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domingo, 1 de maio de 2016

LUCA FIUZA COMENTANDO SEUS CONTOS SOBRE ZÉ GATÃO ( Terceira parte )


Dando sequência às falas do meu amigo de infância sobre seus contos neste blog.
O rabisco direto na caneta que ilustra a postagem hoje é um dos tantos que faz parte de um dos caderninhos que tenho a audácia de chamar de sketchbook.


Agora o Lucão tem a palavra.

CONTOS DE ZÉ GATÃO 3.
7- A PONTE TRÁGICA:
        O cerne desta história tem uma motivação sentimental muito forte que vem dos meus tempos da mais tenra infância. Meus pais me presentearam com uma vitrolinha portátil de braço e agulha. Funcionava com energia elétrica e a pilha se não me engano. Logo meu pai me comprou paulatinamente uma coleção de disquinhos de vinil, rotação 33 que contavam histórias infantis com o selo da Disney. Dentre as várias aventuras, eu gostava muito da história de Robin Hood.
        Foi justamente esta temática que pautou esta aventura que escrevi e também me baseei em um dos meus filmes preferidos de Clint Eastwood: “O Estranho Sem Nome”. Dentro desta atmosfera meio medieval e meio misteriosa, meio Western, desenvolvi a aventura com fluidez e naturalidade, sendo uma trama muito gostosa de escrever. Os personagens  e o ambiente remontavam épocas já perdidas no tempo da forma que sempre gostei...algo bucólico. A cena da ponte determina o clímax da história e faz minha grande homenagem às aventuras de Robin Hood. De acordo com o Mestre Schloesser esse foi um dos melhores contos já escritos.

http://eduardoschloesser.blogspot.com.br/2014/09/um-conto-sobre-o-universo.html

8- MUNDOS OPOSTOS:
        Sempre amei praias e regiões litorâneas. Resolvi escrever então uma aventura do grande gato em um lugar assim. Zé Gatão é eminentemente um andarilho, um errante, mas não é um vagabundo. Vez por outra ele se demora um pouco mais em um local. É inteligente e habilidoso, capaz de exercer profissões variadas, pois além de ter diploma universitário sabe realizar tanto atividades braçais, quanto as que requerem o uso do intelecto. Físico e constituição de atleta. Excelente nadador pode muito bem trabalhar como guarda vida em uma praia. Nesta história em particular, trabalhou em uma praia de abastados locais. A base desta aventura é o contraste entre os ricos emproados, o felino cinzento que não gosta deste tipo de criaturas, mas lida com elas da maneira adequada e os animais habitantes de bairros mais popularescos daquela cidade praiana. A trama procura mostrar as distinções entre estes mundos tão equidistantes.

http://eduardoschloesser.blogspot.com.br/2015/03/mundos-opostos-um-conto-do-universo-ze.html

6 comentários:

  1. Oi, Schloesser e Luca! Um dos aspectos mais legais no contos do Zé Gatão que você escreve, Luca, é o conhecimento sobre o modo de vida dos felinos. Quem se interessa pelo assunto percebe que há muita pesquisa norteando a ficção. O monstro do sketchbook ficou show, Schloesser! Gosto de monstros. Como foi feita a pintura do desenho meio egípcio, no alto do blog? Lápis? Computador? Volto pra saber a resposta. Abraços!

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    1. Obrigado por suas palavras e elogios, Carla! Creio que posso falar pelo Luca, afinal eu o conheço desde o comecinho de 1976. Ele é uma autoridade em animais, sempre gostou deles e os estudou, mais do que eu até, ele conhece bem os costumes dos bichos e sabe como ninguém misturá-los às características humanas.

      Sempre achei os insetos repelentes, Carla, quando criei este universo antropozoomorfo eu quis colocar um elemento fantástico a mais dentro de um mundo já bem fantasioso e os insetos humanizados seriam os inimigos perfeitos - os monstros que na verdade são. O monstro do sketchbook que vemos nesta postagem foi um inseto que inventei.

      A pintura do Zé Gatão no ambiente pisciano (lembra mesmo uma câmara egípcia, né? Não foi por acaso) foi toda feita em aquarela.

      Abração.

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    2. Aquarela! O Leroy pensou que era giz de cera. Vou ver, no You Tube, como é a pintura com aquarela. Bem que eu suspeitei que o Luca sabia muito bem do que estava falando. Valeu, Schloesser!

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    3. Meu efeito com aquarela é um pouco diferente do que normalmente outros artistas fazem, Carla. Uso mais tinta e menos água, daí as pessoas terem dúvida quando veem minhas artes nesta técnica. Não sei se isso é bom ou ruim, aprendi sozinho e deu nisso.
      Valeu!

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  2. Interessante as diferenças entre os contos...
    Faroeste mais matinê e por outro lado, praia de mar com área urbana.
    Ambientes que ficam mais agitados quando têm alta circulação de pessoas ou criaturas.

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    1. Interessante sua observação sobre os contos, Anderson. Quando criei o Zé Gatão eu imaginei um personagem que fosse capaz de protagonizar tanto aventuras épicas como situações prosaicas do cotidiano. Creio ter tido sucesso neste quesito. Nossos contos vão também por esta linha.

      Abração.

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