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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

EUA x JAPÃO e SUPER-HOMEM x SUPERMAN


Sabiam que eu já fui o Nacional Kid? Sim, eu combatia os Incas Venusianos, os Seres Abissais,  os Seres Subterrâneos, os Zarrocos e destruí o monstro Giabra, sempre auxiliado (na maior parte das vezes atrapalhado, diga-se a verdade) por uns garotinhos.

Nacional Kid

Logo depois eu me tornei o Super-Homem. Tirava o meu terno, nunca numa cabine telefônica, mas numa sala onde não havia ninguém e voava pela janela para combater os bandidos, minha chegada ao local do crime era triunfal, eu sempre pousava arrebentando uma parede, uma porta e até mesmo um muro. Os engraçadinhos perguntava por que eu não voava por cima do muro, nunca entenderam que minha entrada tinha que causar impacto. Os meliantes sempre atiravam no meu peito, bem no "S" de super, nunca no meu rosto ou abdome, as balas ricocheteavam, eu os imobilizava e os amarrava com vergalhões que se dobravam como se fossem barbantes e os entregava à polícia. Certa vez um dos facínoras fugiu correndo e nem me dei ao luxo de de ir atrás, puxei um cano qualquer e com a força da minha sucção ele voltou se arrastando em meio a cambalhotas. Envolvi o cano em seu pescoço como se fosse uma gravata.

George Reeves

Passado um tempo, talvez uns dois anos, eu me tornei o Ultraman (Hayata), vim da distante Nebulosa M-78 para combater os monstros que queriam invadir a terra; foram um sem número de aventuras lutando contra os Baltans, Banira, Gomora, Dada, Mephilas e muitos outros.

O primeiro Ultraman (Hayata)

Eu nunca fui o Ultrasevem, embora gostasse muito dele. O Ultraseven era na verdade um amigo meu que morava no terceiro andar do prédio em que habitávamos no centro velho de São Paulo.

Ultraseven

Mas a medida em que crescia, fui perdendo os poderes de incorporar esses heróis.

Quando cheguei em Brasília um novo Ultraman, na pele do terráqueo Hideki Goh, chegava à Terra e ficou conhecido como Ultraman Jack. Foi o mais legal de todos, com histórias que podem chocar e comover mesmo hoje.
Foi por este período que comecei a desenhar quadrinhos em meus cadernos de escola onde o Ultra era o protagonista e comecei a dividir com o Luca experiências com desenho. Meu amigo lembrou de algo que havia se apagado de minha mente: nesta fase eu não desenhava o rosto dos personagens, eu tinha medo de desenhar rostos, de não ser capaz. Na verdade até hoje não gosto dos rostos que faço, melhor ainda, nunca fui um fã do meu traço.

Ultraman Jack

Ainda por esta época surgiu no cinema o Super-Homem vivido por Christopher Reeve, pra mim a mais perfeita encarnação do aliem que veio de Kripton. Não haverá outro como ele. Gosto das três sequências que fizeram do herói (nunca assisti a quarta). Embora todos tenham a preferência por Superman 2; tem coisas naquele filme que não engulo até hoje, como raios que saem dos dedos e o Clark sem seus poderes chegando na Fortaleza da Solidão pegando carona e bobagens do tipo.

Christopher Reeve

Quando estive em Brasília em outubro do ano passado, participei do programa Enerdizando, comandado pelo quadrinista Nestablo Ramos e o tema era Estados Unidos x Japão, ou seja, quais heróis eram mais legais e mais poderosos? Os do da terra do Tio Sam ou da terra do sol nascente?
Foi muito legal e divertido, mas eu fiquei meio boiando, os outros convidados do programa eram caras bem mais novos do que eu que curtiam e sabiam muito de Jiraya, Changemen, Jaspion, Jiban e outros.
Nos anos 80 eu trabalhava durante o dia e fazia faculdade a noite, quase não tinha tempo de ver televisão e sinceramente, Power Rangers com aquelas pirotecnias, lutas coreografadas como um balé e monstros coloridos não fariam a minha cabeça de modo algum.

No programa o meu veredito foi a vitória do Japão sobre o EUA por apenas um nariz por causa do Ultraman Jack.

Essa semana, cansado de desenhar, vi um programinha no You Tube no fim da noite falando sobre os filmes de heróis nas telonas. Rapaz, como é deprimente isso!
Capitão América, Batman, Vingadores e etc, achei divertido, me desarmei e entrei no clima pipoca (tendo uma boa história tá valendo), mas é claro que não pode passar de um passatempo pueril, tem cara que gasta momentos preciosos do seu dia discutindo bobagens na internet, e é cara velho já! Tá, você pode argumentar que eu participei de um programa de rádio para falar das mesmas abobrinhas, mas ali era como se estivéssemos num bar falando sobre seus times, nos divertindo, não tínhamos a pretensão de que fosse uma coisa séria.

Man of Steel

Hoje malha-se muito os filmes da Marvel na internet, querem filmes de heróis sérios como o Cavaleiro das Trevas.
Fala-se muito sobre Man Of Steel. Acho um filme muito bem realizado, o Henry Cavill ficou legal como Clark, mas sei lá, querem um Super para os novos tempos. Não me convenceu. O cara vendo o pai morrer sem fazer nada....aquilo pra mim não é a essência do herói. O Homem de Aço desta geração não serve pra mim. Mil vezes aquele que voltou no tempo para impedir que a Lois fosse morta, assim como o Ultraman na hora de voltar para seu verdadeiro lar, preferiu morrer para que o Hayata pudesse ficar vivo.














 

6 comentários:

  1. Nacional Kid só vi algo na Manchete, em 1997. Foi nessa mesma época em que relançaram Ultraman, que já conhecia desde criança e junto com Spectreman.

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    1. Spectreman foi criado, pelo que soube, no início dos 70, mas só chegou no Brasil na década de 80, trash japonês total. Assisti alguns episódios no SBT, o Dr. Gori e seu assistente Karas me divertiam, principalmente por causa da dublagem.

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  2. De todos esses heróis, Schloesser, só o Nacional Kid é um mistério total pra mim. O Leroy assistiu. Eu não. :( Tudo bem que Jiraya, Changemen, Jaspion, Jiban e outros, também não vi, mas não faço a mínima questão. Só ligo pros clássicos. ;) Abraço!

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    1. Existem episódios de nacional Kid no Youtube, Carla, outro dia desses até assisti uns episódios, mas diferente de Ultraman e Ultraseven, que ainda divertem, achei muito tosco, mas temos que dar o desconto, aquilo foi criado no início dos anos 60 com o mínimo de recursos. Quanto aos heróis nipônicos dos anos 80, bem, definitivamente eu era velho pra coisa, nunca consegui assistir um episódio inteiro.
      Grande abraço.

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    2. Já eu, era criança, quando Jaspion e Changeman estrearam na extinta Rede Manchete. A partir desse fato, um incrível mundo me foi apresentado, mesmo com suas ações repetitivas.

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    3. Sim, eu imagino como deve ter sido importante para jovens como você à época um seriado como Jaspion, a mesma emoção para quem via Ultraseven anos antes.

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