fruto dos seus estudos e persistência. Continue assim.

      Grato pela visita e um grande abraço.

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  3. Me fez lembrar de um designer e cineasta, famoso no Japão: KEITA AMEMIYA. Ele criou monstros até pra alguns dos seriados que passaram no país (pela REDE MANCHETE, por exemplo).

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    1. Anderson, na verdade minha inspiração para criar meus monstrinho vem de Lovecraft, mas até daria mesmo para aproveita-los num filme de Ultraman pra adultos.
      Brigadão, meu velho.
      Falou.

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ZÉ GATÃO POR THONY SILAS.

 Desenhando todos os dias, mas como um louco, como fiz no passado, não mais. Não que não queira, é que não consigo; hoje, mais que nunca eu ...