Estou atravessando uma maré terrível. Se puxo pela memória não consigo me lembrar de momentos tão perturbadores! Mas houve, sim, na minha vida trechos bem complicados, principalmente no Rio de Janeiro. Talvez a diferença é que naquela época eu era bem jovem, mesmo sem discernir, havia todo um tempo pela frente, tempo hoje que eu sei que não tenho. O que acontece não pode ser descrito aqui.
Tenho mais uma encomenda para entregar, fora isso, não tenho mais trabalho. Existem algumas possibilidades mas falta concretização. É esperar.
A arte de hoje é mais um momento deste clássico do Artur Azevedo.
Não tenho mais ido ao cinema. Minha maior diversão e isso parece que se apagou da minha vida. O último filme que assisti foi o Venon com meu irmão André em Brasília, apesar do massacre da crítica ele fez sucesso e eu gostei, talvez por ficar tanto tempo sem ver algo em tela grande.
Terminei de ler O Morro Dos Ventos Uivantes, baita livro! Acho que minha atual existência se fundiu ao clima sombrio da narrativa, todas quelas intensas e sofridas emoções me trouxeram identificação.
Meu obrigado ao - sumido - Matheus Garcia por tê-lo me dado de presente.
Começo agora a leitura de SOBREVIVENTE, do Chuck Palahniuk. Tomara que este seja bom, desde o Clube da Luta, passando por Cantiga de Ninar e No Sufoco, este autor se repete, parece que leio o mesmo livro, só mudam os nomes dos personagens. É bem escrito, mas acho que as situações são muito inverossímeis, sei que faz parte da prosa dele, mas até agora não curti. Aí fica a pergunta, se você não gostou do que o cara escreveu até agora, porque continua lendo? Tenho duas respostas: acho que tenho uma inclinação para bizarrices e o ASSOMBRO é bom, tem contos sensacionais ali e eu fico na expectativa de que ele repita aquelas doses.
Quadrinhos? Terminei de ler A GARRA CINZENTA, gibi da década de 30, gênero terror policial e suspense (algo bem comum na época) que o André me presenteou no mesmo dia que fomos ao cinema. Muito, muito bom. Realmente as atuais HQs - lacradoras em sua maioria - estão enterrando as boas aventuras em quadrinhos.
Estou esperando ter dinheiro para comprar o Akira 3 e continuar a leitura.
Fora alguns episódios da oitava (ou nona?) de The Walking Dead, não vejo nenhuma série.
Ontem, dominado por uma violenta tensão que culminou em forte tristeza, eu fui caminhar no calçadão da praia de Candeias, quase Piedade. A noite estava estrelada (temos sido torturados por um calor anormal para esta época do ano, com muitas quedas de energia, o que é um terror) e observei todas aquelas pessoas com seus filhos e cães, todos aparentemente levando vidas normais. Me fez um certo bem. Sentei um pouco num lugar aprazível. Um totó com formato de uma pilha e basta pelagem branca e um focinho como ponta de lança veio timidamente e cheirou o meu pé (não tenho odores nos pés, que fique claro), depois, ainda próximo de mim, deu tuas voltas em torno de si mesmo e fez cocô, o dono dele, um jovem senhor do tipo mignon, recolheu os dejetos. Muito bem, meu caro! Se todos seguissem seu exemplo, teríamos um Jaboatão com menos merda nas ruas!
Como não tinha vontade de voltar para casa, caminhei até Barra de Jangada, pelas três faixas, fui bem além do trecho a que estava acostumado. Eu só queria sentir o vento, andar e andar sem rumo. As pernas estavam cansadas e meus pés doíam, eu estava de chinelos - não te tênis - mas não me importava. Voltei pelo mesmo caminho e segui em direção oposta. Parei em frente a um bar em que uma banda tocava músicas regionais na calçada. O que me chamou a atenção não foi a cantora de corpo sensual, mas a técnica e destreza do baterista, que era muito bom! Como não sou fã deste tipo de canção, segui meu rumo. Parei em frente ao Walmart e sentei um pouco, massageei meus pés empoeirados e segui em frente. Num certo ponto, minhas lombares começaram a reclamar decidi voltar para casa. O retorno era longo mas eu só queria que o tempo passasse. Entrei. Vera estava preocupada, mas eu falei que precisava do ar noturno. Tomei um banho, um copo de leite, escovei os dentes e fui tentar dormir. Passava da uma da madrugada.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
ZÉ GATÃO POR THONY SILAS.
Desenhando todos os dias, mas como um louco, como fiz no passado, não mais. Não que não queira, é que não consigo; hoje, mais que nunca eu ...
-
O horizonte nebuloso esboçando ventos de ira e dores do passado, quais penas de aves agourentas e fétidas, trazendo à memória momentos de d...
-
Eu me vejo mal sintonizado, caminhando entre os mortais é como se eu estivesse desfocado, vocês sabem, todos nítidos e eu disperso entre el...
-
Ontem, por volta de uma da madrugada, enquanto eu finalizava a página 64 de O Nascimento dos Deuses, recebi uma ligação do meu irmão caçula...
Precisando conversar,tamos aí amigo!!
ResponderExcluirMuito obrigado mesmo, meu brother! Deus te abençoe!
ExcluirOpa! Quase perdi esta postagem. Agora estou ainda mais preocupada com sua saúde, Schloesser. Por favor, se cuide. Abraço!
ResponderExcluirEstou tentando, minha amiga.
ExcluirObrigado!