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segunda-feira, 4 de agosto de 2014

OS BRUZUNDANGAS ( FINAL)


Queridas e queridos do meu coração, boa noite.

Uma lida num e-mail que meu velho amigo Luca Fiuza  me enviou hoje pela manhã sobre o conto do Universo Antropomorfo de Zé Gatão chamado MUNDO CÃO me obriga a dar umas palavrinhas extras sobre o referida historia. Meu caro amigo tirava suas conclusões, esmiuçava o texto e refletia sobre o comportamento do cão marginal. Eu fico pra lá de lisonjeado com tantos elogios, tive mesmo bom retorno via Facebook, pela primeira vez os desenhos não foram comentados, sendo eles totalmente eclipsadas pela narrativa, o que acho ótimo, afinal, sinto que a arte corre naturalmente pelas minhas veias, então depois de tantos anos batalhando em cima de papeis com lápis e tintas e não atingisse o mínimo necessário para chamar a atenção eu poderia me considerar uma arrematado incompetente. Agora, transmitir uma ideia através de palavras apenas, sem ser amparado pelos desenhos, me dá sim, uma pontinha de orgulho. Claro, ouve aqueles que acharam o conto muito violento ( e é de fato), mas assim são as histórias que narro. Gritos de dor nunca são de fato muito bonitos, e meu trabalho pessoal na verdade não passa de desabafo, catarse e o que  mais possam chamar nesse sentido. Passo por momentos muito complicados e isto me ajuda a prosseguir de alguma forma.

Rex foi inspirado em dois cachorroos que conheci, um deles foi no Rio de Janeiro, chamava-se Scotty, um vira latas troncudo, fedido e mal humorado que vivia no cio, o danado não perdoava nada, estava sempre montado em cima de outro bicho com aquele movimentos obscenos e desagradáveis de se ver, tão comum aos cães. O chato mesmo era quando se agarrava na perna da gente, era difícil repeli-lo sob risco de levar uma mordida.
O outro foi em São Paulo, chamava-se Brown, era uma mistura de Cocker com vira lata e era encrenca pra valer. Pertencia a uma ex namorada de meu irmão. A família era refém do bicho, muito difícil entrar ou sair de casa com aquela peste, à simples menção do seu nome e o Brown já rosnava ameaçadoramente. E antes que alguém diga que ele era maltratado, por isto agia desta maneira, afirmo que ele era considerado um membro da família. Junte a isso alguns humanos que vemos nos noticiários de crimes e temos o Rex.

Está meio difícil de fazer hqs de Zé Gatão, meu tempo não permite mais estes voos de imaginação, e o mercado de quadrinhos nacionais, se é que existem, não sorriu para mim, a conclusão de Memento Mori já está prontinha na editora, só esperando o momento oportuno para ver a luz do dia e que não faço ideia de quando será, sem contar os vários quadrinhos inéditos guardados, então não está mais valendo a pena criar coisas para vê-las amarelar nas gavetas, mas as ideias insistem em brotar, tenho mais algumas coisas coçando minha cabeça, talvez elas virem contos ou ilustrações, vamos ver.

A arte de hoje é para fechar com os Bruzundangas do Lima Barreto. Existem outras artes para o livro mas vou deixar inéditas para quando for impresso. Aliás, desta série de clássicos brasileiros, a maioria ainda não foi editada.

Bueno, a batalha continua renhida, mas a gente não desiste, né?

Obrigado a todos por estarem sempre aqui.


2 comentários:

  1. Nossa, é verdade, Schloesser, nem comentei sobre as ilustrações do conto. Fiquei com tanta raiva do protagonista que esqueci. Bom, é claro que são excelentes. Prefiro a galinha vingadora. E, antes que me esqueça, a ilustração deste post é ótima, também. Abraço!

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    Respostas
    1. De boa, Carla, se você sentiu raiva do Rex é porque Mundo Cão cumpriu a tarefa, que é a de causar alguma reação. Agradeço muito os elogios.

      Provavelmente as próximas artes serão mais do Lima Barreto, tenho tantas ilustrações pra mostrar que tenho que ver o que vou colocar aqui.

      Abração.

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