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domingo, 26 de maio de 2019

AMOR POR ANEXINS E OUTROS CONTOS ( 12 )


Depender das máquinas para atividades profissionais tornou-se um grande problema. Lembro-me de um amigo que eu tive bem no comecinho dos anos 90 onde a informática ainda dava seus primeiros passos na vida cotidiana das pessoas. Publicitário, trabalhava em casa e usava o computador para tudo, fazer suas artes, logos e jingles. Muito requisitado por sua competência, teria ganho muito dinheiro se soubesse cobrar bem pelos seus serviços, este é meu problema também, com a diferença de que ele era funcionário público de um ministério em Brasília e usava seus dons apenas por paixão e para complementar sua renda, eu, além de não ser tão disputado como ele, não sei fazer mais porra nenhuma na vida a não ser desenhar.
Bem, o caso é que certo dia o PC dele começou a travar e por fim brecou de vez. Poucas vezes o vi tão raivoso e depois depauperado mentalmente. Levou o aparelho para consertar e eu o acompanhei nessa via crúcis. Não haviam tantos profissionais em computadores neste período, teve que trocar placa e sei lá mais o quê, levou mais de uma semana para pegá-lo de volta.
Esta introdução foi para comentar que eu também ando tendo dor de cabeça com os eletrônicos que hoje já fazem parte total de nossas vidas. No meu caso, vivo bem sem redes sociais, embora elas desempenhem um papel fundamental para eu ganhar dinheiro, mas não é só isso, tenho que escanear imagens, fazer pesquisas, enviar e responder e-mails e etc e o funcionamento limitado dos aparelhos me impedem inclusive de fazer uma postagem mais bacana aqui.
E já que mencionei este blog, vocês sabem que comentei várias vezes minha intenção de finalizá-lo. Tenho pensado insistentemente nisto por vários motivos: o primeiro deles são as baixas visualizações, tem a minha falta de motivação, noto que estou soando repetitivo a bastante tempo, motivo pelo qual muitos talvez tenham debandado. Acho que minhas palavras soam cada dia mais insossas, sem a alma de outrora. Pode ser minha fadiga mental, o tempo sempre muito curto ou eu não tenha mais o pique, vai saber.
Entretanto, algumas pessoas curtem minhas linhas, pedem para eu continuar e muitas até já pediram para publicar minhas crônicas, memórias e contos em papel. É muito lisonjeiro mas vocês sabem, não sou escritor, me sinto um analfabeto funcional, não escrevo direito, não sei bem o uso de vírgulas e todas essas coisas da língua portuguesa, o que faço aqui é usar essa ferramenta do Google como um diário, um veículo além de minhas artes e HQs para me comunicar com um público. E duvido muito que algum editor vá se arriscar numa furada dessas. Só se eu fosse o Eisner ou o Kirby.
Eu não tenho mais visitado os blogs que curtia, muitos de artistas dos quais sou fã, e boa parte deles também abandonaram seus espaços para se concentrar em páginas no Facebook, Instagram, Twitter e o que mais tiver a disposição.

Bem, já falei o que tinha pra falar hoje. Agora é arrumar tempo para a segunda parte da saga do Ed Palumbo e as memórias com Alvarado em meio as artes que tenho que entregar e os percalços com computadores lentos.

Mais uma arte para o conto do Artur Azevedo.





















11 comentários:

  1. Como diria Woody Allen: "o computador surgiu para resolver todos os problemas que não tínhamos antes".
    Um abraço e ótima semana!

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    1. Gostei! Não conhecia esta máxima do Allen.
      Obrigado pela visita e comentário!

      Abração e boa semana para você também!

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    2. Perfeito.Sou fã do Woody Allen!

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    3. Perfeito.Sou fã do Woody Allen!

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    4. Temos muito em comum com o velho Woody, caro Grotz, você no humor e eu na auto depreciação, hahahaha!

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  2. Desde o início deste ano, uso um computador usado conseguido por uma negociação via Facebook. Já me notebook que já foi pro conserto uma vez e teve 2 peças trocadas, tem um problema grave na HD pra poder reinstalar o Windows. Não sei se o conteúdo dele pode ser recuperado, mas um amigo técnico me disse ser possível, se não estiver totalmente arruinado.

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    1. Essas coisas dão tanta aporrinhação que o melhor, se possível, é jogar no lixo e comprar um novo em suaves prestações. Mas pra mim é inviável no momento.

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  3. Analfabeto funcional!? kkkkkkkkkk Incrível! Agora você exagerou pra valer na autodepreciação, Schloesser. Vai ler uns tweets de certo vereador do Rio pra ver o que é analfabetismo funcional. E tente ser menos injusto com você. Abraço!

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    1. Ah, Carla, o Woody Allen foi citado nos comentários acima e eu sigo esta linha de pegar no meu próprio pé no que eu considero meus pontos negativos para melhor conviver com eles. Sim, eu sei que minha escrita não é tão ruim como de alguns políticos e celebridades, mas pensar que alguém queira publicar meus escritos é sonhar alto demais, penso. Mas obrigado por levantar meu moral.
      Abração!

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  4. " não sei fazer mais porra nenhuma na vida a não ser desenhar." Você me representa

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    1. Meu amigão, eu riria se nestes últimos tempos a minha depressão não estivesse tão presente me adulando e me lambendo. Nós que vivemos unicamente deste ofício e temos nele uma saída para as agruras da vida devemos nos lamentar? Ou sorrir? Creio que a nós não importa, fazemos o que temos de fazer pois esta é a missão que a arte nos confiou. Eu sei que com ela levamos alegria a outros, mesmo que nós os artistas, lá no fundo, soframos as dores da incompreensão.

      Grande abraço!

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